por Landsteiner Ventura
Pastor da Igreja Verbo da Vida em Arapiraca (AL)
Nossa vida é feita de decisões. Algumas são tão fáceis que parecem ser feitas no automático. Outras, porém, exigem um pouco mais de nós.
Com o perdão é da mesma forma. Diante de uma ofensa, podemos decidir guardar rancor ou obedecer à Palavra e experimentar o poder libertador disponível no perdão. É sempre um ato de decisão.
Toda vez que decidimos por uma dessas opções, seremos atingidos pelas consequências que ali existem, sejam boas ou más. As consequências fazem parte do pacote, e precisamos lidar com elas independentemente do que achamos a seu respeito. Quando decidimos perdoar, mesmo que no primeiro momento não seja tão prazeroso, o resultado é que ficamos em paz, leves como uma pena. A consequência de obedecer ao Senhor produz em nós frutos de alegria.
Entretanto, também existem efeitos quando decidimos não perdoar. É como se carregássemos cargas. Já viu alguém que carrega algo muito pesado nas costas e não consegue ficar ereto? Assim é a pessoa que não perdoa: não consegue enxergar o horizonte de paz disponível na obediência, porque está encurvado pela carga da ofensa que cresce cada vez mais.
Amor e perdão
Precisamos nos livrar de todo peso e embaraço para correr a carreira que Jesus propôs para nós. Por isso, não ignore quando o Espírito Santo o inclina a pedir ou liberar perdão. Quando agimos assim, estamos espalhando o amor de Deus, não apenas com palavras, mas com nossa própria vida. Pois, para isto fomos chamados: andar em amor como o Pai nos amou. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo nos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Efésios 5.1,2).
Deus perdoou nossas ofensas e pecados. Com esse mesmo amor devemos enxergar o nosso próximo. Só teremos resultados na nossa vida de fé quando andarmos em amor, imitando assim o nosso Pai, como imagem e semelhança que somos d’Ele.
“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (I João 2.6).
Andar como Jesus andou é andar em amor. Amor e perdão andam de mãos dadas!
“O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, nem grosseiro. Nem exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme” (I Coríntios 13.4-7).
Andar em amor é um caminho sobremodo excelente. O amor nunca falha!
Entenda que só estamos aqui, vivendo esta vida, porque um perdão em amor nos foi concedido. Não deveríamos, da mesma forma, liberar aos outros aquilo que tão grande e graciosamente nos foi dado? Uma vez que fomos feitos nova criatura, devemos nos deixar ser moldados pelo Senhor.
Não precisamos ser guiados pela raiva, pelo rancor ou ressentimento. Podemos decidir seguir as instruções de Deus para nós; podemos liberar perdão e manifestar o amor de Cristo.
Não devemos aceitar ideias mundanas de que é impossível perdoar uma ofensa, ou de que não temos capacidade para obedecer à Palavra no que diz respeito a esse assunto.
Permita-se ser moldado pelo Senhor. Deixe de lado todas as desculpas e pratique a Palavra em todas as áreas da sua vida. Você pode liberar perdão! Essa capacidade já habita em você. Deus não esperaria de você uma atitude que fosse completamente impossível de ser realizada. Se Ele o chamou para andar em amor e livrar-se da ofensa através do perdão, Ele o capacita.
Um coração que ama o Senhor, ama perdoar, porque ama, acima de tudo, obedecê-lO.