“A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.16b)
No Antigo Testamento, Deus ia ter comunhão com Adão na viração do dia, tinha Abraão como seu amigo, falava com Moisés face a face, usava profetas como a Sua boca na terra. Ele disse através do profeta Jeremias: Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes (Jeremias 33.3).
O intuito de Deus sempre foi que estivéssemos conectados a Ele. Se na antiga aliança aqueles que tinham intimidade com o Altíssimo fizeram proezas, nós que estamos numa superior aliança somos capazes de fazer coisas extraordinárias, mas, sem oração isso é impossível.
Um dos grandes avivalistas e que marcou o século XVIII, John Wesley, disse: “Parece que Deus é limitado por nossa vida de oração – que Ele nada pode fazer em prol da humanidade a não ser que alguém Lhe peça”.
Estudando a vida de Jesus, algo me chamou a atenção, NENHUM dos doze discípulos pediram para que o Mestre os ensinassem a realizar milagres, prodígios e maravilhas. Eles entendiam que o segredo dEle para ser tão poderoso no ensino e nas curas por onde andava era a Sua vida de oração. Então, pediram num tom de súplica: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11.1).
Parece-me um tom de desespero; afinal, mesmo Jesus estando entre eles e quebrando todo o protocolo religioso da época, ninguém tinha Deus como pai. O véu ainda não havia sido rasgado e ninguém tinha livre acesso a Deus.
Quando Jesus os ensinou o modelo de oração a ser seguido, eles desenvolveram o hábito de orar, conforme vemos no livro de Atos dos apóstolos, tomando decisões assertivas após orações. O próprio Jesus intercedeu por toda a humanidade na Sua oração sacerdotal em João 17. Ele é o único intercessor entre Deus e todos os seres humanos.
A oração é um ato de falar com Deus, somos imagem e semelhança dEle, possuímos autoridade espiritual e devemos ser imitadores de Cristo. Isso inclui imitar a Sua vida de oração.
Como cooperadores, vivendo na dispensação da graça, onde o Espírito Santo está atuando, Ele nos usa como um instrumento para realizar Seus propósitos. O fato é que clamamos por avivamentos, queremos poder, mas a oração muitas vezes tem sido negligenciada em nosso meio.
Muitos só oram durante os cultos ou de forma emergencial, quando na verdade devemos ter uma vida constante e intensa de oração, afim de prevenir e não de remediar. A Bíblia afirma que tudo o que a Igreja liga na terra é ligado nos céus, mas, o que a Igreja está fazendo com o seu equipamento mais poderoso?
Diante das tragédias e adversidades, somos ligeiros em fazer relógios de oração, interceder no intuito de fazer cessar as aflições ou que o Espírito Santo console quem precisa ser consolado. Isso deve ser feito sim, mas se estivermos despertados para oração, muitas coisas podem ser evitadas.
A oração é como um complexo vitamínico potente para a nossa vida.
Nela, recebemos crescimento, graça, renovo, unção, poder, capacitação, orientação, cura, nosso caráter é moldado, nos tornamos moderados e temperantes. Podemos alcançar pessoas que estão a quilômetros de distância e pisar espiritualmente em outras nações.
No livro “A arte da intercessão”, Kenneth Hagin traz a seguinte referência do irmão Wilford Reidt: “Flui de Jesus para o Pai uma corrente incessante de oração e amor em favor de todas as pessoas, e de todas aquelas que O aceitaram como Salvador e Senhor. Inversamente, flui do Pai para Jesus a resposta em nosso favor. Por isso, flui de Jesus até todo membro do Seu Corpo graça abundante, em tempo oportuno, para cada necessidade”.