Meu nome é Lucileide. Eu nasci em Tocantins e vim para Brasília com dois anos. Moro em Ceilândia-DF desde então. Tive uma infância meio complicada, pois meu pai não foi uma boa referência, mas a minha mãe me ensinou muitos princípios. E eu consegui superar tudo aquilo que eu passei na minha infância. Aos doze anos, eu ouvi a voz do Senhor sem ao menos conhecer a Palavra; com isso, eu encontrei a Deus. Hoje, eu entendo aquilo que Ele falou ao meu coração na época da adolescência. Ele tinha um propósito na minha vida; eu fiquei procurando esse propósito em muitos outros lugares. Porém, o encontrei em Deus com 25 anos.

Na minha infância, eu gostava de brincar de queimada, de vôlei… tínhamos uma infância que gostávamos de brincar na rua. Fazíamos os nossos brinquedos e tínhamos essa liberdade; hoje, eu vejo que as crianças não têm a mesma liberdade, pois o mundo já não oferece tanta abertura para as crianças brincarem na inocência. Nós éramos muito inocentes. Era muito bom!

Minha mãe se chama Francisca. Ela é uma mulher muito guerreira, me ensinou princípios nos quais eu vejo o caráter de Deus impregnado. Eu utilizo até hoje o que ela me ensinou durante minha infância. Apesar de ter parecido exagero na época, era um exagero baseado em princípios corretos. Eu e meu irmão mais velho fomos criados nesses princípios. Hoje, meu irmão, Marcos, é uma pessoa bem-sucedida e me ajuda muito. Depois de 14 anos, minha mãe teve meus outros dois irmãos Naldo e Laíla. Esta é a filha do coração o tempo que estive em casa morando com minha mãe, com ela e o Naldo, eles eram os meus filhotes, eu e meu irmão mais velho criamos eles. Nós, hoje, como família, somos muito unidos. Mesmo que eles não sejam voltados ao Senhor, eles possuem Deus como princípio e são referência de pessoas que conquistaram muitas coisas na vida. Quando eu preciso de algo, eu vejo a forma de família neles. Não tive um pai, mas eu tive o meu irmão mais velho que é praticamente um pai para nós.

 

Minha infância foi muito conturbada porque meu pai abusou de mim durante muitos anos. Eu tinha visões dele bêbado antes dele realmente aparecer bêbado em casa. Eu ficava me perguntando porque eu tinha essas visões. Mais tarde, Deus me falou que eu tinha essas visões porque Ele queria me proteger. Quando eu via meu pai bêbado, eu me escondia. Por ser criança e não ter entendimento, eu achava esses abusos algo normal; porém, um dia, na minha adolescência, eu comecei a entender que isso não era normal. Eu fui na médica com a minha mãe, e ela me perguntou: “Alguém andou tocando em você?” Eu não sabia como responder e acabei ficando calada. Na minha adolescência, então, eu tive o entendimento de que isso que acontecia comigo não era normal. Essa foi uma fase, em que eu não consegui ser muito ajustada com os meus sentimentos, fiquei muito confusa em relação a paternidade lembro-me que eu peguei o Novo Testamento e falei: “Pai, eu não quero mais que ele faça isso comigo”. Então, Deus me disse que minha mãe iria descobrir e ver com seus próprios olhos; e ela viu, mas com minha irmã. Minha mãe ficou sem chão. Para mim, não foi novidade, mas, para o resto da família, foi um choque.

Hoje, eu trabalho com crianças, porque eu percebo que o diabo usa essa fase da infância para afligir elas com medos, sentimentos e situações em casa. Há crianças que se achegam a mim e que me contam situações que acontecem com elas; situações, estas, que elas não têm coragem de contar para os pais. É preciso que existam pessoas com sabedoria na Palavra, para ajudá-las a enfrentar esses medos. O diabo não está brincando com essas crianças. Quando elas me contam o que está acontecendo em casa e nós conversamos, eu vejo que meu chamado é realmente isso. Algumas pessoas me perguntam porque eu não sou professora no Rhema, mas, quando eu ministro para aquelas crianças/pré-adolescentes e vejo seus olhinhos, eu entendo que posso ajudá-las a serem melhores no futuro.

Quando elas estiverem lá no púlpito, eu vou saber que eu tive uma contribuição para que isso acontecesse. Sempre estou pronta para ajudar outras pessoas a serem melhores, eu posso falar sobre qualquer assunto com muita clareza! Eu venci o medo. Nunca precisei ir para as drogas ou para a prostituição; eu só precisei querer ajudar o próximo. Eu pude provar que podia ser melhor, ajudando outras pessoas a superar o medo e a angústia. Nós sabemos que pai e mãe é uma estrutura muito forte e muito boa, quando nós temos isso bem estruturado em casa. Porém, quando não temos isso, temos que recorrer a Deus. Eu não conhecia essa Palavra, mas eu tinha um nome: Jesus! Eu queria que Jesus me ajudasse. Deus já me fez superar todos esses traumas! Nada disso pode me machucar mais! E eu não quero que isso aconteça com outras pessoas.      

 

Não sei se eu tenho um arrependimento, pois as coisas que eu fui fazendo, conquistando ou errando fizeram parte da minha vida. Eu penso que eu tentei. De arrependimento mesmo, eu penso que eu poderia ter me entregado a Jesus quando eu escutei a voz dEle da primeira vez, durante minha adolescência. Porém, eu não tinha o entendimento da Palavra nem de quem Deus era na minha vida. Depois, quando escutei a voz de Deus, saí chorando e falei: “Pai, eu quero você, hoje, para toda a minha vida”. Eu conheci o Senhor e, desde esse dia, eu decidi segui-Lo. Estou, hoje, servindo a Ele nessa condição de filha.

No momento em que eu confessei Jesus, eu entrei no meu quarto e chorei muito. E eu falei: “Pai, já que o Senhor está querendo que eu fique com você, eu vou segui-Lo do jeito que o Senhor deseja”. A partir desse momento, eu procurei uma igreja. Fui em um culto de jovens e gostei. Uma amiga minha me chamou para ir e eu fui com ela; lá, eu confessei Jesus. Quando eu estava na igreja, um amigo, o Everton, me falou sobre o Rhema; aí, eu desejei muito conhecer essa Palavra. Eu percebi que eu precisava mais da Palavra. Então, fui fazer o Rhema, em 2005. Me formei em 2006. Nesse mesmo ano, já fui para o Verbo, tendo a direção de servir ao pastor Joselito. Eu tive um sonho, em que eu seguia o pastor Joselito para onde ele fosse. Eu contei isso para ele durante o Rhema. Falei: “Pastor, eu tive um sonho e, nele, eu seguia o senhor”. Ele me disse: “Vá orar”. Eu orei e retornei, dizendo: “A direção que eu tenho é de ficar perto do senhor”. Eu estava terminando a faculdade. Sempre quando eu tinha folga, eu ia ajudar a Ana no Rhema. No final de 2007, eu entrei na diretoria do Rhema e estou lá até hoje, na função de gestora financeira.

Eu sou realizada profissionalmente, pois, quando eu vi que o Senhor tinha me chamado para trabalhar para ele e eu vi aquele povo se formando no Rhema com suas vidas transformadas, eu pensei: “Eu quero isso para mim”. Eu desejei ajudar as outras pessoas, pois, desde a minha infância, eu tinha vontade de mudar o mundo. Eu vi que essa Palavra podia ajudar outras pessoas. Isso era algo que queimava dentro de mim. Quando eu fui para o Rhema, eu me senti totalmente realizada. Hoje, eu me sinto realizada como pessoa em todas as áreas, pois eu estou no Rhema. Eu sei que estou no lugar certo.

 

Eu tenho dois filhos: um de 19 anos e outra de 8 anos. O de 19 anos é o Tiago. Um menino muito bom, vejo que Deus está tratando o coração dele. Ele tem um grande chamado, e eu creio nesse chamado. Creio na promessa que Deus, um dia me deu; a promessa de que eu e minha casa serviríamos ao Senhor. Isso é algo que grita dentro de mim! A minha filha tem 8 anos. Ela é uma menina linda e centrada na Palavra. O Tiago é um menino muito respeitador, mas ele consegue ser muito quieto na dele. Ele evita falar o que está sentindo, por isso, eu tenho dificuldades de saber o que ele sente. A Camila já fala o que sente, sendo sincera demais às vezes. Se você estiver com o cabelo feio, ela vai dizer que seu cabelo está feio. Já o Tiago daria um sorriso. A Camila é muito sincera e muito centrada. Ela é muito organizada; uma menina que desde o ventre tem uma promessa. Quando ela estava na minha barriga, eu recebi uma Palavra que mexeu demais comigo. Essa Palavra dizia que nada ia faltar para ela. Onde ela estivesse, coisas iriam chegar. Desde então, nada faltou para ela. Nada faltou para mim. Ela é uma criança que fala: “Eu oro, e as coisas acontecem!” Com 8 anos, ela já demonstra ter uma maturidade na Palavra de Deus.

Eu sou professora do Departamento Infantil, sob a liderança da Walléria, quem me treinou foi Kamylla ela é como a Ana Helena, ama as crianças. Tenho orgulho disso, pois o Departamento Infantil me fez crescer muito como professora. Em muitos lugares onde eu vou, as pessoas perguntam da minha área profissional. Elas perguntam: “Você é professora?” Eu sempre digo: “Sim, mas sou professora no Departamento de Crianças da igreja”. Muita gente não dá valor, mas aqueles que conhecem e sabem o poder que um Departamento de Crianças pode trazer na vida de uma pessoa, entendem o que eu estou falando. Uma criança, quando fala sobre Jesus em casa, leva uma mudança de vida. Eu ajudo outras pessoas, ensinando uma criança, pois ela leva isso para dentro de casa. Eu já ouvi crianças me dizendo: “Meu pai não gosta de ouvir falar sobre Deus, mas, quando eu falo, ele escuta”. Isso é algo que realmente muda o coração das pessoas. Eu tenho prazer de dizer que eu sirvo nesse Departamento.

Já na diretoria do Rhema, a Ana Helena é uma pessoa que é referência para mim. Ela me inspira. Ela uma pessoa que nos dá liberdade para resolver questões. Quando eu cheguei para perto dela, ela me ensinou que somos um Corpo e cada um tem o seu espaço, independente de ser nos bastidores ou não. Esse ensinamento é algo que eu vejo que ela dá muito valor. Muitas pessoas não conseguem enxergar os bastidores, mas é algo que a Ana Helena sempre mostra. Você não precisa ser visto; você só precisa fazer, e Deus te vê! Quando Deus te vê, tudo está no lugar certo, funcionando da forma correta.

 

Ser mãe, para mim, é tudo. Eu amo ser mãe! Tenho muito orgulho dos meus filhos. Apesar de, em alguns momentos, não ser da forma que eu gostaria, eu tenho um grande prazer de ser mãe. Eu procuro dar o melhor para eles. Eu sei que esse é um tempo em que eles irão avançar em direção ao cumprimento dos seus chamados, cumprindo aquilo que Deus preparou para eles. Com relação à Camila, às vezes, eu penso: “Será que ela é missionária?” Pois ela ama o EUA, ela tem paixão por mama Jan… Ver meus filhos avançando me faz ver que eu sou uma mãe que tem se dedicado aos filhos, vendo, neles, o sucesso daquilo que Deus plantou para mim, no sentido de ver os meus filhos crescendo bem. Isso me faz dizer para mim mesma: “Você fez a coisa certa!” Eu sou uma mãe separada e eu cuido deles sozinha com o Senhor. Eu sei que eu nunca estou só, pois sei que o Senhor está comigo no cuidado deles.

Como referenciais para mim, além da Ana Helena, eu tenho a Luciléia. Ela sempre esteve ao meu lado, em todas as dificuldades que eu passei. Eu sempre pude compartilhar algo com ela; e a Palavra que eu sempre recebi dela foi: “Você pode! Você consegue!” Isso me fez crescer mais e me fez me ajustar mais. Eu vejo nela uma grande amiga; nos chamamos de irmãs!

Tenho outra amiga que eu amo demais. O nome dela é Aldaísa. Ela é um fruto da minha oração. Hoje, ela está no Rhema, com uma família bem linda. O marido dela já terminou o Rhema. Então, eu vejo, nela, uma mulher de garra também. Sou de poucas amizades mas quando as tenho pode esperar que são mesmo para sempre. A Jeane é uma das pessoas que, quando cheguei na Igreja, ela me acolheu com braços abertos e, hoje, tenho a Cris que ela tem me ajudado muito com seus conhecimentos.

O pastor Joselito é um pai! Um pai que eu não tive. Às vezes, nas pequenas atitudes, quando, por exemplo, o pneu do meu carro furou, ele sempre está a me ajudar. O pastor Joselito sempre me fala que “eu não tenho um marido; não tenho um pai, mas tenho um pastor”. Quando alguma coisa acontece comigo, ele está sempre disponível para me ajudar e me apoiar. Ele me pastoreia. Eu vejo, nele, um caráter de Deus. Vejo Deus na vida do pastor Joselito. Quando olhamos para ele, vemos que ele é uma pessoa sensata e sincera, com uma dignidade grande. Ele tem amor e generosidade. Por meio da forma como ele trata cada pessoa, até aquelas pessoas que erram, vemos o amor de Deus fluindo na vida dele. Isso me constrange! Ele é um homem guiado!

Antes, meu sonho era estar onde eu estou. Então, hoje, eu penso que é só avançar! Cada vez mais, o Rhema tem prosperado, tem crescido e aumentado. O meu sonho é ver minha família inteira na igreja. São pessoas que eu gero para ver perto de mim, não somente no sentido de congregar, mas no sentido de servir ao Senhor da forma como nós servimos na igreja. Eu sei que isso é uma promessa! Mesmo que eles não estejam ainda, eu sempre sonho em vê-los em um lugar melhor, de uma forma melhor! Também sonho em ver meus filhos, conquistando as coisas. Onde eu estou hoje, já é um sonho realizado, estando no Rhema, na igreja, junto da Ana e do pastor. Para mim, isso já é algo realizado.

 

Eu gosto muito de cinema. Amo cinema! Por conta da Camila, eu vou muito assistir filmes de criança, mas eu gosto muito de sair com meus filhos. Eu me divirto com eles. Quando eu estou em casa, eu gosto do aconchego dos meus filhos. Eu gosto da minha casa! Eu sou muito do ninho; gosto deles perto de mim. É como se fosse eu e meus filhotes no ninho.

 

Eu sou uma pessoa muito sincera. As minhas amizades são verdadeiras e duradouras. Eu tenho poucas amizades, mas as que eu tenho são verdadeiras. Lucileide é uma mulher guerreira. Eu também sou um pouco chorona. Mexer com meus filhos é algo que me deixa muito sensível. Por isso, eu falo que sou guerreira, pois, como eu falei do ninho, eu cubro o meu ninho. Eu me vejo em força total quando é para cuidar deles, quando algo acontece com eles e quando algo acontece com a minha família. Uma vez, meu irmão teve uma infecção bacteriana generalizada. Para os médicos, ele estava morto, mas, como eu já tinha feito o Rhema e já conhecia essa Palavra, falei: “O sangue de Jesus corre nas veias dele, e nenhuma bactéria ficará!” Eu comecei a declarar isso naquele momento. Eu vi que a promessa de Deus se manifestou, pois os médicos falaram que ele não viveria mais; porém, pela Palavra de Deus, hoje, ele está vivo e tem um apreço muito grande por mim, por ter pegado junto com ele nessa situação. Ele não teve nenhum dano resultante dessa infecção!

Sobre a Lucileide, hoje, eu penso que, em tudo que eu peço ao Espírito Santo, eu creio ser guiada naquilo que eu faço. Como gestora e na parte da contabilidade do Rhema, apoiando a Ana Helena e o Pastor Joselito na Supervisão, eu busco ser uma pessoa organizada, pois é um departamento que trabalha com números e contas, tenho Selminha que é um grande braço nessa caminhada somos uma equipe. Eu vejo que a Lucileide é uma pessoa guerreira. Se você me der algo, eu vou correr atrás e vou trazer o resultado!

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