Meu nome é Ildemar Abreu – José Ildemar da Silva Abreu. Lá em casa, foram quatro homens e quatro mulheres. Tudo Maria e José! Eu recebi Jesus aos 18 anos, no dia 31 de março de 1991, às 21:21. Foi na Segundo Igreja Evangélica Congregacional. Eu sou natural de Cajazeiras e me criei em Campina Grande. Em 1993, eu fui para Manaus, com 19 anos; após isso, fui para Boa Vista. Meus pais são também de Cajazeiras, mas viveram toda a sua vida em Campina Grande. Meu pai já faleceu; minha mãe ainda está viva.
Antes de ir para Boa Vista, eu estava noivo de uma pessoa. Então, fui para lá com o intuito de ganhar dinheiro para casar. Chegando em Boa Vista, vimos que aquele casamento não era a vontade de Deus. Foi quando eu passei a olhar para Leudimar. Ela estava de férias na Venezuela, mas, no dia em que ela chegou, eu a olhei e pensei: “Que morena!” São 22 anos de casados. Começamos a nos conhecer melhor e, de uma amizade, nos tornamos marido e mulher. Quando já estávamos casados, em 1997, fomos para Campina Grande. Fiz o primeiro ano do Rhema em 1998. Passamos um tempo em Boa Vista novamente e, depois, em 1999, voltamos de novo para Campina e ficamos seis anos direto. Após esse período, fomos para Teresina e passamos dois anos, ajudando Judvan e Rossana. Depois, fomos para São Luís (Maranhão) e passamos três anos lá. Em 2011, fomos para Boa Vista e estamos lá até hoje.
Eu e Leudimar ficamos muito amigos. Uma vez, eu mandei um papelzinho para ela, perguntando se havia alguma chance de começarmos um relacionamento. Ela disse que não havia. Após isso, eu fiz uma oração, dizendo para Deus que, se ela fosse para ser a minha esposa, o Senhor deveria levá-la até mim. Depois desse dia em que ela disse “não”, eu mergulhei em Deus de uma forma tão profunda que eu concentrei minha vida mesmo nEle. Eu fazia de tudo na igreja, mas essa era uma decisão que eu havia buscado nEle – a de servi-Lo melhor, fazendo o melhor para Ele. Eu fui professor de departamento infantil, líder de jovens… tanta coisa! Eu acabei me desligando de casamento, de namoro e me liguei em Deus. Foi aí que Deus começou a trabalhar, pois o meu coração estava voltado para Ele. O interessante é que ela buscava em Deus um homem que amasse mais ao Senhor do que a ela; e, de fato, eu amo mais ao Senhor do que à minha esposa. Eu amo minha esposa, mas o Senhor é acima de tudo na minha vida. Graças a Deus, tem sido algo maravilhoso para as nossas vidas. Eu sou completo; tenho a alegria completa de ter uma esposa maravilhosa e duas filhas lindas. Uma é Rute, de 21 anos; a outra é Rebeca, de 16 anos. Mergulhar em Deus foi algo maravilhoso para mim, pois, como meu coração estava nEle, Ele poderia guiá-lo para qualquer lugar. Dessa forma, eu não me perderia com outras coisas; assim, o Senhor me deu uma mulher maravilhosa.
Em 2000, quando nós chegamos em Campina Grande, decidimos ir para a Igreja Verbo da Vida. Eu lembro que, no primeiro Alterna Vida, eu estava trabalhando tanto nas barracas quanto no evangelismo. Foi quando o pastor Gerson, que, para mim, é um paizão, falou sobre a liderança dos adolescentes. Ele chegou para mim e falou: “Rapaz, o que você acha dos adolescentes?” E eu não queria, pois, a Leudimar, quando era solteira, era líder dos adolescentes. E eu nunca gostei de cuidar dos adolescentes, pois, para mim, naquela época, eu achava que adolescente não estava em um nível espiritual satisfatório.
Então, quando o pastor Gerson me perguntou, eu respondi: “Não, pastor. Eu não me identifico com os adolescentes. Não tenho prazer em cuidar deles”. E ele falou: “Pense direitinho! Vamos lá um dia!” Em 2001, ele nos convidou para um culto dos adolescentes. Ele estava sendo guiado pelo Espírito para fazer isso. No final do culto, ele disse: “A partir de hoje, eu quero apresentar os meus vice-líderes. Eu quero chamar à frente Ildemar e Leudimar”. Eu tentei argumentar, mas ele disse: “Meu filho, fique tranquilo”. Assim, passamos seis anos envolvidos nos adolescentes. Em um determinado momento, pensamos em sair, mas o pastor João nos disse que não era o tempo. Um ano e pouco depois, quando o departamento estava crescendo e se desenvolvendo bastante, ele nos liberou para passar a liderança. Durante esse tempo, nós pegamos o Arthur (que está indo para Itália), o Perilo, o Thiago Garcia, o Thiago Borba, Luana Mayara, o pastor Jackson… Um dia, Raphael me contou que, quando ele chegou em Campina Grande, ele estava bastante desacreditado, mas eu fui a primeira pessoa a investir na vida dele. Essas pessoas, eu tive o privilégio e a oportunidade de liderá-los. Foram seis anos muito poderosos em nossas vidas. Hoje, estamos usando, em Boa Vista, tudo aquilo que aprendemos em Campina.
Sobre Boa Vista, antes de irmos para Campina, nós trabalhamos em um outro Ministério e éramos envolvidos em tudo. Em 1997, saímos para Campina. No final de 1998, voltamos para Boa Vista e, em 1999, voltamos para Campina. Nessa época, havíamos recebido uma palavra de Deus de que voltaríamos de uma forma diferente. Deus iria fazer algo extraordinário, algo marcante; voltaríamos em outro nível. Em 2010, quando estávamos em São Luís, o pastor Cícero, ao voltar das férias, perguntou como estava Boa Vista em nossos corações. Como nem lembrávamos daquela palavra, não queríamos voltar. Estávamos bem lá, e o nosso desejo era de crescer e de avançar. A obra estava começando por lá. Eu disse: “Pastor, nós não pensamos em sair daqui! Estamos tão bem”. E ele me mandou orar. Quando eu cheguei em casa e compartilhei isso com ela, ela também não queria sair de lá.
Começamos, então, a orar e nos lembramos daquela palavra que havíamos recebido em 1999. Depois de quase quatro meses orando, compartilhamos com o pastor Cícero que o nosso coração estava aberto para Boa Vista. Na verdade, para nós, era um desafio, pois havíamos sido líderes em uma outra denominação em Boa Vista. Quando chegamos lá, as pessoas que conhecíamos estavam empolgadas, perguntando o que faríamos. Nós não queríamos demonstrar que estávamos em outro Ministério. Um dia, já tinha aproximadamente um mês que estávamos lá, eu perguntei para Deus como iríamos começar uma igreja lá. E o Senhor respondeu: “Comece com o que você tem”. Ou seja, minhas duas filhas e a minha esposa. Quando Leudimar chegou em casa, eu falei: “Amor, vamos começar a igreja Verbo da Vida, e a primeira escola bíblica dominical será amanhã”. E assim começamos! E Deus foi nos instruindo. Aos poucos, fomos nos abrindo a respeito de onde estávamos. Hoje, temos um casal que chegou para nós sem mais desejo de servir ao Senhor. Desde quando começamos o primeiro estudo bíblico, em uma quarta-feira, eles decidiram não sair mais. Eles estão conosco há sete anos. Para a glória de Deus, estamos os licenciando agora. Um casal maravilhoso! Foi um desafio, mas Deus foi trazendo pessoas. E a igreja foi crescendo.
Hoje, eu me sinto realizado. Tanto minha esposa como minhas filhas são bênçãos para mim. São presentes, pois elas cuidam muito bem de mim. Eu fico me perguntando como seria se eu tivesse tido um filho homem; eu fico me indagando qual seria o meu comportamento. Cada filha tem suas particularidades, mas ambas são minhas amigas. Nós brincamos muito juntos. Eu sou muito bem realizado em ter três mulheres em casa. Esse sempre foi o meu jeito; sempre fui brincalhão. Às vezes, elas estão muito sérias; às vezes, a mãe dá aquela chamada. E eu vou lá para brincar, e, daqui a pouco, aquela chateação que elas estavam sentindo acabando passando. Eu tenho satisfação em fazer isso.
Eu acredito que a minha alegria é um dom que Deus me deu. Um dia, quiseram me parar; me disseram: “Rapaz, eu acho que você é muito palhaço. Eu acho que você deveria ser mais sério”. E eu até tomei essa decisão de ser mais sério e de ficar na minha, sem muita brincadeira; quando eu passei a ficar sério, as pessoas começaram a dizer: “Essa não é a sua cara; esse não é o seu jeito”. Então, eu tive que voltar a ser quem eu era. Eu vejo essa alegria como um dom. Eu brinco mesmo no púlpito; eu subo no ombro de um membro da nossa igreja sem nenhuma intenção errada no coração. E eu vejo como a igreja acolhe isso e aceita esse meu jeito. Não é algo forçado, mas é espontâneo. Uma vez, uma pessoa perguntou para minhas filhas se esse também era o meu jeito dentro de casa. Hoje, eu me sinto muito realizado e honrado em ser essa pessoa, pois minhas filhas me dizem: “Eu quero ter um marido igual ao senhor”. Isso é maravilhoso!
Minha família representa tudo para mim. Em primeiro lugar, vem a família; depois, vem o ministério. Por um tempo, para mim, era ministério e depois família; porém, quando revelação chegou, ministério passou a ficar em segundo plano. Não estou desprezando o ministério; eu amo fazer o que eu faço. Se eu pudesse, eu passaria o dia todo dentro da igreja. Eu gosto disso, mas, hoje, se o ministério fosse comprometer a minha família, eu largaria o ministério, para estar com elas. Eu me sinto realizado com a minha família. Foi o que Deus me deu; foi a minha primeira igreja. É o meu primeiro ministério; se eu não fizer bem com elas, eu não serei aprovado em outras coisas. Elas são tudo na minha vida.
Hoje, eu tenho o desejo de cuidar melhor da minha família. Em inicio de obra, nos desdobramos, mas, graças a Deus que estamos há sete anos e começando a perceber que as coisas estão fluindo. Eu tenho o sonho de poder dar o melhor para a minha família. Coisas que elas se privaram por um tempo, eu tenho o sonho de dar o melhor para elas. O segundo sonho é o chamado para ir para Moçambique. É um chamado que nós temos. Eu tenho esse sonho. Eu não sei como será; não sei se ficarei lá; porém, é um sonho. Quando eu cheguei no Ministério Verbo da Vida, eu lembro que eu, Jusciê, Juanice, Jadeilton, Edila e Suênia nos juntávamos uma vez por semana, para orar por missões. Enquanto não existia igreja em Moçambique, nós estávamos orando por Moçambique. Hoje, eu olho e vejo o fruto dessas orações. Então, meu sonho é estar lá.
Eu me defino como um homem amigo, carinhoso, brincalhão, mas também muito sério nas coisas de Deus e nas coisas que eu assumo. Eu pego muito sério. Por um tempo, as pessoas achavam que ela era a lei e que eu era a graça. No entanto, depois, as pessoas perceberam que eu sou a lei e que ela é a graça! (risos) Eu pego muito sério mesmo; tenho muito compromisso com aquilo. Sou muito focado. Esse é quem eu sou.
4 Comentários
Foi uma grande honra ter sido liderado e mentoreado por esse homem de Deus, que tanto me ensinou e também me corrigiu kkkkkkkk “O caminho pra cima é por baixo”, foi o que ele repetiu várias vezes e também demonstrou com a humildade e simplicidade que tanto lhe marcam e que me ensinou a ter. Hoje, é uma alegria ser seu amigo e sempre que temos a oportunidade de nos falar, seja pelo zap, telefone ou pessoalmente, sinto-me amado e contagiado com essa alegria que, de fato, é a sua principal marca! O único defeito dele é ser trezeano kkkkkkkkk
Que casal maravilhoso que amo!
Coisa maravilhosa ler um pouco sobre esse homem de Deus e essa mulher de Deus, casal inspirador. Sabia um pouco da historia deles, mas aqui tive mais detalhes, são uma grande bênção, presentes de Deus para o seu povo amado, desbravadores e cheio de amor e fé sempre, uma familia unida jamais será vencida!!!!
Nós amamos vocês!!!!!
Grandes Ildemar e Leudimar. Casal de bênção. Tive meu tempo de crescimento com eles IEVV Prata adolescentes. Que tempo maravilhoso. Deus falou muito comigo através de vocês. Muito OBG por se deixarem ser canal de bênção. Estamos juntos em oração. E hoje eu que moro em sua terra Cajazeiras. Lugar que amo.