O ano de 2015 está sendo diferente. Outro dia eu falava com Nice, minha esposa, sobre o fato deste ano não termos sentido um grande tremor, os quais são muito comuns por aqui. Mas, nem por isso foi um ano tranquilo, aconteceram algumas coisas inesperadas.
Em janeiro fomos ao sul do país conhecer uma região belíssima, chamada “Pucon” e ficamos encantados com a beleza local. Lá, há um vulcão chamado “Villarica” que a cada período de cinquenta anos entra em erupção. Eu e Carol, minha filha, decidimos subir a montanha para ver de perto aquela “hermosura” e foi uma experiência fantástica.
Logo depois que saímos da cidade, o Villarica, literalmente, explodiu.
As autoridades tiveram que evacuar a cidade e foi muito doloroso ver aquela paisagem tão linda se transformar numa chama ameaçadora. A cidade e a região vivem do turismo e justamente na época de maior afluência de pessoas eles tiveram que fechar, trazendo um grande prejuízo à região e ao país.
Passado o susto, quando já estávamos esquecendo o vulcão, houve uma chuva muito forte na região mais seca do planeta, o deserto do Atacama. Claro que ninguém esperava chover naquela região e mais ainda uma “tromba d’agua”, era algo impensável para o deserto. Mas, foi justamente o que aconteceu.
Choveu em um dia o acumulado que choveu nos últimos dezesseis anos e o resultado foi destrutivo. A região do deserto é um importante polo de mineração e por tanto, economicamente muito importante para o país. Lá estão localizadas grandes minas de cobre e outros minérios também que fazem do Chile um dos países mais prósperos da América Latina. Os estragos foram grandíssimos e os prejuízos enormes, mas o pior foi a perda de dezenas de vidas.
Bom, quando pensávamos que já tínhamos experimentado tudo, outro vulcão, o Calbuco, deu o seu show e explodiu com muita força. Essa montanha fica na mesma região do Villarica e faz parte do temível cinturão de vulcões do sul da América. E ao que parece, todos eles resolveram acordar na mesma época.
De fato, estamos vivendo um tempo muito raro para toda a humanidade, com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo e as profecias bíblicas acontecendo diante dos nossos olhos.
A consequência dessa fantástica erupção foi uma impressionante chuva de cinzas sobre o sul do país, cobrindo cidades, campos, pastos, casas, com mais de um metro.
Levará muito tempo para que o país se recupere desse insólito início de ano.
Orem pelo Chile, orem pelos nossos missionários nesse país, que estão vivendo momentos difíceis. Para quem nunca viveu num lugar assim essas experiências são desafiadoras. De fato, é necessário ter muita confiança para não sair correndo. Tantas situações difíceis de uma só vez dificultam muito a economia de uma nação. Chile vai levar alguns anos para recuperar-se dos prejuízos dessas catástrofes. Tanto o norte como o sul está com suas infraestruturas bastante afetadas. Os estragos foram muito grandes.
Graças a Deus pela sua parceria e fidelidade para com a nossa missão aqui no Chile. Quando penso em vocês penso na equipe que formamos para cumprir a ordenança que Jesus nos deu. Há muitos desafios, como diz Paulo em II Coríntios 11.6 “em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar…” Sozinhos seria muito difícil avançar, mas com sua parceria ficamos mais confiados para seguir adiante.
As igrejas estão bem e crescendo, o Rhema avançando com muita alegria. Estamos orando e planejando um esforço de trabalho para a cidade de Santiago. Contamos com suas orações.
Pr. Marcos, Nice e Carol Honório
Em Cristo Jesus.
