Quanto vale um olhar de encantamento de uma criança? E qual pai ou mãe não “move o mundo”, para satisfazer o desejo de um filho?
A mamãe Marina Veras, voluntária no Departamento de Crianças da Igreja Verbo da Vida Sede, é um exemplo disso, ela buscou uma forma de realizar a vontade da pequena Mariah, com o intuito de oferecer um dia diferente para a criança, presa em um apartamento, desde o início da quarentena.
“Ela ficava pedindo para ir para o circo, comecei a dizer que ele estava fechado, mas a gente passava por lá só para ela poder vê-lo, com suas luzes acesas para alegrar a cidade. Mariah ficava animada e queria descer. Quando eu vi aquelas luzes ligadas e as famílias ali dentro, passando por faltas, isso me incomodou bastante. Então, conversando com minha filha, ela querendo ver os palhaços, eu disse que ia chamar o palhaço para vir em nossa casa” contou Marina.
A partir de então, Marina entrou em contato com outras mães para juntas traçarem uma estratégia de concretizar o desejo da filha. E com isso, além de levar os palhaços para casa, ainda ajudar de alguma forma aquelas 35 pessoas, entre as quais, 11 crianças, que moram no circo e como consequência do isolamento social, estão sem gerar bilheteria, sem renda e sem poder ir para outra cidade por não conseguir um alvará.
Nesse sentido, é que surgiu a ideia das mães se organizarem para convidar os artistas circenses a realizarem um espetáculo na rua, em frente, ao prédio, para que as crianças pudessem assistir da varanda. Assim, surgiu o Projeto Amigos do Circo, para suprir algumas necessidades das famílias do Circo Mundo Mágico.
Conforme relatou, tanto o síndico do prédio, quanto os moradores toparam a ideia de fazer as doações. Assim sendo, ela disponibilizou caixas para que o pessoal depositasse os mantimentos. Para a surpresa dela, as caixas foram insuficientes dada a quantidade de alimentos arrecadados. “O pessoal pegou junto mesmo!” contou satisfeita.
Com tudo traçado, chegou o grande dia! O circo chegou na rua em que moram e não só Mariah, mas todas as demais crianças puderam assistir de suas varandas ao espetáculo dos palhaços!
Alguns moradores não resistiram e desceram para ver os palhaços mais de perto, no entanto ficaram afastados e tomando as devidas medidas de proteção.
“No outro dia, eles enviaram mensagens e fotos agradecidos porque estavam almoçando e comendo pão.”
Com as doações arrecadas, eles ainda chegaram a dividir parte dos mantimentos com os outros circos da cidade.
“Com as cortinas fechadas, não temos de onde tirar o sustento, para nós circenses, neste momento tão difícil, está sendo algo mágico, algo de Deus mesmo em nossas vidas! Estamos podendo fazer o que amamos, que é trabalhar com arte e a cultura, levando a alegria, diretamente, nas casas e apartamentos das pessoas”, declarou agradecida Andreza Alvarado, responsável pelo circo.
Agora, com o sucesso das ações, Marina disse que novas ideias já estão sendo programadas, entre elas, um aniversário de uma criança, cada um dentro do seu carro.
Eu agora estou em contatos com eles, sendo intermediadora, para quem desejar chamar o circo na sua rua, prédio, ou algum personagem na porta das crianças. Também montamos um espaço para os palhaços conscientizarem as crianças do uso da máscara, da higiene e do afastamento.
Ela contou, ainda, que está entrando com a ajuda natural e a ajuda espiritual. Por essa razão, Samir Souza, coordenador da Editora Rhema Brasil liberou 10 livros do apóstolo Bud Wright. Os livros doados serão entregues lá no circo junto com a Palavra da Fé.
