Thayse Silva

Integrante dos Jovens Mais de Deus em Campina Grande-PB

Vivemos em uma sociedade diversificada. A constituição garante essa diversidade. A constituição defende a validade das diversas opiniões e gostos. Estamos imersos na “normalidade” antes de qualquer coisa. E tudo isso é defendido, é respaldado pelo sistema. Há diferentes modos de pensar, que é refletido no falar, no agir. Existem vários tipos de fé, e para quem ela é canalizada. Essas diferentes ideologias são motivos de várias bandeiras levantadas.

Tenho refletido sobre essa diversidade, e como nós, cristãos, devemos nos comportar ou agir diante desse fenômeno. Como, por exemplo, quebrar os “tabus” e amar, abraçar e até mesmo defender essas pessoas que divergem tanto de nós. Aí nesse momento eu me lembro de uma pessoa que me ensina demais acerca do que é “subverter”. Essa pessoa é Jesus, sim, Jesus! Me desculpem amigos religiosos pela expressão que utilizarei, mas Jesus é muito “desenrolado”. Ele realmente demonstrou várias vezes que o principal artificio que respalda as atitudes Dele é o amor, e não o sistema, ou a instituição religiosa, ou a religiosidade, ou, sobretudo a opinião mesquinha e o olhar limitado das pessoas.  Jesus se importava mesmo com o outro.

“Aconteceu num sábado que, entrando ele em casa de um dos principais dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando. E eis que estava ali diante dele um certo homem hidrópico. E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado? Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu. E respondendo-lhes disse: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”  (Lucas 14:1-5)

Em primeiro lugar, pensamos na lei! Existia uma proibição. O sábado deveria ser guardado. Era inadmissível que Jesus curasse aquele homem naquele dia. E ele sabia, mesmo assim o fez. O amor foi ao encontro daquele homem, ele não só sentiu o cheiro da cura, como experimentou dela.

 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.  E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”  (João 8: 4-10)

Mais uma vez Jesus é colocado perante a lei! Agora Ele estava em frente a mulher que havia adulterado. Pela lei, ela devia ser apedrejada. Seus acusadores já estavam lá, “engatilhados” com suas pedras, prontos para o ataque. E é exatamente assim que muitas pessoas ficam diante dessa diversidade atual, “engatilhados”, prontos para mandar pro inferno, prontos para apedrejar. Aí Jesus, mais uma vez, quebra o tabu e lança uma frase afirmativa/reflexiva: “quem não tiver um pecado sequer, seja o primeiro a atirar a pedra”, daquelas pessoas, Jesus era o único que poderia atirar, pois Ele não tinha pecado… Mas Ele perdoou. Ele amou!

Posso te mostrar outro exemplo?

“Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” (João 4:7-14)

Era impossível um diálogo entre aquelas duas “raças”. Eram ideias diferentes, ideologias diferentes, princípios diferentes, e Jesus mais uma vez quebra mais um tabu e vai lá, não só cumprimentou-a, mas pediu água, e ofereceu-lhe a água da vida. Ele mesmo! Jesus simplesmente amou.

Ainda não acabou.

“E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, Chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue. E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou? E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude. Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara. E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.”  (Lucas 8: 43-48)

Jesus estava caminhando cercado por uma multidão, inclusive os seus discípulos. Algo inquietou Jesus. Um toque diferente! Era uma mulher. Uma mulher marginalizada. Sem esperança. Frustrada, cercada de preconceitos. Impura. Tudo isso porque ela era vítima de uma enfermidade, um fluxo de sangue que não cessava. Durante 12 anos sendo desrespeitada, pois, a lei tirava o direito da mulher durante seu período menstrual. Todos os direitos, inclusive de sentar nos lugares, ou ate mesmo tocar em outra pessoa.

Mas ela tocou em Jesus, e o seu toque gerou cura. Jesus, ao sentir aquele toque perguntou quem havia tocado, a mulher, temendo e tremendo assumiu, imagino os pensamentos que lhe cercara naquele momento. Um deles, o de condenação, pois o que ela estava fazendo era ilícito. Jesus, respaldado pela lei, poderia culpa-la por tal atitude, entretanto, ele foge dos “padrões” mais uma vez e garante liberdade àquela mulher, sem estar preocupado com a sociedade intolerante.

Existem vários outros exemplos que mostra Jesus se importando com essa diversidade, se importando com os desacreditados, se importando com quem ninguém se importa. Jesus vai de encontro. Enfrenta questões sociais, étnicas. Enfrenta trazendo para perto, amando, se importando. Ele tem me ensinado muito sobre essa questão. Perceba que Ele quase não precisou falar para mostrar quem Ele é. Ele simplesmente agiu, Ele simplesmente amou! Prazer, esse é o Jesus da “diversidade”, o Jesus que “quebra tabu” e “foge dos padrões religiosos”.

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