Na época de Jesus o nome Maria era muito comum. Existem 260 versículos no Novo Testamento falando da Maria que cedeu a sua sala de estar para Jesus. Todas nós temos algo para dar: uma boa receita de bolo, um espaço para fazer uma comunhão. Talvez, nós estamos engessadas sobre o que podemos ofertar. Não se trata de dinheiro ou coisas grandiosas, mas um coração disposto a oferecer tudo o que senhor colocou nas nossas vidas para alcançar outras pessoas.
Se a Maria, que cedeu a sua sala de estar para Jesus, tivesse se comparado, talvez ela teria desistido de ofertar, achando pouco.
Deus quer que sejamos autênticas no dar, autênticas na hospitalidade. A sala de estar que Maria ofereceu, em Israel, ainda hoje é relevante, mesmo dois mil anos depois.
Quando Maria cedeu a sua casa para que Jesus fizesse suas reuniões ali, os seus filhos estavam sendo expostos à Palavra e eles puderam provar do poder de Deus. Não precisamos julgar ser pouco o que temos a oferecer, todos os nossos dons e talentos são úteis ao Reino. Em Atos 12.12, Pedro vai à casa de Maria, foi na sua casa que Jesus lavou os pés dos discípulos. A primeira aparição de Jesus ressurreto foi nessa mesma sala.
A Bíblia é cheia de pessoas comuns que se tornaram extraordinárias porque tinham um coração disposto a servir ao Reino. Maria poderia pensar que era apenas uma sala. Hoje a nossa sala pode ser o lugar de transformar vidas, casamentos. Às vezes, guardamos coisas para usar depois com medo de estragar ou com medo de não ter dinheiro para comprar outro, nós não estamos prontas para viver grandes coisas. O nosso coração precisa estar firmado, assim como Paulo, que aprendeu a ser contente em toda e qualquer situação, inclusive na escassez.
Não somos criadas para ser instáveis como uma montanha russa. Nem nossos filhos, são nossos, eles são herança do Senhor! Quantas mães sofrem quando os filhos se casam. Precisamos parar de viver presas nas emoções que nos prendem.
O que temos para oferecer para Jesus hoje? Davi tinha pedras, Moisés um cajado e o menino tinha pães e peixes.
Todas as vezes que você tem algo nas suas mãos e entrega à Deus, o resultado é multiplicação. E não vamos ficar com o resultado das multiplicações. Aquele menino que tinha os pães e os peixes não voltou pra casa com os 12 cestos, mas viu e foi parte do milagre.
A conversão da minha família é fruto de uma mulher de Deus que decidiu não desistir, a minha avó tinha os seus joelhos e a sua voz, e muitas pessoas foram alcançadas através da vida dela. Na história de Ester, o seu tio diz que é necessário que ela intervenha por seu povo. E ele responde que ela nasceu para aquele tempo. Às vezes, podemos ter a impressão de que nascemos no tempo errado, mas Deus não errou no tempo em que nascemos. Ester ofertou a sua coragem, o que nós temos para oferecer para Deus?
Deus pede, em sua Palavra, que pratiquemos a justiça, que pratiquemos a benignidade. Precisamos estar no lugar certo e praticar as coisas certas para viver o que Deus tem para a nossa vida.
Há um profecia no livro: Ei Deus porque as coisas estão demorando tanto, de Linete Hagin que fala sobre isso. Não é sobre nossas habilidades, mas sobre manter os olhos n’Ele e buscá-lo.
*Trechos da mensagem na Conferência de Mulheres em outubro de 2021.