ESCOLA PARA AMAR: Conversa franca sobre amor e “chineladas” com Sylvia

A série de matérias sobre os 20 Anos de História da Escola de Ministros Rhema chegou ao final.

E como não poderia ser diferente,  foi feita uma entrevista muito especial com Sylvia Lima. Ela é a diretora atual da EMR e integra o Conselho Diretivo do Ministério Verbo da Vida. Em uma conversa franca, a diretora contou como tem sido sua experiência frente à comissão que vem cumprido com um amor imensurável e tamanha entrega. Acompanhe!

PORTAL: O que representa para você dirigir a Escola de Ministros  Rhema em uma data tão marcante como essa?

SYLVIA LIMA:  Houve uma mudança na direção da Escola no final de 2020. Havia uma reforma para ser concluída, e que eu já estava envolvida desde o início da obra. Mas, para mim, é sempre uma alegria muito grande estar envolvida com a Escola, eu a amo muito e tenho alegria em saber que estamos fazendo o cumprimento de algo que diz respeito ao coração de Deus: levantar pessoas para cuidar de pessoas. Deus ama as pessoas e Ele quer que elas sejam cuidadas, assistidas e ensinadas.

Ter essas pessoas nas nossas mãos por esse tempo, que é curto e não dá para transmitir tudo para eles, vale a pena ainda assim… De fato, somente no exercício do ministério que eles aprenderão mais. Mas nós jogamos luz no caminho deles. Criando uma disciplina que, talvez, eles não tivessem antes de chegar na EMR. Eu saí da diretoria em 2010, início de 2011, e voltei 10 anos depois para dirigi-la novamente. Celebramos os 10 anos e depois voltei para celebrar os 20 anos. Amo ver tantas pessoas florescendo no ministério seja aqui ou nas Escolas Itinerantes. Sinto-me honrada por ver esse amadurecimento na vida dos alunos. Mas também vejo a enorme reponsabilidade que tenho, e claro que tenho muito respeito e temor pelo que faço. Tenho o ministério de levantar ceifeiros, estou pronta e disponível para fazer o que precisa ser feito.

PORTAL: O que diferencia a direção de hoje da primeira gestão. O que aprendeu? O que era mais fácil e mais difícil naquela época?

SYLVIA LIMA: A primeira coisa que era uma dificuldade foi a experiência que eu não tinha. Eu sou muito grata a Deus pela vida da minha liderança, ao Ap. Bud Wright, a Canrobert Guimarães, a Guto Emery por estarem disponíveis para esclarecer todas as milhares de perguntas que eu sempre tinha (risos).

Na Escola, sempre se levantam demandas com alunos de coisas específicas e eu não sabia de nada naquela época. O Ap. Bud falava exatamente o que ele queria, hoje, o Ap. Guto fala exatamente o que ele quer. Aprendi com a ajuda deles como trabalhar na Escola.

Não tínhamos tantos recursos, as dificuldades eram diferentes das de hoje. Até brinco dizendo que pessoas falam: “Ah! isso era naquele tempo das vacas magras”, e eu respondo: “Naquela época a gente não tinha nem vaca” (risos), mas tínhamos a fé e a disposição para obedecer. E vimos Deus honrando a sua Palavra ao longo dos anos. Eu fui aprendendo e Deus foi levantando pessoas que foram somando com a gente. As unidades itinerantes foram surgindo… Hoje, as coisas estão mais fáceis pela estrutura adquirida na Escola e em minha vida, a qual consagrei e dediquei ao Senhor. Já tenho alguma experiência, mas vejo que a necessidade  continua a mesma. Qual é a maior necessidade da EMR? Pessoas para serem treinadas! Isso nunca vai acabar. Por isso, precisamos continuar cumprindo a nossa missão. Temos uma equipe maravilhosa, e eu oro para que as pessoas tenham fome de se dar para servir ao Senhor cuidando de pessoas. Essa é a maior força que move a Escola de Ministros. 

PORTAL: Cite um fato marcante vivido nesses 20 anos. Algo inesquecível:

SYLVIA LIMA: Um dos primeiros fatos marcantes foi meu ano como aluna, em 2001. Foi o ano de fundação da Escola, um ano muito enriquecedor. Bud e Jan Wright me deram várias matérias, além de Guto Emery e de alguns outros professores que vieram de fora como Simon Potter e Ben Gill.

Nossa turma, como foi pioneira não fizemos pré-inscrições. Fomos, de fato, convidados a fazer a escola. Ao longo dos anos tivemos muitos fatos marcantes, mas ver alunos desbravando coisas inimagináveis, vindo de diversas partes para estudar em Campina Grande (PB), viajando cerca de 500 km pra cá, por 3 vezes na semana, é marcante, ver eles se superando em suas dificuldades, é animador.  A nossa reforma também é marcante, ver o proprietário do prédio se envolver e deixar a Escola em uma ótima estrutura… É importante citar nessa fase atual da unidade em Campina Grande. Temos uma local confortável. E somos gratos por isso. 

PORTAL: “As experiências de fé se repetem, os personagens é que mudam” o Apóstolo Guto Emery falou durante as Aulas de Campo deste ano. Usando essa frase, como isso se aplica na EMR? Mudam os alunos, mas as histórias e exemplos de fé se repetem? O que isso quer dizer para você?

SYLVIA LIMA:  Eu fico como aquela mãe escondida nos bastidores, afinal, a mãe não pode se revelar só a diretora. Eu falo para os alunos que ali eles não possuem cargos, títulos e nem patentes, eles são alunos. Eles chegam ali para sentar, ouvir, aprender e obedecer regras. Todos precisam se submeter as mesmas coisas.

Um exemplo disso é do pastor Garibaldi que lá é aluno e o chamo de irmão Garibaldi. Ele está lá, agindo de forma linda, se submetendo a tudo. Sedento, ouvindo a Palavra. Por fora, sou dura como diretora, mas por dentro, estou: “Senhor, ajuda ele…”. Para alguns alunos, a leitura e um resumo é desafiador, tem gente que chora se desespera, mas a gente fica orando, crendo junto, inclusive para alunos com dificuldades financeiras, alunos com Covid, e a nossa equipe fez escalas para levar comida, isso é trabalhar no ministério.

Ajudamos a todos de alguma forma. São tantas histórias nos bastidores, vê-los superar as coisas mais simples, as mais delicadas, para nós, é um galardão. Os que tem mais ajudando os que tem menos. Me alegro pelas histórias de fé que acompanho ao longo desses anos. Me alegro como diretora pelos meus alunos, essa turma é maravilhosa! 

PORTAL: Por que a Escola de Ministros Rhema é uma escola para amar?

SYLVIA LIMA:  Ah! é uma escola para amar mesmo. É um lugar de muito crescimento para a minha vida. Aqui não aprendi apenas a letra, a Escola abriu os meus olhos. Deus conta comigo para alcançar a vida de muitas pessoas.

Existem muitas necessidades na terra, como sempre digo: são muitas dores, muitos clamores e muitas necessidades. A EMR me ensinou a amar, a me dividir, para poder alcançar a vida de muitas pessoas. Quando penso em mim, anos atrás, e em mim hoje, vejo que talvez eu não tivesse chegado aqui se não houvesse essa Escola. Até hoje, eu gosto de ouvir as aulas, ás vezes, não estou na sala de aula, mas ouço da minha sala. Cada ano, ouvindo as mesmas coisas que abrem seus olhos. Vemos o mundo mudando, as coisas mudando, mas as necessidades continuam e a Palavra de Deus não muda. Ela continua sendo eficaz, ativa e poderosa.

Isso aquece o meu coração para amar, e estou pronta para servir mais quantos anos forem necessários. Eu fui cuidada, ensinada, treinada e amada nessa Escola. Ela é cheia de pessoas sedentas e preciosas. É um lugar de muito amor. Vejo os alunos chegando no primeiro dia, desconfiados, e ver cada um se desenvolvendo, se conhecendo. No início do ano, eu lembro que eu costumava subir no púlpito para corrigir algumas coisas e dizia: “Vamos dar uma chineladas! (risos) e hoje, quando subo eles falam todos juntos; “Chinelada! chinelada!” (risos). Vejo que eles se abrem para serem ensinados e corrigidos. Eles cresceram muito esse ano. A escola me ensinou que eu posso exercer algum tipo de influência na vida das pessoas que confiam em mim. Essa confiança é gerada pela integridade que a EMR transmite. Na escola, o seu regulamento transmite integridade. E, eles abrem o coração para confiar por causa dessa integridade gerada neles, e, por isso tudo ela é uma Escola para amar. 

Os 20 anos de história da Escola marcaram e vão marcar a vida de muitos. Nas últimas semanas você conheceu um pouco dessa jornada que fez da Escola de Ministros Rhema o que ela é hoje! Se você não acompanhou a série completa, clique abaixo e confira as matérias anteriores :

ESCOLA PARA SERVIR: Casal fala da honra em cumprir chamado na monitoria

ESCOLA PARA REVIVER: O pastor que descobriu o privilégio de voltar às aulas

ESCOLA PARA LOUVAR: Cinco músicos “cantaram” suas experiências na EMR

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