
No primeiro final de semana de fevereiro, a Igreja Verbo da Vida em Okazaki, Aichi (JP), realizou um treinamento para os professores do Departamento Infantil. Na oportunidade, Eliz Okada testemunhou sua cura da crise de pânico que quase a impediu de servir na igreja local.
“Conheci a família Arcanjo, missionários aqui no Japão, em abril de 2022. Em agosto do mesmo ano, iniciei a Escola Bíblica Verbo da Vida, também passei a servir no Departamento Infantil dando aula aos Teens (sala 9 a 15 anos)”, contou.
Conforme disse, estava avançando e crescendo em fé quando sofreu uma crise de pânico.
E agora?
Diante da situação, Eliz conversou com sua líder de departamento e pediu para se afastar por um tempo e explicou o que se passava. De acordo com ela, a líder ficou de conversar com o pastor Jusciê Arcanjo e a esposa Joanice, e a partir daquele momento, ela seria substituída na escala.
“Uma luta foi travada entre a mente e o espírito. Isso mexeu muito comigo, me senti fragilizada e incapaz de lutar contra aquela situação. Sentia como se não tivesse fé suficiente para vencer aqueles pensamentos e repreendê-los. Foi aí que uma tristeza tomou conta de mim e na minha mente uma guerra acontecia, uma voz gritava na minha cabeça: ‘como você pode dar aula para os Teens, um grupo de adolescentes, ensinar fé para eles?’ Pois não estava conseguindo praticar a fé na minha vida para vencer aquela crise de pânico”, compartilhou.
A professora disse que pensou se não seria o melhor ficar sentada ‘no banco’, só indo aos cultos e se fortalecendo na Palavra para depois servir em algum departamento. “Eu achei que eles iam concordar com a minha sugestão de me deixar ‘de molho’, porque não estava bem, mas para minha surpresa, eles decidiram me trocar de sala e, agora, serviria no berçário, auxiliando a professora de lá”, disse.
De frente com o desafio
Eliz contou que, primeiramente, ficou assustada, pois achou que não estava em condições em servir na igreja local e que era um grande desafio a ser vencido. Conforme recordou, quando engravidou do seu filho, teve uma gestação difícil e depressão pós-parto, conhecida como baby blues ou disforia puerperal, que é uma instabilidade emocional e dura algumas semanas, mas no caso dela, durou os seis primeiros meses de vida do bebê.
Para Eliz, se tornar mãe era um dos momentos mais felizes de sua vida, mas também era um momento de medo e perigo. Ela começou a rejeitar o seu filho, não conseguia amamentá-lo e nem cuidar dele. “Eu sentia muito cansaço, pois ele chorava muito. Na época, até pensei em tirar a vida dele e depois a minha. Foi uma fase horrível. Fui acompanhada por uma médica, porém, há quase 19 anos, a depressão pós-parto ainda não era vista com tanta importância como é nos dias de hoje”, relatou.
Enfim, um dia em que o seu filho chorava muito e ela não sabia mais o que fazer, foi ao banheiro e trancou-se lá. De acordo com Eliz, Deus mandou sua vizinha ir até sua casa e ver aquela situação. “Ela viu o quanto eu precisava de ajuda para cuidar de mim e do meu filho. Graças a Deus, passamos por essa fase terrível e meu filho cresceu, superei, mas não conseguia segurar nenhum bebê no colo. Eu vivia fugindo disso e, de repente, estava prestes a servir, cuidando de bebês”.
Tempo de rompimento

Logo depois, ela falou com seu esposo que tinha sido chamada para ajudar no berçário da igreja e perguntou o que ele achava disso. “Ele falou que não era para aceitar, pois não conseguiria cuidar dos bebês, por conta de todo o processo que passamos. Mas eu pedi para tentar e ele concordou”, contou.
Eliz afirmou que, naquele final de semana, que estava escalada pela primeira vez, fez jejum e orou buscando forças em Deus.
“Estava muito temerosa, pedi ao Senhor para nenhum dos bebês aparecer. Eu tinha medo de não conseguir dar conta, mas ainda bem que Ele não ouviu e todos os bebês vieram. Quando eu peguei o primeiro, ouvi uma voz me dizendo que não ia conseguir. Naquele momento, repreendi os ataques do inimigo na minha mente. Ao terminar a aulinha foi uma bênção, eu recebi minha cura ali mesmo. Hoje, amo os bebês com a minha vida, servindo em fé, amor e com muita excelência”, afirmou.
Deus cura, sim!
Atualmente, ela já é uma das professoras do departamento e, além dela, seu filho Toshio também serve no DI. “Tenho o meu kit que me acompanha com brinquedos, travesseiro, tapete, entre outros materiais, que uso para as aulinhas e atividades”.
Segundo a professora, Deus tem sido maravilhoso pela oportunidade concedida. Ela rompeu com o seu passado e hoje, graças à cura, pode servir aos pequeninos.
“Dou a eles todo o meu amor, que não consegui dar ao meu filho, quando ele era bebezinho. Hoje posso dizer que Deus me ensinou que servir em amor traz cura. Sou grata a minha líder de departamento, ao meu pastor Jusciê e sua esposa Joanice, por não terem desistido de mim. Eles acreditaram e foram guiados pelo Espírito em me colocar justamente no berçário. Amo esse departamento e agora, aquela que não conseguia segurar um bebê, hoje, segura dois ao mesmo tempo. Amo servir a eles”, concluiu.







