Aluno da Escola de Ministros Rhema
Imagine uma árvore bem alta e robusta. Agora imagine você cortando essa árvore e retirando as raízes e as folhas. Você jogaria esse tronco direto na água para navegar por um rio? Não! Com certeza você iria trabalhar a madeira até ter uma canoa! Então, porque Deus pegaria o seu “eu” bruto e fluiria através dele para alcançar os perdidos?
É comum ouvirmos pessoas falando a respeito de nos esvaziarmos de nossas vontades, desejos e conceitos para que Deus possa nos encher dos seus princípios e, assim, possamos correr a carreira que Ele determinou.
Com certeza você já leu João 3:30, que diz que “é necessário que Ele cresça e que eu diminua” ou Lucas 9:23 que diz que “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Ambos os versículos retratam a mesma coisa: avançar nos propósitos de Deus requer que mudemos algo dentro de nós.
Fico refletindo sobre os discípulos que, simplesmente, largaram seus ofícios para seguir um homem que nunca tinham visto! Toda a estabilidade financeira, familiar e social foi deixada para trás por crerem em um propósito maior. Eles não se preocupavam com o que seus amigos e familiares diziam, mas, se submetiam durante todo o tempo e permitiam que Cristo trabalhasse seus corações para que pudessem correr a carreira.
Entretanto, ultimamente temos visto algumas pessoas sendo invadidas por um espírito de “Gabriela”, uma personagem literária de Jorge Amado, que dizia “eu nasci assim, vou ser sempre assim”. Tais pessoas acham que viver o plano de Deus para suas vidas não irá trazer mudanças e se enchem de suas vontades e seus achismos. Mas eu te pergunto: esse foi o exemplo que Cristo nos deixou? Com certeza não! Cristo nos deixou o maior exemplo de renúncia: Ele mesmo!
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”(Filipenses 2:5-8).
Cristo não se apegou a sua majestade em glória, mas, por amor, renunciou quem Ele era e obedeceu a Deus em Seu propósito. É difícil imaginarmos um rei abdicando o trono para trabalhar num estábulo com seus súditos pelo simples motivo de amá-los! Ele se humilhou para que o Pai fosse engrandecido!
Na nossa vida, devemos estar abertos a abrir mão do nosso eu para que Cristo seja exaltado! Devemos renunciar nossa personalidade explosiva, nosso status social e nossa reputação para que, aqueles que estão em trevas, possam ver a luz de Cristo brilhando em nós!
Nosso orgulho e altivez não podem estar acima dos propósitos estabelecidos por Deus para nossa vida. Quanto mais avançamos no ministério, mais temos que mudar nossa personalidade. Seremos treinados em situações nunca antes vistas para que possamos demolir aquilo que está errado e construir estruturas inabaláveis.
É comum falarmos frases como “eu nunca precisei fazer isso”, “nunca imaginei que teria que passar por isso”, “isso é uma humilhação”, “o que vão pensar de mim?”, entre muitas outras. Entretanto, qual o nosso posicionamento frente a esses pensamentos? Damos lugar à palavras de maldição ou renovamos nossa mente na Palavra crendo que estamos sendo aperfeiçoados e que Deus nos honrará? Nos entristecemos ou salmodiamos de alegria?
Deus não está preocupado com o que pensam a seu respeito, mas Ele está preocupado com seu coração diante dEle. Podemos não entender os meios, mas o fim será um momento de glória. A humildade é uma característica de Deus em nossa vida. Deus deseja que tenhamos um espírito de submissão e não um que deseja fazer tudo da forma que acha melhor. Quando olhamos para Cristo, vemos que Ele se humilhou, padeceu em uma cruz e, como resposta, Deus o exaltou sobremaneira:
“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome ,para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra,e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11)
Kenneth Hagin diz, no livro “Seguindo o Plano de Deus para sua Vida“, algo muito interessante e que deve ser uma profunda reflexão para nós:
“Você deve compreender que precisa estar pronto a fazer tudo o que Ele deseja de você; de outra forma, Ele não poderá usá-lo em nada. Às vezes, ao seguir o plano divino para a sua vida, você terá de fazer algumas coisas de que não gostaria. Mas, se obedecer a Deus, passo a passo, dia após dia, andando na luz da Sua Palavra e mantendo-se em espírito de oração, obediência e consagração, você se manterá no fulgor do Seu Espírito e cumprirá o plano do Senhor para a sua vida”.
Não importa se você é um engenheiro e está trabalhando como um vendedor em uma loja. O que importa é sua determinação em vencer, em chegar ao final, em não retroceder. O que importa são suas emoções sendo treinadas, sua fé sendo firmada e seu coração sendo quebrantado. Quando estamos no centro da vontade de Deus, todas as outras coisas são supridas.
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33-33)
Hoje, você pode ser um Pedro, um discípulo que está abandonando sua profissão de pesca por acreditar no que Jesus te disse. Amanhã, você vai ser aquele ao qual Cristo edificou um propósito. Eu te encorajo a continuar firme no plano que Deus te chamou, independente do que você está vivendo. Você está sendo esticado para algo maior.
Como diz o ministro Alberto Vasconcelos: “não importa o que você está vivendo, o que importa é em que você está se tornando!”
“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (II Coríntios 4:16-18).
Vale a pena!
