Verbo FM

E Deus teve um filho

Manassés  Guerra
Pastor da IEVV em Goiânia, GO, Professor do Rhema Brasil e Escola de Ministros Rhema

Num dado tempo…

Os céus e o planeta escolhido já não eram mais os mesmos desde que Deus anunciou que teria filhos. De um lado, um clima de expectativa e de preparativos, de outro a revolta de um ser angelical possuído por uma ambição descabida: ser semelhante ao Altíssimo e elevar o seu trono acima das estrelas (Isaías 14.14).

Quanta revolta no coração de Lúcifer diante do que ele jamais poderia impedir!Está tudo pronto para o bebê de Deus nascer, justamente o filho, imagem e semelhança de Deus, um príncipe no Reino – tudo o que Lúcifer mais queria ser.

Contrariado e banido da presença de Deus, Lúcifer cria o seu próprio submundo – o império das trevas. Alicia seguidores, anjos decaídos que integram este sórdido império, decidido a não desistir da sua obsessão.

E isso não acontece sem que antes ele deprede o ambiente do nascimento do filho de Deus, provocando um caos de tal dimensão que o Criador teve de refazer o que ficou sem forma e vazio. Afinal de contas, “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Eclesiastes 3.11). Em outras palavras, o que ele cria nunca é sem forma e vazio!

“Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro.” (Isaías 48.15).

TEMPOS DEPOIS…

A primeira coisa que Deus deu ao homem, como forma de protegê-lo, foi o conhecimento: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2.16-17). Adão sabia quais eram os limites e o que se esperava dele, a sua liberdade tinha um preço.

Depois que o filho nasceu, Lúcifer voltou. Ele voltou personificado naquele que se tornou diabo. Lúcifer, agora diabo, não atacou Deus diretamente, mas semeou desconfiança na mente de Adão e Eva. E a sua afronta contra Deus foi ter conseguido induzir Adão e Eva a compararem-se com o Criador a partir de uma realidade meramente racional, sem o vínculo espiritual.

Além disso, o diabo sugeriu ao jovem casal que Deus não foi honesto em sua proibição e tentou compará-los com um Deus que conhecia também o mal. Porém, Deus, mesmo compreendendo em sua onisciência a natureza do mal, ele jamais experimentou o mal. Em sua perfeição, Deus não conhece o mal como experiência.

Embora Adão e Eva já fossem como Deus, eles caíram no golpe de Satanás e desenvolveram um conhecimento distorcido de Deus e da vida. Desde então, os sentidos do homem foram despertados para perceber a realidade natural acima da espiritual e, assim, o homem saiu da fé e caiu na dúvida. “…É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gênesis 3.1). Mortos espiritualmente, os homens se tornaram cada vez menos semelhantes a Deus.

O filho de Deus caiu na armadilha maligna e deixou de considerar, antes de tudo, a sua semelhança com Deus no espírito, permitindo que a carne prevalecesse, tornando a maldição e a morte espiritual as graves conseqüências pela parceria feita com o diabo.

As estratégias de Satanás não mudaram muito. O que ele continua tentando é nos fazer duvidar da Palavra de Deus. Se escolhermos acreditar nas suas mentiras, a inspiração de Deus no nosso coração é interrompida e a vida de adoração dá lugar a uma vida de rebelião.

A auto-suficiência apoderou-se da mente humana e o ser humano desacreditou de si mesmo como filho de Deus, desacreditou do próprio Deus, rompendo a conexão com o Amor e corrompendo a sua consciência.

Dessa maneira, o Criador ficou impossibilitado de continuar a comunhão e a transmissão da sua vida com o espírito humano, e o amor deixou de fluir.O nosso pecado tornou-se um impedimento para o amor de Deus nos alcançar e alcançar o nosso semelhante através de nós.

Porém, o amor de Deus é a razão pela qual ele nos fez existir, e o mundo que ele desejou para nós deveria ser também produto deste amor. Por isso mesmo, todo ser humano nasce de Deus, abençoado pelo seu amor. O amor de Deus é a razão pela qual fomos feitos.

Por esta razão, Jesus penetrou no império sórdido de trevas para recuperar os filhos de Deus das mãos do inimigo. E o castigo que merecíamos, porque nos tornamos maus, Jesus padeceu em nosso lugar, para que nos tornássemos novamente seres do amor.

Não há nada que Deus possa fazer para nos amar mais. Deus nos deu Jesus. Jesus é a expressão máxima do amor de Deus. Mas, será que sabemos, afinal, o que isso exatamente significa? Significa que Ele nos deu a própria vida dEle.  Somos nós que precisamos aprender a receber esse amor.

Jesus nos apresentou o Deus que tomou a iniciativa em nossa direção. Ele é o Pai que corre para encontrar o filho depois de tanto sofrer por amor – “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou… Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.” (Lucas 15.20, 23-24).

Deus proveu um caminho para que a vida humana nasça de novo na inspiração divina e retorne para ele como aroma de adoração.

(Extraído do livro “Louvor, Adoração e as Coisas do Coração”)

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