A pornografia, injetada no corpo através dos olhos, tem um efeito até 100 vezes mais potente que a heroína. Você acredita que é possível fazer o uso de alguma substância ilícita de forma segura? Independentemente da dosagem, sabemos que o uso de substâncias ilícitas faz mal ao corpo. As pessoas que usam esses “produtos” acabam ficando viciadas. Quando se experimenta uma substância nociva, o processo de vício é iniciado.
Mas o que acontece no cérebro humano quando essas substâncias são utilizadas? Há uma liberação de dopamina (neurotransmissor que leva informações do cérebro para várias partes do corpo, também conhecido como hormônio do prazer), provocando uma sensação de euforia. As drogas ativam essas “recompensas” no cérebro humano, gerando essa sensação de prazer.
À medida que esse comportamento se repete, o cérebro humano começa a associar o uso dessas substâncias com determinados efeitos. Elas produzem uma recompensa intensa, uma overdose de dopamina, gerando esse prazer exagerado. Com isso, o vício progride.
O impacto no cérebro
A partir de então, o cérebro se torna menos sensível, necessitando de uma dosagem maior de droga para gerar dopamina. Além disso, o cérebro passa a sofrer mudanças comportamentais e físicas em áreas relacionadas ao autocontrole, tomada de decisão e julgamento, tornando cada vez mais difícil resistir ao impulso.
De outro modo, existe outra coisa que produz a mesma sensação no cérebro: a pornografia. O impulso sexual, em si, não é um problema. O lugar adequado para dar “vazão” a esse desejo deve ser dentro do casamento, com o cônjuge. O estímulo e o impulso sexual não são o problema, mas, sim, a maneira como ele pode ser provocado, em que lugar e por quem.
Conforme uma pesquisa, o consumo de pornografia pode ser tão prejudicial quanto outros tipos de drogas, podendo ocasionar transtornos na vida de alguém, como, por exemplo, a ansiedade. Ademais, a forma como esse consumo age no cérebro é semelhante aos efeitos das drogas e dos jogos. No uso da pornografia, as regiões do cérebro afetadas são as mesmas do uso de drogas. Dessa forma, pode-se concluir que o uso de pornografia e de drogas são semelhantes. Da mesma forma que com as drogas (como, por exemplo, a heroína), existe uma medida segura de consumo de pornografia? Não! Não é possível consumir pornografia de forma segura!
O processo de vício
Por conta disso, o vício em pornografia é mais difícil de ser tratado do que o vício em drogas, pois ela está disponível a qualquer momento, por meio da internet, sem a necessidade de deslocamento ou custos.
Além disso, o contato com a pornografia tem ocorrido cada vez mais cedo, até mesmo com crianças a partir dos 9 anos, coincidindo com o momento em que elas ganham o primeiro celular. Uma pesquisa aponta que 22 milhões de brasileiros admitem consumir pornografia, sendo que, desse número, 76% são homens e 24% são mulheres. Isso é um problema!
Outro problema da pornografia é que o tratamento do vício pode requerer o uso de medicamentos para reduzir o desejo sexual. Assim, isso pode prejudicar o relacionamento entre o esposo e a esposa.
Como vencer o vício na pornografia?
Diante desse pecado, o que se deve fazer?
“Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete são fora do corpo; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês” (I Coríntios 6.18-20).
O que se deve fazer, segundo as Escrituras, para vencer a pornografia? Fugir, isto é, escapar com segurança do perigo, indo para um lugar seguro. Se os fortes fogem, os fracos enfrentam a pornografia, na esperança de vencê-la. Desse modo, devemos fugir desse pecado e não nos considerarmos fortes o suficiente para enfrentá-lo.
*Trechos da mensagem do dia 17 de outubro de 2024, na Conferência de Homens.
