Getúlio Ribeiro compartilhou sobre chamado e missões

Em entrevista ao Portal, o missionário relatou sobre seu tempo de preparação antes de ir para a Inglaterra e como tem sido sua experiência no campo.
Getúlio Ribeiro

Getúlio Ribeiro é missionário na Inglaterra, no continente europeu e, atualmente está servindo na cidade de Manchester. Ele foi enviado pela Igreja Verbo da Vida no bairro Jardim Paulistano, Campina Grande (PB), no ano de 2022. O missionário está servindo na GoChurch Manchester, através de uma parceria com o Ministério Verbo da Vida. Getúlio tem dado suporte em diferentes departamentos e também lidera um grupo de estudo bíblico com iranianos. Ele compõe a categoria de missionários associados à Agência de Missões Verbo da Vida.

Sempre tive uma inclinação para estudar a língua inglesa, mesmo sem saber inicialmente o porquê. Em 1996, comecei a aprender inglês e já sentia que fazia parte de mim. Pouco tempo depois, cheguei ao Verbo da Vida, em 1997. Não consigo lembro exatamente quando percebi meu chamado missionário, mas em 2002 entrei em contato com um casal de missionários que já estavam na Inglaterra para entender o processo de chegar até lá. Quando identifiquei meu chamado, não tive dúvidas. Procurei minha liderança, que me orientou primeiro a fazer as Escolas de Ministros e Missões.

No campo missionário, não se faz diferente do que se praticava na igreja local. Todo treinamento missionário começa com o serviço na igreja. Quando você se dispõe a servir, não faz o que quer, mas o que é necessário. Você se torna um supridor de necessidades, e esse foi meu treinamento missionário. Nem todo missionário é evangelista; muitos vão fortalecer o Corpo de Cristo. O trabalho de ganhar almas é realizado em conjunto. Vim a Campina Grande e fiz as duas escolas. É essencial que ambas as coisas andem juntas: o serviço na igreja local e o treinamento nas Escolas.

Antes de me mudar definitivamente, fiz algumas viagem curtas para conhecer a nação e saber como era, assim como os espias fizeram com a terra prometida. Fui à Inglaterra três vezes entre 2011 e 2016. Por isso, quando me mudei para lá, não foi algo estranho, pois já conhecia o lugar. Recomendo que, sempre que possível, se faça viagens de reconhecimento ao campo missionário antes de uma mudança definitiva.

Precisamos aprender a observar a rotina das pessoas a nossa volta. Em Manchester, a vida é muito corrida, e é necessário desenvolver uma amizade para criar conexões com as pessoas. Por exemplo, quando vou à academia, depois os treinos, temos tempo para conversar. Por ser estrangeiro, as pessoas costumam ter curiosidade sobre de onde sou e o motivo de estar ali.

Recentemente, alguém me perguntou qual era o meu trabalho. Respondi que sou missionário e sirvo em uma igreja. Algum tempo depois, esse mesmo rapaz teve curiosidade em conhecer a igreja, e trocamos o contato. Nem todo mundo para te ouvir, assim como acontece no Brasil. A estratégia varia conforme o lugar ou pessoa. Pequenos gestos do cotidiano ajudam a ‘quebrar o gelo’. Não dá para ‘engessar’ uma estratégia, porque lidamos com pessoas diferentes, em uma mesma nação. Estabelecer conexões é fundamental.

no trabalho de discipulado com iranianos, reforço o aspecto do Novo Nascimento. Para eles entenderem o que é de fato ser cristão, compreendendo coisas que no ocidente é mais esclarecido.

Sou o único brasileiro na minha igreja, mas minha adaptação cultural foi tranquila. Ao contrário do que muitos pensam, não acho que os inglese são frios. A cultura deles é apenas diferente da nossa. O fato de não conviver com outros brasileiros me auxiliou a me amoldar à cultura local.

Seja paciente! Vejo muitas vezes pessoas descobrindo o chamado e querendo ir ao campo no dia seguinte. Gosto de uma frase de Juliana Borba: “Precisamos nos ver como resposta para o povo que precisa da gente”. Ela também enfatiza que devemos estar no lugar certo, no tempo certo, com as pessoas certas, fazendo as coisas certas. Para isso aconteça, é necessário amadurecer espiritualmente e emocionalmente, pois o campo missionário pode ser, de certa forma ‘hostil’, por se tratar de um contexto diferente do nosso. Além disso, é fundamental estar bem firmado doutrinariamente.

Outra dica é submeter-se aos processos que Deus estabelece para nós. Se o chamado vem de Deus, Ele é o maior interessado em que se cumpra. Não precisamos ter pressa. Lembro que o irmão Hagin contou que Deus disse a ele sobre ser mais lento do que rápido demais. Quando você está mais lento, consegue enxergar Deus à frente, apontando as direções. Mas, se você se precipita, pode perder a direção d’Ele e se frustrar. Por isso, é essencial também submeter-se aos processos que a igreja e as lideranças locais oferecem. Quando chegar a hora, Deus abrirá a porta certa.

Retornei ao Brasil para o casamento de uma sobrinha, que é como uma filha para mim. Aproveitei a oportunidade e estendi minha estadia para passar um tempo em Campina. Esse período aqui tem sido energizante, especialmente por poder ouvir de perto minha liderança, que acreditou e confiou em mim. Quando saímos do Brasil, carregamos o nome do nosso Ministério. Vim honrar minha liderança e mostrar que eles não erraram em me enviar, e que tem valido a pena acreditarem em mim. Isso me traz ainda mais ‘gás’ e me lembra que não estou sozinho no campo.

1 Comentário

  • O missionario Getulio Ribeiro e uma benção, nos alegramos em ve o nosso irmão cumprindo o ide de Jesus naquela nação, que o espirito de sabedoria e de revelação esteja presente em toda a sua vida guiando ele por um testemuno interior.Nossos missionarios são uns guerreiros e desbravador, tem ido aos cofins da terra para realizar a obra do senhor.
    Nos como igreja temos a responsabilidade de orar e contribuir no que diz respeito a grande colheita.

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