Felipe Aguiar
Graduado da Escola de Ministros Rhema e músico integrante do louvor da IEVV em Pedra de Guaratiba,RJ
Assim como existe uma frase muito difundida no meio popular: “Você é o que você come”, existe uma frase verdadeira do mesmo modo no que diz respeito à música. Você é o que você escuta. Falei um pouco disto quando mostrei que você, compositor deve estar atento ao que o rodeia. Por mais que você não tenha a intenção, aquilo que você ouve acaba saindo de alguma forma. Seja no seu temperamento, nas suas atitudes, nas suas canções.
Por isso, o cristão de modo geral, e ainda mais o compositor, deve estar atento àquilo que ouve, lê e vê em busca de referências. Se você se alimenta de maneira nutritiva, equilibrada, o produto final de sua “digestão” vai ser saúde e equilíbrio. De alguma maneira, o que deixamos entrar como influência se torna aquilo com que iremos nos parecer no futuro, tanto musicalmente como emocionalmente. Então, é de se esperar que alguém que lê livros depressivos, vê filmes depressivos e escuta músicas depressivas esteja indo para um lugar de depressão.
Quando lidamos com influência, estamos lidando com o âmbito da nossa mente. E a nossa mente é influenciável, em maior ou menor grau. Se colocarmos as informações corretas, ela se comportará de maneira correta. Se colocarmos as informações erradas, ela caminhará em direção a se comportar de maneira errada. Esta é uma maneira muito sutil de dizer algo bem simples: o que entra em sua mente, indubitavelmente sai dela em ações. E é ai que somos contaminados, como Jesus disse em Marcos 7.19-20.
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2)
Citando Brooke Fraser, “se você é um artista ou uma pessoa criativa de algum tipo, seu “sistema digestivo” é o seu coração, sua mente e sentidos, sua alma. Então, se algo afeta sua alma, afeta sua arte’. Por isso, é tão importante que tenhamos cuidado com o que deixamos influenciar nossa mente.
Entretanto, precisamos lembrar que a música por si só não tem o poder de dirigir nossas ações morais. Por mais que a música nos impulsione emocionalmente, nossos atos não são guiados por música em si mesma. Nossas atitudes passam pelo crivo da consciência, do nosso espírito. É imaturo pensar que a música não influencia nossas atitudes, mas também é imaturo pensar na música como um ditador controla um país. Mais uma vez, precisamos de equilíbrio e maturidade para tratar tais assuntos de maneira saudável.
*Trecho do livro: Trazendo a Terra as canções do céu
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