flavio cunha
Flávio Cunha
Verbo da Vida em Teresópolis-RJ

Tenho pensado, nestes dias, na importância de nós, ministros, estarmos de pé e cuidarmos daqueles que Deus colocou debaixo do nosso ministério como filhos espirituais nossos.

Lembro-me da história de uma mãe que tropeçou em algo enquanto caminhava na rua com seu filho pequeno. Repentinamente, foi ao chão, não dando tempo de largar a criança, ela e seu filho se machucaram. A mãe teve um arranhão no joelho, mas o filho dela um traumatismo no rosto.

Também lembro-me de outra mãe que, ao tropeçar, se machucou ainda menos, mas seu filho teve óbito devido a tamanha força que ela o puxou quando caiu de repente, levando-o a bater forte a cabeça no chão.

Fiquei pensando sobre isso. Talvez seja isso que aconteça quando alguns ministros caem, eles até podem se levantar depois, mas os pequeninos que os seguiam, que os tinham como referência, podem se machucar sério, ficando marcados, deficientes ou mesmo indo a óbito espiritual, não podendo mais se levantar.

Por isso, temos que ter zelo com nossas vidas espirituais, entendendo que o Senhor nos colocou como referencial para muitos. Agora, temos que entender que, mesmo que para os outros seja surpresa a queda de um ministro, aquele processo que levou a queda já começou há algum tempo.

Por mais que tenhamos justificativas para os nossos erros, eu entendo que quando um homem ou uma mulher de Deus cai, em algum momento antes, houve leviandade em seu coração. Em algum momento, ele começou a tratar as coisas espirituais de forma leviana e aí ele começou a ir em direção ao chão.

Nada justifica a queda de um ministro. Seja dificuldade financeira, problemas conjugais, pressões ministeriais, dentre outros. Quando o homem nasce de novo ele se torna agente livre, capaz de conduzir a sua história por ter restaurada a natureza de Deus dentro de si e estar iluminado em seu espirito.

A primeira vez em que uma pessoa é tentada em uma área especifica do seu caráter, ela está totalmente lúcida e é capaz de escolher o que fazer com aquela tentação. É como uma linha de costura, que é real e está lá, mas que é fácil de romper. Uma vez que esta pessoa aceita aquele pensamento e desejo, ela passa a estar envolvida com o que a seduziu e sendo levada ao processo de pecado. Mas, ainda assim, ela pode resistir e fugir. Agora, se ela se entregar àquele pecado, ela se tornará escrava e, dificilmente, se libertará dele. Geralmente, neste nível, esta pessoa só voltará a si depois de vergonha e humilhação.

Entretanto, o problema maior não é só com o ministro que obviamente é alguém amado e a quem se queira muito restaurar, mas sim com todos aqueles que, como filhos na fé ou discípulos, ele levou-os ao chão com sua queda.

Quando um ministro cai, pessoas maduras se lamentam, mas continuam em pé; pessoas em desenvolvimento tem escoriações, mas depois se restabelecem; mas, quando se trata de pequeninos na fé, eles se machucam seriamente.

Cair para um ministro é leviano e irresponsável, pois não é só uma questão de se arrepender e levantar depois, é uma questão de quantos eu machuquei, inutilizei, tornei inoperante no reino. Se você andar em amor, saberá que a sua queda será a queda de muitos e pelo seu erro muitos, que não erraram, vão ter que pagar.

Um ministro de pé sustenta os que estão em pé e levanta muitos que estão caídos.

Um ministro caído derruba os que estão de pé e impede muitos caídos de se levantarem.

8 Comentários

  • O ministro dentro do corpo de Cristo é parte de um todo para que todos funcionem bem, como é o dever de todos funcionar. Afinal recebemos o mesmo alimento. Verdade é que o alimento de ministros é mais forte. No entanto, como nos apresenta o texto, devemos primar como ministros que somos, pela prática da humildade e vigilância continua, sabendo de antemão o que está reservado àqueles que ensinam e lideram quando faz cair um dos pequeninos. Gosto do modo como é apresentado o tema porque, realmente, é mais fácil se levantar do mesmo jeito que é fácil e conveniente não observar as consequências de sua queda. No entanto mesmo o reconhecimento o erro não lhe garante sucesso com as ovelhinhas caídas. A queda é, s.m.j a consequência de orgulho, incoerência e falta de amor quando causa tamanho estrago nos membros do corpo de Cristo.

    Resposta
  • Nao devermos tratar alquem que caiu e tinha conhecimento da palavra,como se fosse um nenen na f’e ,mas corrigi-lo atraves da palavra e conforme a palavra e que esse arrependimento seja verdadeiro.ele sabia a posiçao que ocupava e o risco que corria.
    Nunca devermos colocar nosso olhar no homen,mas ao consumador e autor da nossa vida ,cristo jesus o senhor.

    Resposta
  • E tantos e tantos caem e ninguém nem chega a ter conhecimento… nem confessam. Deus sabe!

    Resposta
  • Grande verdade que deve ser ditas para os ministros, afinal, já são Ministros para poderem ouvir estas verdades.
    Me lembro das palavras do nosso Gilson Lima, uma voz que ecoa no deserto.
    Quem tem ouvidos, ouça a voz do Espírito, porque com certeza, é Ele tratando conosco.

    Resposta
  • A condição de conhecedor da palavra e status de ministro não torna a pessoa infalível. Portanto, devemos reconhecer que nem sempre seremos os heróis da fé nem devemos achar que somos os santarrões ; há momentos que precisamos ser humildes o suficiente e buscar ajuda do ES e porque não de outras pessoas.

    Resposta
  • Excelente! Nós ministros devemos sempre zelar pelas nossas próprias vidas, sabendo que uma eventual queda não apenas afeta a nós, mas também a todos aqueles que nos têm como referenciais. Palavra forte, mas muito boa!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NewsLetter

Cadastre-se em nossa lista para receber atualizações de nosso portal. 

Destaques da semana​

Estude no Maior Centro de Treinamento Bíblico do Mundo!