Três conselhos de filhos de pastores

por Dione Alexsandra

“Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. (Provérbios 4.20-23)

Pensando sobre os bons conselhos e seus benefícios para as pessoas, decidi nessa série ir em busca de alguns jovens que vivem uma realidade diferenciada, porém abençoada. Trata-se dos filhos de pastores. Sim, eles têm muito a falar sobre a experiência de serem filhos de pastores.

Fui em busca de depoimentos de alguns deles para darem conselhos práticos, dicas e instruções a todos os filhos de pastores que certamente servirão para os demais na trajetória da vida.

Sejam abençoados!

4Diogo Garcia (São Paulo-SP)

Talvez, por seus pais estarem em uma posição de destaque a cobrança por uma expectativa de comportamento é severa. De um lado, temos essa exigência; do outro, a honra e prerrogativa de vivenciar e ser testemunha do agir de Deus na vida dos “Paistores”, privilégio que muitos buscam e, que acompanha essa classe, naturalmente.

É importante que tenhamos Sabedoria, é ela que conserva a nossa vida (Pv 7.12), é nela que temos a capacidade de discernir corretamente as coisas. Ser Sábio, nesse quesito, é não confundir as coisas e diferenciar o pastor, ou o ministro, dos pais. O pastor é aquele que tem uma missão confiada por Deus, arrebanhando um povo. O pai é o ser humano, que também recebeu uma missão de arrebanhar, só que seu filho. Ambos possuem função paternal, o que muda é objeto desse instrução, educação e amor.

Outro ponto elementar, é procurar não revidar as pressões de ser um exemplo por ser filho de um pastor. Antes de tudo lembrar, que além de ser filho de pastor, você é filho de Deus. E só este fato lhe traz o ônus de representar o Reino do céus, sendo Luz aqui na Terra. Então, ser exemplo para os outros é natural do caráter cristão e deve ser instinto, não é a toa que o maior e melhor exemplo é Jesus, nosso irmão mais velho. (I Co 11.1) Ademais, temos o Espírito Santo para nos ajudar a tomar a decisão correta em cada ocasião em que seja necessária. (Jo 14.26).

Devemos buscar cooperar e socorrer nossos pais e pastores, porque além de termos esse dever moral de apoio familiar e o princípio de honrar os pais (Ef 6.1), somos chamados a socorrer a obra de Cristo. Portanto, é saudável que possamos ajudá-los na obra local, contribuindo com o desenvolvimento do chamado e ministério deles, se eles avançam e progridem, assim sucede conosco.

Ser filho de pastor é um privilégio, porque temos ao alcance dos olhos como ver o agir do Senhor e, crescer com isso só nos traz mais firmeza de quem somos, podemos e temos em Deus.

10639631_560078310781226_8779113186616490562_nSarah Meira (Campina Grande-PB)

1. Seja compreensivo. Compreender o outro é uma tarefa difícil para alguns de nós, seres humanos. Estamos tão envolvidos na tarefa de sermos compreendidos que nos esquecemos de compreender o outro. Isso se intensifica quando se é um filho de pastor. Temos a tendência a olhar só pela nossa ótica e focamos apenas nos pontos negativos (o grande número de viagens por ano, os aniversários que passamos longe, as cobrança, etc…). Esquecemos, muitas vezes, que pessoas estão sendo salvas em todos os lugares do mundo porque nossos pais decidiram viver o que Deus os chamou para fazer. Escute mais, fale menos. Ame-os, abrace-os, tenha paciência… seja compreensivo!

2. Veja sua posição como um privilégio, não como um peso. Muitas pessoas gostariam de ter um pastor disponível pra ouvi-las e ajudá-las​ sempre que precisassem, assim como gostariam de ter a oportunidade de receber de perto a influência de inúmeros ministros. Nós somos aqueles que conhecem a igreja desde a infância. Somos testemunhas oculares das paredes que levantaram e hoje são prédios que guardam parte do que fomos, do que somos. Participamos de muitos eventos, inúmeros acampamentos e criamos amigos que são irmãos até hoje. Olhe pela melhor perspectiva e pare de analisar só aquilo que “não pode” e de enxergar só aquilo que você tem que abrir mão. Viver as coisas que você vive é um privilégio. Seja grato!

3. Aprenda a amar ao Senhor por você mesmo. Ele precisa ser SUA escolha, SUA experiência pessoal de vida. Não porque seus pais lhe ensinaram isso, mas porque você cresceu e crescendo você tornou a fé deles, sua também. Lembre-se sempre que você nasceu com um propósito que é independente dos seus pais. Você foi chamado pra algo que vai muito além de ser “o filho do pastor” e pra que isso se realize Deus precisa encontrar em você um coração totalmente rendido a Ele. Disposto a servi-Lo e obedece- Lo todos os dias da sua vida. Não é simplesmente orar por orar, nem ler a bíblia por mero alívio de consciência. Não é ir a igreja por obrigação ou cantar uma música sem entender o significado. Deus não precisa disso. Ele pode ter o coração dos seus pais, mas Ele precisa ter o seu também!

10455336_10207264749251199_772958480850085190_nRenally Soria (Guarulhos-SP)

1. Seu chamado não é necessariamente o mesmo do seu pai.

Essa é uma das maiores pressões que um filho de pastor sofre. Só porque seu pai é pastor não quer dizer que você tem o mesmo chamado. O Senhor deu um dom a cada um. Não deixe que isso tire a sua paz.

2. Sua liberdade é relativa.

Não se preocupe. Isso acontece com todos nós. Somos vigiados o tempo todo, tudo o que fazemos é visto e cobrado por todos, mas não deixe que isso lhe limite.

3. Mas, calma, dá para se divertir.

Nem tudo são flores, mas dá para se divertir. São muitos cuidados, mas se você for aberto a fazer amizades verá que podemos nos divertir. Porque somos humanos, gente, pessoa normal.

ppHelminton Filho (Campina Grande-PB)

1. Acredite, ter um pai pastor é bom.
As responsabilidades de ser um filho de pastor são as mesmas que qualquer filho deve(ria) ter em vida(ações, atitudes, escolhas, honra, etc). Ter um pastor em casa não deve ser peso, mas sim um privilégio. É um lugar de segurança para sua vida, para sua família, para seu chamado, para seu crescimento. Pensando dessa forma, aproveite ao máximo a experiência, a maturidade e a unção que está sobre a vida do seu “paistor”, você crescerá e amadurecerá muito mais rápido.

2. Pare para escutar.
Sempre que possível reserve um tempo da sua vida “corrida” para escutar seu “paistor”. Além da experiência que ele traz consigo, a unção que está sobre sua vida vai lhe alimentar em todas as suas dimensões. Pare um pouco, escute, observe e aprenda. Aprenda com os acertos, aprenda com os erros, mas nunca deixe de aprender. Um “paistor” é uma excelente fonte de aprendizado.

3. Ame e honre.
Seja o melhor presente que seu “paistor” poderia ter. Sua vida deve ser uma demonstração de amor e honra para com a vida deles. Honre a vida, honre os conselhos, honre o amor de cada um. Vida de pastor não é fácil, tem seus desafios, tem suas necessidades e, apesar de serem fontes de segurança e aprendizado, são seres humanos como qualquer um. Seja suporte, seja coluna, seja uma mão forte que abraça, que cuida, que levanta, que motiva. Da vida deles colhemos tudo isso e, por que não plantar também? Eles precisam, nós precisamos. Fortaleça-os, anime-os, amem-os. No final de tudo, já valeu a pena.

10501724_965700013447417_2395228676447651015_nThatianny Brito (Petrolina-PE)

1. Descubra quem você nasceu para ser.
Muitos filhos de pastores sofrem por que se sentem cobrados demais e são comparados com outras pessoas e, com isso, se decepcionam com a experiência de serem filhos de ministros do evangelho. Na verdade, isso só acontece quando você ainda não se encontrou. Você só se incomoda porque ainda não sabe o motivo da sua existência. Existe um plano de Deus estabelecido para você como indivíduo. Não aquilo que lhe pressionam a ser, mas, aquilo que Deus lhe criou pra ser. Quando você se encontrar naquilo que Deus lhe criou para ser, nunca mais vai se sentir pressionado por ser filho de pastor.

2. Honre o fato de ter pais no ministério.
Aconselho a muitos jovens que têm pais em várias situações: ausentes, alcoólatras, viciados em drogas, prostitutos, irresponsáveis, que não têm compromisso. Sei que o diabo tenta mostrar só o lado ruim de você ter pais no ministério, mas, aprenda a ser grato a Deus por ter nascido em um lar no qual os seus pais tiveram um encontro com Deus de tal forma que fez com que eles tivessem a coragem de largar tudo para servir ao Senhor, doando o seu tempo de forma integral.

Sabia que essa não foi uma decisão fácil? Sabia que eles tiveram medo? Sabia que eles pensaram: O que vamos deixar para os nossos filhos se largarmos a nossa vida profissional pra nos doarmos em tempo integral ao ministério? A verdade é que eles são corajosos, comprometidos com o chamado de Deus, fiéis a Deus, não avarentos nem gananciosos e deveríamos aprender a sermos agradecidos por termos pais assim. Todo mundo tem defeito, mas, eu e você, somos privilegiados e precisamos desenvolver um coração grato a Deus por isso.

3. Não guarde mágoa de pessoas que fizeram mal aos seus pais na trajetória deles no Ministério.
Durante a trajetória dos nossos pais no ministério, nos deparamos com situações diversas. Encontramos pessoas que os amam e os honram, mas, também encontramos pessoas que por algum motivo não os honram e algumas que até podem até fazer mal a eles. Eu e você precisamos trabalhar nosso coração para não ficarmos magoados com essas pessoas. Às vezes nem percebemos, mas, guardamos lá no íntimo um ressentimento . Muitas vezes, os nossos pais, até já conseguiram resolver o conflito, entre eles, mas, nós não conseguimos voltar a gostar daquelas pessoas. Isso é um sinal de que algo ficou no nosso coração. Se guarde, se preserve! Não precisa carregar isso com você. Qualquer tipo de ressentimento só vai atrasar a sua vida de forma geral. Deixe Deus agir em favor de sua família, Ele nunca se esquece dos seus.

“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou”. (Colossenses 3.13)

“Pois, se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não perdoará as ofensas de vocês”. (Mateus 6.14-15)

20496129_1598209536890897_309819690_nJanny Beatriz Albuquerque (Campina Grande-PB)

1. Preserve um coração humilde diante de Deus e das pessoas.
Tendo os pais em uma posição de importância na igreja, o diabo tende a nos cercar com pensamentos de soberba. É importante que nos blindemos contra tais pensamentos, pois sabemos que a soberba precede a queda e, somos tão importantes para Deus como qualquer outra pessoa, filho de qualquer outro pai. Filhos de pastores já são tachados como “filhinhos de papai” e “amostrados”, então vamos mudar essa realidade e mostrar que o sucesso em Deus vem pelo servir a todos e, que sabemos bem disso.

2. Não se sustente na caminhada em Deus dos seus pais.
É muito comum encontrarmos filhos de pastores que acham que não precisam aceitar Jesus, ou ter comunhão com Deus, porque seus pais “fazem isso por eles”. Mas, esse é o maior engano em que podemos cair. O relacionamento com Deus dos nossos pais é o relacionamento com Deus dos nossos pais. Eles construíram, individualmente e ao longo dos anos, cabe a nós fazer o mesmo, porque somos indivíduos distintos diante de Deus com uma caminhada própria a seguir.

3. Nunca deixe que se torne comum ter referenciais tão perto de você.
Por serem pastores, nossos pais são admirados e muitas pessoas se espelham neles, querem estar perto deles. Nós estamos perto todos os dias e, muitas vezes, não reconhecemos a tamanha benção que isso é, por conta do dia a dia. Mas, valorize os referenciais que você têm em casa, pois muitas pessoas desejariam ter pais como os nossos, pais em que possam se basear. Deus lhe presenteou com eles. Apesar dos momentos de conflito e, de ser “gente de verdade”, nunca esqueça que é um privilegio tê-los perto, então os honre sempre.

10437326_912364772112100_3487808101090116700_nMateus Chianca (Rio de Janeiro-RJ)

1. Entenda que a visão foi confiada à sua família.
Quando eu me vi como um filho de pastor, muitas pressões surgiram de fora, cobrando uma perfeição e a não-possibilidade de errar e, isso me fez querer a maior distância possível desse ‘título’. Toda vez, pensava em querer ser apenas um ‘cristão normal’ e, não um filho de pastor. Com o passar do tempo, entendi que a visão que o Senhor tinha dado ao meu pai, era algo confiado à nossa família por inteiro, mesmo que a ‘figura principal’ fosse ele, nós também tínhamos um papel. Então sim, há uma responsabilidade em ser filho de pastor, contudo, assim como o Senhor nos vê sem títulos e rótulos, apenas como seus Filhos amados, assim deveríamos nos ver também. Sempre devemos entender que não somos nem nunca seremos ‘normais’, mas isso não é necessariamente uma coisa ruim. Saiba cooperar com a visão que foi dada pelo Senhor aos seus pais, porque isso faz parte do seu chamado para esse momento também e, a partir do momento que você entende isso, é visível como a graça e favor chegam até você, lhe ajudando com as pressões que realmente existem, mas também lhe dando ideias incríveis para ajudar nessa obra.

2. Você tem o anjo da igreja na sua casa; saiba aproveitar isso.
Uma das coisas que eu mais tomei consciência ao longo da minha caminhada da adolescência para a juventude era que a pessoa, que tantas outras admiram e buscam conselhos, morava no mesmo teto que eu. Quantas pessoas, às vezes, desejam ter mais contato com o seu pastor, sair para almoçar ou ter um tempo para trocar uma ideia, simplesmente pelo fato de honrarem aquela unção e desejar receber mais dela, mas por conta da vida agitada de um pastor, elas não podem. É bem comum acontecer que nós, filhos de pastores, tratemos como normal uma pessoa que não é. Nosso pai é o anjo da igreja, chamado por Deus para exercer uma autoridade espiritual carregada de grandes dons e bençãos que podem nos trazer aprendizados e treinamentos que demoraríamos muito tempo para ter lá fora e, nós temos a oportunidade de ouvir, observar e aprender todos os dias. Não desconsidere a unção derramada por Deus sobre o seu pai, saiba estar disposto a aprender todos os dias. A vida é a maior pregação de uma pessoa, você tem a oportunidade de observar de perto a vida de umas das pessoas mais incríveis que você conhece. É importante honrarmos nosso pai, como pai e como pastor, entendendo o princípio poderoso da honra, sem misturar as coisas.

3. Você é filho do seu pai (obviamente), mas você é você. 
Todos nós somos pessoas singularmente pensadas por Deus, somos cheios de peculiaridades, dons e talentos colocados por Ele para que possamos expandir o Reino da uma forma única. É muito comum entre nós, sermos conhecidos como filhos do pastor tal, ou achar que porque meu pai ou minha mãe é tal coisa, eu sou também. Precisamos compreender que o chamado do nosso pai imputa à nós responsabilidades, mas que Deus não nos chamou para sermos netos dEle ou filhos de um chamado do nosso pai, Ele pensou em nós singularmente também. Costumo ouvir bastante sobre Deus ter coisas para o Mateus, não apenas para o Mateus Chianca ou o Mateus Rocha, mas para o Mateus. Ponto. Isso me faz entender que Ele planejou meus dias para ajudar meu pai, sim, mas que há também coisas específicas para eu fazer, que independem de quem eu sou filho ou da casa em que eu nasci. Devemos ser conhecidos por levar a Palavra simplesmente por sermos filhos, mas filhos de Deus. Independente de dons ministeriais, existe um chamado que é para todos, que é de trazer os perdidos de volta para o Pai e, o melhor é: o Pai tem formas inovadoras e diferentes de fazer isso para cada um dos Seus filhos, independente de títulos ou patentes. Saiba conhecer a você mesmo, entender onde está o seu coração, conhecer aquilo que Deus tem para você, algo tão seu que só você mesmo poderia fazer e, você vai entender que o nosso chamado está além de uma filiação natural, mas consiste em realizar aquilo que o Pai preparou única e exclusivamente para nós.

IMG_20170303_171733_591Thayanna Cunha (Campina Grande-PB) 

Existem dois tipos de filhos de pastores, aqueles que já nascem dentro do pastoreio de seus pais e aqueles que no meio do caminho seus pais são separados para o pastoreio. Eu estou encaixada no segundo tipo, meu pai foi levantado como pastor eu tinha 20 anos.

1. Não se envolva tanto na obra ao ponto de se esquecer de você!
Principalmente, se seus pais forem pastores de uma obra nova. É necessário haver equilíbrio, porque os seus pais precisam também da força da juventude! Existem pessoas que só vão ser alcançadas por você mesmo e, vai sim precisar de pessoas para tocar, cantar, cuidar das crianças, limpar a igreja, organizar as cadeiras e tudo isso é um trabalho que fazemos para o Senhor com todo o nosso coração, preparando o ambiente para receber pessoas que vão ser curadas, libertas pela Palavra! Mas, não esqueça de você! Você precisa estudar, ir bem na escola/faculdade, precisa descansar, ir ao cinema, tomar um sorvete, ver um filme. Um dia ouvi algo de Adriana Potter que mudou essa área da minha vida: “O descanso também faz parte do trabalho”, então tire tempo pra você também. Não esqueça que você tem sonhos, projetos e um chamado no Senhor, então saiba ser inteiro na obra que o Senhor confiou à sua família, mas também saiba ser fiel a você não colocando de lado aquilo que foi vocacionado desde o ventre.

2. Não perca a sua identidade!
O mundo precisa de pessoas com identidade definida, com conceitos definidos, que sabem se expressar, sabem defender a Palavra. Não deixe que a sua identidade seja abafada por ser filho de pastor. Não existe um nome que deve se sobressair mais que o outro, apenas o de Cristo. Então, seja você mesmo! Não mude o que você é porque agora a vida ministerial da sua família lhe colocou em uma casa de vidro, onde todos veem aquilo que você tem feito. A exposição de fato, às vezes, nos coloca em posição de desconforto, mas as pessoas estão nos olhando de todo jeito, então porque deixar de ser você por conta de algum julgamento? Essa é a melhor hora para mostrar que temos uma identidade formada e que somos gente como todo mundo, rimos, nos divertimos, saímos com os nossos amigos, postamos fotos, mas também somos sérios com as coisas de Deus, somos íntegros e transparentes diante de Deus e dos homens. Adianta tentar ser algo que não é para agradar quando Deus conhece o nosso coração?

3. Trilhe o seu próprio caminho!
Na minha caminhada eu tenho consciência limpa de que aonde cheguei não precisei de um “empurrãozinho” do meu pai para nada, nem mesmo pra algo pequeno, como ter acesso a algum ambiente até a uma oportunidade para algo maior. Existe um caminho a ser trilhado, uma carreira a ser cumprida, mas não devemos depender de homens para algo sobrenatural acontecer. Cuide do seu coração, se consagre, se prepare e veja o Senhor mesmo falando a sua liderança a seu respeito e lhe honrando de acordo com o tempo certo, tempo da maturidade. É certo que, às vezes, a gente acaba sendo beneficiado por conta do sobrenome, do histórico da nossa família, mas não faça disso uma vantagem sobre ninguém, conquiste você mesmo as suas vitórias no Senhor com um coração íntegro e puro diante de todos.

20170612_235930Rebeka Almeida (Portugal)

1. Aprenda com seus pais!
Não são todas as pessoas que tem a oportunidade de ter a família toda na igreja e querendo viver a vida de Deus, isso é um verdadeiro privilégio, então aprenda! Deus vai lhe ensinar muitas coisas que de longe não aprenderia tão facilmente.

2. Cuide de sua vida espiritual.
Seu relacionamento com o Senhor é a coisa mais preciosa que você tem e, é você que vai ter que orar e se dedicar a isto. E sendo filho de pastor, seus pais vão lhe ajudar e incentivar, o que é maravilhoso.

3. Não esqueça que és filho.
Independente das cobranças ou pressões que possa viver, seus pais são SEUS PAIS. Eles podem ter muitos filhos espirituais, mas foi você quem Deus escolheu para que eles cuidassem. Então, seja aquilo que Deus lhe confiou, sabendo que este é seu lugar. Não busque em outro lugar sua felicidade. Quanto antes perceber isto, vai poder ser realizado onde quer que esteja.

20613944_10207602507339410_508301182_nGabriel Rodrigues (São Paulo-SP)

Deixando um sentimento paralisante.
Meu conselho é baseado na frase mais ouvida pelos filhos de pastores: “Cara… Você não pode fazer TAL COISA… você tem que ser um exemplo”.

O destaque do meu conselho não está na frase “VOCÊ TEM QUE SER UM EXEMPLO”. É Claro, que devemos ser exemplo! Paulo disse a Timóteo:

“Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza…”. (I Timóteo 4.12)

Mas, o que tem afetado a vida da maioria destes jovens é o sentimento gerado depois que esta frase é dita. CONDENAÇÃO. Muitos filhos de pastores são cobrados quanto a serem homens e mulheres exemplares desde a infância. A grande questão é que a COBRANÇA sem o ESTÍMULO DA PALAVRA pode causar, em alguns casos, condenação.

Se o jovem sabe que deve ser um exemplo, mas não se aplica à leitura da palavra, ele não terá a estrutura necessária para lidar com as cobranças do dia a dia, logo, ele se condenará por não se achar capaz de chegar ao nível que esperam dele. A condenação impede qualquer homem de avançar deixando-o paralisado no tempo. Paulo, sabendo disso, exortou a Timóteo no versículo seguinte:

até que eu vá, aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino”. (I Timóteo 4:13).

A meditação na palavra vai fazer com que você preencha a sua mente com instruções divinas que vão lhe tornar forte o suficiente para combater o sentimento de condenação e, uma vez que este sentimento for aniquilado, o estudo da Palavra fará você passar por estágios de maturidade, que o levará a uma posição exemplar. Então, estude a Palavra. Se dedique a entender mais os pensamentos de Deus. Fazendo assim, não haverá espaço para pensamentos e sentimentos que o impeçam de ser um verdadeiro exemplo para os outros.

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