“Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7.1-5).
Somos muito tendenciosos a olhar para o próximo com os nossos olhos naturais, talvez por esquecer o que diz em II Coríntios 5.16:
“De agora em diante, nós não consideramos ninguém da maneira como o mundo considera. É verdade que antes considerávamos a Cristo como o mundo considera, mas agora já não é assim que pensamos”
(II Coríntios 5.16 VFL).
A verdade é que, a gente concordando ou não, precisamos entender que não podemos olhar para as pessoas, tampouco julgá-las através do que pensamos ou estamos vendo naturalmente.
Até mesmo para os ímpios, precisamos ter um olhar de compaixão, porque é assim que Jesus faz. Ele nos considerou quando não éramos NADA. Fez o que fez por nossa causa. Então, não agir à altura do seu sacrifício soa não somente como desonra, mas demonstra a nossa indiferença com a Sua atitude, que transformou nossa vida.
“De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios” (Romanos 5.6 NVI).
E aí eu me pergunto e lhe pergunto também: por qual razão ainda estamos olhando naturalmente para as pessoas?
Aprendi que muita gente esfria na fé por causa de PESSOAS! E não podemos nos manter inertes diante disso. Precisamos olhar como Deus olha, enxergar como Ele enxerga, acolher, amar, exortar…
É claro que é muito mais fácil apontar os defeitos do outro; mas muitas vezes o problema somos nós. Por isso que acho tão pertinente essa passagem do Evangelho de Mateus, que simplesmente conduz a nos analisar e avaliar, antes de julgar o próximo — que, diga-se de passagem, nem é o nosso papel — a fim de que não sejamos chamados de hipócritas.
Particularmente, eu desejo que todos aqueles que estão à minha volta (familiares, amigos, colegas, etc.) sejam transformados pelo Evangelho como eu fui. Mas, muitas vezes, eu mesma me pego pensando como não deveria me importar com o outro e por isso resolvi escrever acerca disso, pois acho que é muito importante que estejamos alertas a esse respeito.
Ouvimos bastante sobre nossa vida ser a única Bíblia que será lida por muitas pessoas. Então, como estamos agindo e nos comportando diante das situações com os nossos irmãos e também com os ímpios?
O que tem saído de nossa boca? Palavras de amor, compaixão ou julgamento?
Antes de pensar em falar, estamos analisando como está a nossa vida? Ou somente nos importando em falar a qualquer custo, ainda que a nossa “sinceridade” magoe?
Irmãos, como filhos de Deus, temos a OBRIGAÇÃO de sermos diferentes dos demais. Precisamos exalar o Seu bom perfume e não querer forçar ou obrigar as pessoas a aceitar os nossos pontos de vista, ainda que bíblicos.
“Não é por força e nem por violência, mas pelo poder do Espírito Santo” (Zacarias 4.6).
Que possamos refletir acerca de quem estamos sendo para as pessoas lá fora… Precisamos ser uma bênção onde quer que cheguemos!