
Pastor da Igreja em Aracaju
“Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno”. (Tiago 3:6)
Todos nós carregamos em nosso corpo um lança-chamas natural que é a nossa língua. Assim como o fogo tem seu lado positivo e negativo, nós também podemos usar nossa língua para o bem ou para o mal. Com o fogo podemos nos aquecer do frio ao lado de uma fogueira ou lareira, podemos acender a vela e clarear todo o ambiente. Em nossa casa o fogo serve para cozinhar e prepara deliciosos alimentos que nutrem o nosso corpo.
Porém, o fogo também pode provocar incêndio, queimaduras e destruição. Ao contrário da lareira da qual nos aproximamos para desfrutarmos do calor, no incêndio é o contrário, nós fugimos para bem longe do fogo. No incêndio o fogo é prejudicial, traz dano à vida e aos bens que possuímos. Todos querem apagar o fogo do incêndio, pois ele só traz prejuízo.
Assim é com a nossa vida. Podemos ser pessoas que aquecem o coração do próximo utilizando palavras sábias ou podemos ser pessoas que estragam e mutilam as outras com palavras destruidoras. A nossa língua é comparada a uma pequena fagulha que pode provocar um grande incêndio.
Com as nossas palavras podemos promover a paz ou a guerra.“Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”(Tiago 1:19). Diante de uma afronta ou palavras duras de um colega, parente, irmão ou amigo, nós sempre teremos duas opções: revidar na mesma moeda e provocar um atrito gerando explosões desagradáveis ou ser longânimos, pacientes, respondendo com palavras brandas e assim desviando a fúria. “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3:2).
O poder de gerar paz ou guerra está em nossa língua. O pecado que Deus mais abomina é o que semeia contenda entre os irmãos (Provérbios 6:19). É aquela pessoa que leva e traz “conversinhas”, que torce pra jogar uma pessoa contra a outra, que contribue para criar inimizades.
Termino com o conselho do apóstolo Paulo, no livro aos Efésios 4, 29: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade.”