A jovem diretora do Rhema em Barreiro, em Belo Horizonte-MG, Héllen Cachone, falou em entrevista sobre esta experiência e também as suas expectativas para esse ano, confira abaixo:
Como tem sido a experiência de dirigir o Rhema?
Eu assumi o Rhema há três anos, é uma escola bem nova em Belo Horizonte. Algumas pessoas acham que Barreiro é uma cidade vizinha, mas não é, é um bairro. No começo, o desafio já foi esse, de ter duas unidades dentro da mesma cidade, foi uma adaptação que levou um tempo, porque eu mesma tive que mudar de casa e começar uma escola. Sou solteira e por isso passei por alguns desconfortos, mas tenho o auxilio do pastor local, das pessoas e do próprio Ministério. Não tenho dificuldade de chegar e dizer que estou precisando de ajuda. Vejo na liderança o cuidado, o zelo de Canrobert, por exemplo, com a minha vida mesmo, estou a frente de uma escola nova, quando comecei tinha apenas 24 anos e eu tinha que tratar com várias pessoas, pastores, líderes, e para mim tudo era novo em todos os aspectos.
Para mim liderar era desafiador, comecei a entender que as pessoas que estão na minha equipe estão ali com um propósito e, às vezes, é para nós as treinarmos, ensiná-las. A minha equipe era composta de pessoas mais velhas que eu, no natural elas que eram para me liderar e não eu liderá-las. Às vezes, ficamos esperando grandes milagres, mas quando finalizei o primeiro ano do Rhema em 2014, eu vi que o grande milagres foram todos os dias.
Tive ao longo do ano todos os tipos de desafios e tive que lidar com todas as coisas, com diversas situações. Logo no início a escola foi assaltada e, como solteira e longe dos pais (meus pais moram em Londrina), eu tinha que lidar com essas coisas e sem um esposo ao lado também. Eu moro sozinha, não tenho meus pais me auxiliando, mas vejo o cuidado de Deus me ensinando e instruindo. Vivi uma junção de grandes milagres que eram vistos a cada dia. O Rhema é desafiador. Todos os dias era como abrir uma caixinha de surpresas te esperando e por vezes, eu dizia: “Meu Deus, como vou resolver isso?”. E você vê a graça para aquela situação surgir e as coisas serem resolvidas.
Uma das coisas que eu aprendi vendo de perto o que o pastor Bud fez em Campina Grande que o Rhema em Belo Horizonte é uma continuidade daquilo que ele confiou a nós, porque que hoje eu sei o que é ser diretora do Rhema e diretora trabalha e muito. Mas, é gratificante você ver que Deus te confiou pessoas. Esses últimos anos eu amadureci em coisas que nunca imaginava viver. Quando eu morei em Campina Grande desfrutei de uma graça Power, mas quando voltei para BH vi que tinham coisas que eu iria precisar de mais graça.
O Rhema é como um casamento, eu não tenho filhos, mas os alunos são como filhos para mim. Ano passado, no dia das mães, os alunos fizeram uma homenagem para mim como se eu fosse uma mãe para eles. Deus não olha a sua idade, estado civil e nem suas limitações.
Vale a pena chegar ao final do ano e vê-los concluindo. O Rhema não é “vai valer a pena”, o Rhema é “vale a pena todos os dias”! Eu sei o efeito que a palavra fez na minha vida e sei do que pode fazer na vida deles.
Como foi esse tempo de treinamento em Campina Grande e, como isso refletiu na sua vida e ministério?
Meus pais me liberaram para mudar para Belo Horizonte a fim de estudar no Rhema, o acordo era que seriam dois anos apenas. Porque era o tempo de eu trancar a faculdade e ir fazer a escola, confesso que na época eu nem entendia o que era o Rhema. Não assisti a uma aula demonstrativa para ter noção do que era a escola, não tinha informativo algum, a única coisa que eu tinha em meu coração era fazer o Rhema.
Ao chegar em BH ouvi falar na Escola de Ministros Rhema, mas eu achava isso algo muito longe, porém ao concluir o Rhema Deus me falou que eu não voltaria para Londrina e fiquei em BH. Lembro que eu já era meio que uma estagiária no Rhema, cuja liderança era de Bárbara Vanessa, eu auxiliava no financeiro, secretaria, livraria, monitoria e era aluna também. E nem imaginava que eu iria dirigir uma escola.
Quando me mudei para Campina Grande para fazer a Escola de Ministros eu procurei emprego porque precisava me manter, mas Deus me falou que era tempo de aprender inclusive a depender dEle.
Fiz uma conexão boa com Sylvia Lima e procurava auxiliá-la, eu não queria ficar a toa na cidade, queria fazer valer a pena esse ano e Deus abriu portas e ,para mim foi maravilhoso, porque Sylvia é uma pessoa excelente. Aprendi muito com ela auxiliando nas Aulas de Campo, lembro de em uma das aulas de campo, quando ao final do dia estávamos bem cansados de trabalhar todo o dia e fui imprimir algo e ficou um pouco torta a impressão e ela pediu para fazer novamente, ali eu aprendi que a excelência faz o melhor até o final.
Trabalhei ainda na comissão de formatura e, tudo isso foi construindo dentro de mim uma estrutura. Quando concluí a EMR voltei para BH e fui auxiliar a EMR itinerante como secretária. De fato, eu aprendi a fazer um pouco de tudo na escola.
Mas, quando surgiu o convite para dirigir a escola, era surreal. Contudo, eu sabia que era um tempo de romper limitações em mim, e tem sido maravilhoso, tenho me empenhando para que a palavra que chegou a minha vida e a mudou também chegue a outras pessoas e elas sejam mudadas. Quando olho e vejo a vida de Guto, Sylvia, Maneco, Sâmia, Canrobert que estão desde o inicio, nós desistirmos agora quando eles não desistiram, não é justo. Passamos por dificuldades, mas ao ver o que eles passaram… e se eles conseguiram, eu vou conseguir também.
Você tem apenas 27 anos, é jovem, solteira e diretora do Rhema. Como tem isso tem acrescentado na sua vida?
Existe uma cobrança natural (risos). Existe pessoas que querem todos os dias arrumar um marido para mim, têm alunos que fazem campanha para a diretora que é solteira, mas para mim é bem tranqüilo. Aprendi a confiar em Deus, principalmente no tempo que morei em Campina Grande. Deus cuida de mim.
Como mulher, tenho sentimentos, quero casar, mas vejo que Deus está me ensinando muito através das pessoas que estão ao meu lado a ser solteira e ser feliz. Ser solteira é uma estação que vai passar e devo aproveitá-la, e me empenho para aproveitar o máximo. Sou intensa nas coisas do Senhor.
O Rhema foi o que Deus confiou a mim, cuido deles como a minha família. Por enquanto, é lá onde coloco as minhas forças, mas quando o marido chegar vou equilibrar um pouco isso. Mas, às vezes, eu acho que as outras pessoas ficam mais incomodadas em eu ser solteira do que eu mesma fico. Muitos me cobram. Na verdade, existem cobranças em muitas áreas, inclusive muitos acham que quem é diretor tem que ser professor também. No entanto, eu lido bem com essas coisas e não me deixo levar.
Às vezes, vou aconselhar um aluno e tenho um cuidado normal por ser solteira e a minha equipe me ajuda muito nisso. Aconselhar casais parecia algo bem difícil no início, por eu não ter vivido essa experiência ainda, mas Deus sabe qual conselho essas pessoas precisam e procuro estar sensível e atenta para aconselhar a coisa certa, mesmo não sendo casada.
Existe uma graça e recebo inspiração que me conduz no que falar. As pessoas hoje, não me vêem como uma guria, mas isso é uma conquista que leva tempo.
Conte-nos algum testemunho marcante desse tempo ao longo desses três anos a frente do Rhema:
Quando a gente começou o Rhema Barreiro já foi surpreendente. Tínhamos uma capacidade para 120 alunos e lembro que no primeiro dia de aula, não tinha lugar suficiente, fiquei impactada com o que Deus tinha feito. Logo na primeira semana, não cabia mais ninguém e eu vi que só podia ser Deus.
Uma coisa que veio ao nosso coração foi aumentar o prédio, pois o Rhema tem sede própria e isso pra nós já é uma benção. Queríamos construir ao lado, e quando começamos a construir tínhamos uma previsão para ficar pronto e não ficou. E nisso já tínhamos alunos do primeiro e segundo ano e eu não podia desfazer as matrículas do primeiro ano. Naquele momento lembro que pensei: “e agora?”. Confesso que fiquei tensa.
Lembro que o pastor Marcelo me disse que o pastor Viriato, um dos pastores que liderava o Verbo da Vida em Barreiro, tinha um prédio e colocamos o segundo ano nesse prédio, mas o primeiro ano permaneceu no Rhema.
Houve um empenho de todos para uma boa estrutura ser organizada. Tivemos que funcionar assim por um tempo e tive a compreensão dos alunos, graças a Deus! Eles não pararam e isso não foi empecilho para eles receberem a palavra. Eu estava sempre atenta na equipe nos dois prédios para que nada fosse prejudicado. Me desdobrava, e foi assim até setembro, mas continuamos confessando o nosso lugar, crendo que todas as salas seriam em um prédio só. Foi desafiador, mas deu certo! Em 2016, começa de fato o Rhema com as duas turmas no mesmo prédio. Para mim é como se estivesse começando de fato agora.
Quais as suas expectativas para esse ano?
Minhas expectativas são que mais pessoas sejam alcançadas por essa palavra. Temos nos empenhado para divulgar no máximo que podemos fazer, mas quem divulga melhor é o Espírito Santo. Expectativas de crescimento, de avanço, de desenvolver como professora também esse ano. O Rhema não é nosso, ele é feito para as pessoas. Uma das coisas que Deus me disse é que esse é o tempo dos jovens, de entrarmos no chamado com mais intensidade, fazermos mais pelo Rhema. O Rhema é um meio de fazer mais, é estar junto de outras pessoas ajudando-as a correr mais rápido. Belo Horizonte vai ser cada vez mais influenciada pela palavra da fé.
Que as pessoas vivam de fato a palavra, que conheçam a paternidade de Deus. Que as pessoas vivam o amor de Deus de fato e que desfrutem do melhor de Dele aqui na Terra.
O povo do Barreiro é maravilhoso, intenso, receptivo, isso te estimula a querer ser melhor e fazer mais. Temos expectativas nos professores, oro por professores certos, na matéria certa, que não seja nada no automático.
Temos um tempo de oração juntas nas terças e, na equipe uma cuida da outra. Toda equipe está ali com um propósito. A equipe tem leitura de livros, tempo de oração, o meu cuidado é que toda equipe esteja aprendendo algo da parte de Deus também. Buscamos um tempo de consagração para que haja uma comunhão com Deus sempre constante. Também faremos um treinamento para monitores para que eles sejam aperfeiçoados, porque o monitor tem uma função muito importante na escola. Um monitor bem instruído facilita o nosso trabalho. Nossa meta é fortalecer a equipe, e precisamos cuidar deles como cuidamos dos alunos.
1 Comentário
Que bênção ler esse testemunho – Inspirador!