Seguindo a rotina dos membros do Ministério Verbo da Vida no quadro “Eu e minha casa”, mostramos um pouco da família do nosso colega de trabalho da comunicação, o jornalista e ilustrador, Godofredo Couto, que mora em Campina Grande (PB).
FÉRIAS EM CASA E EM FAMÍLIA
De repente, tivemos que fazer da nossa casa o nosso mundo. Isolados, quarentenados, ou seja qual for o nome que se dá a essa nova forma de vida, passamos a viver em família, 24h por dia. Muitos se queixam de tédio, cansaço e até angústia. Eu, pelo contrário, adorei.
Em uma vida tão corrida que vivíamos, perdíamos muito por não ter um tempo com a família, focados na tecnologia, nas redes sociais. A família estava junta, mas não estava em comunhão. Hoje, temos que fazer de tudo dentro de casa, desde trabalhar, se divertir, fazer comida e passear, do quarto para a sala ou da cozinha para o banheiro.
Como, inicialmente, ganhei férias antecipadas em casa, aproveitei para terminar de escrever um livro e mergulhei mais nas artes. Até minha filha Sarah se revelou uma promissora artista plástica, pintando dois belos quadros. Passamos mais tempo fazendo muitas coisas juntos. Assistimos a séries e filmes, oramos, louvamos ao Senhor, assistimos a infinitas lives e a cultos on-line, sempre juntinhos no sofá.
Uma grata surpresa aconteceu justamente nesse período. Meu filho mais velho, Kevin, minha nora, Hoanna, e meu (primeiro e único) netinho, Davi, vieram passar férias por aqui, antes de decretarem o isolamento. Com o cancelamento dos voos, tiveram que remarcar a volta para São Paulo, um mês depois. Quando pensavam que iam, novamente a empresa aérea remarcou a passagem deles. Melhor para nós. E que agradável e divertida convivência!
Ter a família de nosso filho, por perto, não tem preço. Davi é o nosso xodó e mascote. O que acompanhávamos de longe ficou bem perto por um longo tempo. Nesse período, vimos seus dentinhos crescerem, ele quase andando, aprendendo a dar tchau, ter novas experiências com comida, fazer caretas diferentes. Foi muito amor podendo ser curtido e expressado o tempo inteiro. Voltei a brincar de coisas de criança, a jogar bebê para o alto, a admirar a serenidade de um ser tão pequeno dormindo.
Até o nono “mesversário” do Davi já fizemos. Algo bem caseiro (risos). Tudo foi produzido em família. A norinha pensou em quase tudo. O tema nordestino foi bem oportuno: Cordel. Participei da decoração, fazendo os cartazes, e todos ajudaram de alguma forma. Ficou lindo. Comemos comida típica, cantamos o Parabéns e Davi se divertiu muito. Claro que aproveitamos para nos arrumar para a festinha em casa. Gente, quanto tempo sem se vestir de forma especial! Foi o evento da temporada. Davi mereceu… e nós também.
Mesmo com meu filho e eu trabalhando em home office, deu para curtir a presença deles em nosso meio de uma forma especial, enquanto estiveram conosco por quarenta e cinco dias. Depois que eles se foram, outra grata surpresa. O meu filho do meio, Iago, resolveu passar um bom tempo também aqui conosco. Deixou Brasília para trabalhar em casa, junto com os pais e a irmã, e matar a saudade. Eita coisa boa!!!
Esse isolamento vai fazer falta quando acabar. Aí a gente se reinventa de novo.