Verbo FM

Luis Fernando (Santos-SP)

Tenho 62 anos. Nasci em Londrina no Paraná e vivi lá até os oito anos de idade. Após isso, fui para São Paulo, pois meu pai trabalhava na Ford. Ficamos lá uns  dois anos e aos 10 fomos para Santos.

Santos é uma cidade boa de se morar, cidade litorânea, com praias bonitas. Lá, sem dinheiro você passeia, em São Paulo, sem carro e sem dinheiro não dá para fazer muita coisa, a não ser que tenha amigos, mas no litoral com pouca coisa você se diverte. É uma cidade que tem o custo de vida semelhante a São Paulo, tem como principal base de trabalho o porto e, agora com o pré sal, chegará mais recursos. É uma cidade de 400 mil habitantes, relativamente pequena. Santos é uma ilha e está localizada na ilha de são Vicente. Nesses 50 anos que estou lá, já vivi muitas coisas. Fiz muitos amigos, a igreja e o Rhema se estabeleceram, existe muita resistência não no verbo, mas em outras denominações. Moro na terra do Neymar, Pelé e Robinho, e de lá só saem craques (risos).

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Tenho dois filhos do meu primeiro casamento. Juliana, com 25 anos, e Tiago, com 36. Ele já é casado, Juliana está solteira. Eles possuem características bem diferentes até porque a idade é distante, eles não viveram na mesma geração, os amigos de um não são amigos do outro. Tiago foi o primogênito, quieto, na dele, puxou a mãe, inteligente. Juliana puxou mais a mim. É falante, jornalista, toca teclado, gosta de música, compõe algumas canções, está trabalhando em uma empresa que faz apoio de mídia em internet. O Tiago é engenheiro civil, trabalha em São Paulo, mas mora em Santos.

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Muitos pregadores falam sobre graça. Ouvir sobre graça é uma coisa, viver, usufruir da graça após passar por situações difíceis, é outra coisa. Já vi situações em minha vida que só a graça pôde me sustentar. É bom conhecer a teoria, mas melhor é conhecer a prática. Eu desfrutei do favor de Deus em uma hora que não tinha condições em mim mesmo, e Deus supriu e me ensinou a não sair mais da graça, porque lá Ele pode me assistir. Em alguns momentos Ele falou claramente comigo: “Você tem certeza que quer pensar sobre isso?” E falei: não, eu não quero. E Ele falou: “agora sim, você está se aproximando de mim, e com isso passará a pensar como eu quero que pense”. A graça me sustentou antes, durante e depois das situações que envolveram minha vida.


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A minha salvação, seguramente, foi a maior experiência com Deus que já vivi. Foi a maior e a melhor, mais do que casamento e filhos, porque eu sei quem era Luis Fernando antes da salvação e quem é ele hoje, depois de ser salvo. Não há comparação. Claro que existem eventos importantes como o casamento, o carro novo, são experiências boas, mas nenhuma delas se comparam à salvação. Lembro do pastor Bud e como ele falava da sua salvação.

Um dos maiores valores que eu tenho na minha vida, é o meu relacionamento com Deus. A integridade de um homem para com Deus é o seu sinal de integridade, porque de Deus ninguém esconde nada. Existem pessoas que consideram Deus apenas uma religião, vão a igreja, mas lá fora não O considera. Algo que nunca perdi é ter o mesmo testemunho de dentro da igreja, lá fora. Considere Deus dentro de você.

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Me converti em 1987 e me graduei no Instituto Bíblico Verbo da Vida em 1989. Ali, era o começo do ministério do pastor Bud no Brasil. Marconde terminou a escola comigo, devem ter se formado umas 18 pessoas naquela época.

Imagina você se converte e, três meses depois, senta para assistir uma ministração do pastor Bud. Ele tinha o cabelo de lado, gordinho, ouvi seus primeiros testemunhos, seu choro enquanto ministrava. Aprendi tantas coisas com ele. O coração dele era do Senhor você não via máscaras. Quando falo em máscaras não falo daquelas que você coloca de propósito, mas daquelas que a vida vai jogando em você. As as pessoas vão colocando essas mascaras, mas ele não era assim, era aquilo ali.

Ao longo da minha via ministerial, passei por algumas igrejas, umas três. Dos pastores que conhecemos, quem foi o que permaneceu o mesmo? Falando a mesma coisa? Nunca mudou. Ele, pastor bud, ele nunca mudou a doutrina. Ele até me ouviu falar isso e disse: “só melhore irmão” (risos).

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Meu maior influenciador é o Espírito Santo. Ele é quem me leva à condição de arrependimento, me instrui quando pego a rota errada, não posso perder essa direção nunca. Quando fui salvo, Deus me deu Ele como amigo e não posso abrir mão nunca mais até que eu vá para o Senhor.

No ministério, tenho como referencial o apóstolo Guto. Eu o conheci bem no comecinho, chorava muito quando ia ministrar e gosto de ver a evolução das pessoas.

Maneco é uma inspiração pra mim, conhece a palavra profundamente, vejo João Roberto na sua simplicidade e a Jan que superou a barreira da língua.

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Em 1987, quando me converti, lembro de uns livros que li: “O Nome de Jesus”; “Vinho Novo é o Melhor”; muito antigo, mas forte, os do começo. E, hoje, os livros do irmão Hagin. São livros que me deram um norte. Minha base é a doutrina do irmão Hagin. Me converti com essa Palavra, e, quando você é vacinado com essa Palavra, não tenta imitar a vida dele. Porque nos livros ele conta as experiências dele, a vida dele, mas pego a base da Palavra.

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Sou engenheiro e pastor. Às vezes fico na dúvida se sou engenheiro ou pastor (risos). Ainda trabalho no secular, mas, quando Deus chama, Ele supre. Passei por fases que precisava estar no secular, me formei em 79, sou engenheiro civil e a minha especialidade é infraestrutura urbana, principalmente sistemas de águas e esgotos. Estou no limiar da minha profissão, trabalhei em uma empresa de saneamento básico como a Sabesp, agora o chamado é o chamado.

Uma vez eu disse ao pastor Bud: “não é fácil ser pastor, professor do Rhema  e trabalhar no secular”. A resposta dele foi: “irmão, mas é possível!”

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Como pastor, a tendência é ficar focado na igreja local, porque é seu dia a dia, mas, recentemente, o Senhor falou comigo para ampliar a minha visão. Com isso, o Senhor tem me feito ter novas experiências, porque como vou falar de missões para a igreja se eu não tenho uma visão missionária? Então, surgiu um convite para ir à África e fui. Chegando lá, abriu-se uma janela espiritualmente e quando olhei falei: “Senhor, eu nunca tinha visto isso”. E Ele respondeu: “porque você estava apenas lá e quero que saia para ver novas realidades que vou te mostrar”. Tive contato com outra nação, outra cultura, outro ministério e as bases desse ministério eram: T. L. Osborn, uma visão de missões mundiais; Benny Hin, mover forte do Esprito; e irmão Hagin, ensino forte da Palavra. Eu vi um ministério forte. Vi como uma igreja missionária opera. Na reunião, tinham 145 países representados, mais de mil pessoas presentes, aquilo me impactou.

Essa viagem foi um marco para o meu ministério, percebi que não posso ficar dentro das quatro paredes. Vou ao Chile e ampliarei a minha visão de romper as barreiras da igreja local, não abandona-la, mas poder sair e dizer que sabe o que é missões. Não é ver um vídeo, da dinheiro. É ir, pisar, essa experiência é diferente.

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Quem é Luis Fernando? Um homem com muita história pra contar. Muitos na minha idade já pararam no meio do caminho. Eu passei perto da morte e foi muito impactante. Certa vez, meu filho me convidou para ir aos Estados Unidos. Eu nunca tinha viajado tão longe, vinha para o Nordeste, com três horas de viagem, e as mãos suavam, e, para lá, seriam umas 8 horas. Aprendi a lidar com isso, hoje durmo no avião. lembro que ouvi a voz do diabo dizendo: “tu vai morrer”. Mas na mesma hora subiu a minha resposta: “Diabo, se eu morrer hoje sei para onde eu vou, vou estar melhor do que aqui, se eu não morrer, eu vou para os Estados Unidos”. E fui e dormi.

Por vezes, ensinamos a Palavra e parece que esquecemos de praticá-la em algumas áreas, mas o Senhor me lembrou que o perfeito amor lança fora todo medo. Sou engenheiro e qualquer barulho no avião eu ficava atento, no trem de pouso, em outros sons, mas Deus me ensinou a descansar e lancei fora o medo. A decisão crente é romper. O sucesso da Palavra será no quanto eu creio. Fui à África com cerca de 10 horas de voo. Existem pessoas que tem medo de sair de casa e isso é do inferno, Deus nos deu segurança e proteção e devemos viver, devemos ser prudentes, mas não podemos viver com medo.

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A nossa vida com Deus foi marcante. Quem éramos nós antes de Jesus e o que somos hoje? Se não valorizarmos o que aconteceu, como teremos futuro?

Tenho aprendido a lidar com a minha vida de forma mais sublime, a volta de Jesus está próxima. Vejo reflexos na minha filha da perda da mãe (Sueli faleceu em 2012), a graça que chegou para mim foi o que nos sustentou no eixo de equilíbrio. Ela faleceu em um domingo a noite, na terça eu preguei no culto de oração e minha filha tocou teclado. Isso se chama graça. Sabe o que eu disse à igreja? “eu creio em Deus e em cura e vou continuar crendo, as minhas experiências não anulam a Palavra”.

A minha firmeza passou segurança para a igreja, ninguém saiu, viram um líder passando por uma situação difícil e permanecer firme. Hoje, tenho construído uma nova história. Casei novamente, e a minha esposa, Lidia ,é uma mulher focada em Deus, uma mulher de oração e eu precisava disso. Eu não podia ficar só e estou avançando com ela, é uma missionária e seguimos caminhando com o Senhor.

1 Comentário

  • A melhor ministração é aquela que é feita sem palavras em púlpito ou com a bíblia em mãos,mas sim,através do testemunho de vida,na prática da Palavra,fluindo sobre os dons espirituais,sendo guiado pelo Espírito Santo,conduzindo ovelhas com disciplina em amor,formando servos através do discipulado e da Palavra Viva fluindo sobre seus conselhos,comentários e exortações.Um exemplo de Homem aprovado por Deus para abençoar os seus, que ensina sem esforço e exercita os frutos do Espírito conduzindo nos de fé em fé,de glória em glória por temor a Deus e Amor as Vidas.
    Deus continue abençoando-o com toda sorte de bençãos.

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