Adriana Potter
Missionária da AGMVV
Não podemos levar a nossa cultura brasileira para o lugar que vamos fazer missões e impor aonde estamos. Precisamos aprender a depender da habilidade divina. Missionários não podem se isolar, porque quem se isola procura seus próprios interesses. Fomos chamados para celebrar as nossas diferenças.
Para viver nessa flexibilidade é requerido de nós humildade para reconhecermos quem nós somos, o que precisamos aprender e fazer. Precisamos saber que não existe apenas uma forma de fazer as coisas. Por exemplo, cada família,cada casa tem uma cultura e isso exige identificação. Aprenda a construir pontes. Jesus é o nosso exemplo maior.
“Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais”. (I Corintios 9.19)
Precisamos saber quem somos, mas nos perder a nós mesmos. Somos cidadãos dos céus. Recebemos da nossa família influência. Eu sempre fui expressiva, exagerada, sou cearense, mas precisei aprender a mudar.
Já fui a lugares em que eu não podia me expressar da mesma forma, o Senhor me ensinou a ser mais equilibrada, a administrar e controlar as minhas emoções. Para isso dependemos da graça de Deus.
Gosto de uma definição de graça que ouvi de Joyce Meyer: “Graça é o poder de Deus vindo a nós livremente à medida que colocamos a nossa Fé nEle”.
Ela nos dá uma facilidade para fazermos coisas que nunca poderíamos fazer por nós mesmos, mas precisamos aprender a nos render a ela e uma dessas maneiras é mudando a nossa forma de falar.
Não estamos onde nós precisamos estar, mas estamos caminhando e se continuarmos chegaremos lá.
Pessoas serão influenciadas pelo nosso proceder.
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor”. (Gálatas 5.13)
A nossa identidade não está amarrada onde nascemos, mas em Cristo. Se para estar próximo a alguém eu preciso deixar de comer de garfo e faca eu vou fazer. Existe graça para isso.
Tenho a liberdade de ter a minha identidade como brasileira, mas eu escolho perder isso, muitas vezes, para salvar alguém. Somos livres, mas na nossa liberdade escolhemos ser servos. Dependa graça de Deus para isso.
O lugar onde eu nasci não me define, nem a minha família, mas ser nova criatura me define. Essa é a minha identidade. Sou cearense de nascimento, mas essa não e a minha identidade maior.
Flexibilidade não é quebrar os princípios da Palavra de Deus e nem transgredi-la.
Identificação é sair do meu contexto de vida e entrar no contexto do outro, mas existe graça para isso, ela lhe dá poder e capacidade para fazer o que naturalmente você não consegue.
Missões não é apenas ministrar no púlpito, mas servir e se relacionar com as pessoas. Se você tem problemas com relacionamentos peça ao Senhor para lhe ajudar, porque vai precisar se relacionar bem com as pessoas. Isolamento é algo perigoso, Deus nos criou para relacionamento.
Paulo e Jesus sabiam entrar em qualquer lugar e não se sentiam superiores e nem inferiores a ninguém. Isso é flexibilidade e identificação. Jesus sabia se relacionar com o rei e com a prostituta.
Existem três mulheres que convivi em Campina Grande e que me influenciaram muito: Mama Jan, Suellen e Jannayna.
Da Mama Jan peguei a visão. A visão de prosperidade correta. Aprendi que prosperidade não é ter coisas, mas uma atitude do coração.
Com Suellen peguei a excelência. Pense em uma mulher trabalhadora… Ela é uma mulher que imprimiu em mim excelência.
Jannayna peguei sabedoria e simplicidade. Isso é tão valioso no ministério.
Deus levanta pessoas na nossa vida que nos trazem benefícios espirituais, emocionais e físicos. Se associe com as pessoas certas.