Felipe Aguiar
Graduado da Escola de Ministros no Rio de Janeiro e integrante do Ministério de Louvor IEVV Pedra de Guaratiba, RJ
(…) e Quenanias, chefe dos levitas, estava encarregado dos cânticos e os dirigia, porque era entendido (1 Crônicas 15:22)
Você consegue imaginar um cirurgião exercendo bem a sua profissão sem saber manusear um bisturi? Ou um arquiteto que não saiba discernir bem os traços de um desenho? Ou um engenheiro que não saiba fazer os cálculos necessários para construir um prédio?
Essas perguntas podem vir à mente de qualquer um de nós e teremos uma resposta bem parecida: não. Uma pessoa que exerce qualquer função natural ou profissional precisa conhecer aquilo que faz, precisa conhecer as regras que regem as suas práticas. E com a música é da mesma forma.
Você pode achar que a música, por ser uma arte, borbulha naturalmente daqueles que têm aptidão para tal. E isso acontece mesmo. Conhecemos vários casos de músicos que nunca estudaram teoria musical e são bons naquilo que fazem. Porém, de certo modo, todos esses músicos autodidatas, voluntariamente ou não, estudaram em algum momento as técnicas de seu instrumento.
Não digo o estudo formal, numa escola de música ou com um professor, mas todos eles estudaram a maneira que os outros músicos tocam (técnica), repetiram coisas que ouviram até dominar um certo estilo (técnica). E os músicos que, ainda assim, desconhecem completamente a teoria musical e a técnica, acabam ficando limitados no seu fazer musical por causa de sua falta de conhecimento do assunto.
Nós servimos a um Deus excelente. E devemos dar também a ele o louvor de forma excelente. Esse compromisso envolve muitas e muitas áreas, incluindo a música. Todos os nascidos de novo, que receberam a Jesus como seu Senhor e Salvador estão aptos a adorar ao Pai em espírito e em verdade, mas devemos reconhecer que nem todas as pessoas são aptas para servir com a música na Igreja. A música no contexto da Igreja deve ser feita com excelência, porque Deus merece que façamos assim. Por muito tempo, muitas pessoas foram levadas a entender que Deus não estava interessado na qualidade da nossa música, e que “se fosse para Deus, está bom”, ou que “Deus vê o coração”. Reconheço que este é um discurso gerado pela falta de conhecimento, mas este tipo de prática não se aplica mais ao contexto da Igreja.
Nos dias atuais, vemos uma grande transformação no modo como a música gospel tem se posicionado no mercado. Ela passou de uma parte ínfima, insignificante e sem qualidade, para ser uma música reconhecida, apreciada, com igual qualidade e até mesmo superior àquela dita música secular. Muitos cantores e músicos cristãos têm sido reconhecidos no meio secular por causa do seu talento. O músico Abraham Laboriel, baixista cristão participante da Hosanna Music, é considerado dentro e fora do mercado gospel como um dos melhores músicos do mundo.
Deus nos chamou para estar por cima, e não por baixo (Deuteronômio 28:13), e isso vale para todas as áreas da nossa vida. Nós podemos contar com a graça de Deus para que, naquilo a que nos dedicarmos, tenhamos sucesso e conhecimento natural e sobrenatural.
Trecho do livro “Trazendo à Terra as Canções do Céu”
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