Pregação: Scott Webb (Domingo Noite)

E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos” (Lucas 9.1-2)

“E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte”.(Lucas 9.6)

Entre o capítulo 9 e o capítulo 10 de Lucas, aconteceu um fato que marca esta ordenança de Cristo para os discípulos, de ir e pregar o evangelho.

“Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum”. (Marcos 9:27-29)

Esta é uma pergunta legítima. Eu imagino que como muitos de nós os discípulos fizeram tudo o que sabiam fazer. E aqui está um jovem endemoniado. Mas, quando Jesus chegou lá Ele cuidou da situação, sem problema algum.

Então eles lhe fizeram uma pergunta. Por que o não pudemos nós expulsar?”. Você já esteve em uma situação que já fez tudo o que sabia fazer? Qual resposta que Jesus lhes deu? Ele aponta para algo que eu quero canalizar esta noite: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.”

O interessante disso, é que quando Jesus lidou com aquele demônio, Ele não parou para jejuar e orar. Vamos olhar um pouco mais profundo hoje á noite. Se conseguirmos identificar porque não deu certo para eles, talvez consigamos descobrir porque muitas vezes não dá certo para nós.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
(Efésios 6.10-12)

Para que nos vestimos da armadura de Deus?

“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar”. (Efésios 6.18-20)

Paulo escrevendo para a igreja de Éfeso, diz para que ore por ele para que abra a sua boca declarando ousadamente a Palavra. Por que ele diz isso? Para que possa resistir as influências demoníacas.

Seres espirituais são reais, e influências espirituais são reais. E às vezes não somos tão sensíveis para essas coisas.

Algumas vezes, algo está acontecendo na nossa vida e achamos que é de nós mesmos, quando na verdade é uma influência demoníaca nos pressionando.

Como eu me sinto hoje não afeta o que a Palavra de Deus diz.

Mas, Paulo diz que por causa dessas influências do versículo 12, eu preciso que ore por todos os homens, a igreja.

Ele diz duas coisas nesse texto. Devemos orar e devemos vigiar. Devemos vigiar por todos os santos. Quando você vê a palavra vigiar, você entende que esta é uma referência à velha aliança.

Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que fazeis lembrar ao Senhor, não haja descanso em vós, Nem deis a ele descanso, até que confirme, e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra. (Isaías 62-6 e 7)

Ele está usando algo natural para falar de algo espiritual. No antigo testamento era comum eles edificarem muros para protegerem as suas cidades. E aqueles muros tinham portões, e aqueles portões permitiam o acesso do povo, e à noite eles fechavam os portões e colocavam guardas, vigias, nos muros e nos portões para estarem vigiando. Pois, os inimigos poderiam vir atacar a cidade durante à noite. O seu trabalho não era nada além de vigiar.

E quando Paulo usa esse termo em Efésios 6, ele usa algo natural para ilustrar o espiritual. Porque oração não é apenas pedir por algo, mas orar envolve vigiar também.

Muitas vezes as pessoas tem uma ideia sobre intercessão, oração, súplica, em que recebem coisas do espírito e imediatamente é algo que devem conversar, contar para alguém. Mas, como pessoas que oram, Deus não mostra coisas para que você fale sobre elas, mas para que você ore sobre elas. Para parar problemas antes que elas se tornem problemas.

Mas, um vigia é exatamente o que diz. É uma pessoa que faz parte da cidade, que tem um grande interesse nessa cidade, cujo guarda procura ver problemas antes que eles aconteçam de fato.

Vigias não eram policiais sobre as cidades para terem certeza que os habitantes estavam se comportando. Vigias estavam guardando a cidade do inimigo para ter certeza de que não havia brechas. Quando algo acontecia, aí sim eles iam prestar contas.

Vimos agora pouco em Lucas que eles tentaram e não deu certo. E Jesus lhes deu autoridade. Eles viram funcionar antes e viram funcionar depois, mas algo aconteceu aqui no meio que não funcionou com este jovem.

E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior. E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. (Marcos 9.33-35)

Então, nisto nós vemos a razão pelo qual não funcionou. Jesus os deu autoridade. E eles tinham grande sucesso, mas no meio algo afetou esses jovens. Lembre-se que Jesus disse que essa casta só sai com jejum e oração, mas mais uma vez Ele não parou para jejuar e orar.

Jesus não está falando que requer jejum e oração para expulsar o demônio. Jejum e oração não afeta o diabo afeta aquele que jejua. O jejum e oração são essenciais na vida do crente, é isso que Jesus está dizendo.

A natureza humana é assim. Você ganha uma vitória sobre o diabo, e fica empolgado. É divertido manifestar vitória sobre as trevas. No entanto, não é a vitória sobre o diabo que deve ser o nosso motivo principal de celebrar, mas sim o fato de sermos cidadãos dos céus, cheios do Espírito Santo, filhos de Deus. Dessa forma, sua motivação sempre estará certa.

 “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim”. (I Coríntios 11.23-24)

“Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem”. (I Coríntios 11.27-30)

Esta é a única razão dada na nova aliança em que crentes estariam fracos e doentes.

Como tratamos uns aos outros, é uma referência sobre como discernimos o corpo de Cristo. E principalmente foi dessa forma que este versículo foi apresentado a mim. O versículo fala de algo individual.

Por qual razão muitos estão fracos? Por não discernirem o corpo de Cristo.

Se a sua fé não está funcionando, a primeira coisa que você deve olhar é o seu caminhar em amor. Tenha certeza que você não está guardando mágoa.

Se eu não andar em amor, o resultado pode ser, eu fico fraco, eu fico doente, eu morro. Eu tenho que andar em amor para que isso não aconteça.

Paulo estava escrevendo para toda a igreja. As cartas aos coríntios foram escritas para toda a igreja. Mais uma vez não é apenas uma referência individual, mas para todo o corpo de Cristo.

Deus me mostrou algo que eu não tinha considerado antes. Ele disse que eu tenho sido rápido em determinar as pessoas que estão precisando de ajuda. E ele continuou me dizendo que muitos estão fracos e doentes por causa do que tem acontecido na igreja, não necessariamente por culpa deles.

Não podemos jogar fora a nossa responsabilidade pessoal, mas também temos que considerar a nossa responsabilidade coletiva.

Queremos igrejas locais fortes. Você não tem o direito de fazer alguém agir e concordar como você quer. Deus não faz ninguém fazer nada. Mas, você não tem a obrigação de deixar alguém que está causando problemas na sua igreja. Se for divisão, não permita que ocorra na sua igreja.

Jesus está levantando igrejas fortes no Brasil, no Chile, na Angola, em Portugal. Ele está levantando igrejas locais fortes, mas o diabo também está trabalhando 24h por dia para destruir por dentro, então vigiai e orai.

E esse vigiai e orai, não tem a ver com tirar demônios de pessoas, mas sim com tirar a carnalidade de si mesmo. Para que quando enfrentarmos qualquer situação, já estejamos prontos. Veja isso no nível de igreja local.

Tenha certeza de que a influência que está atuando na sua igreja seja a do Espírito Santo, e você vai começar a ver milagres, sinais, manifestações de Deus. Um lugar em que as pessoas se sintam bem só ao entrar.

Vocês pastores titulares, levantem pessoas que orem dentro da sua igreja, não tente fazer toda a oração sozinho, ensine pessoas a orarem. Depois tenha certeza que eles estão seguindo a direção que você deu para elas. Treine pessoas, e desenvolva um ministério de oração na sua igreja.

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