Verbo FM

Religiosidade e falta de reverência

Todos nós concordamos que o espírito de religiosidade tem feito um grande mal à igreja. Nós mesmos observávamos em tempos recentes, com certa desconfiança, aquelas regras de usos e costumes que mapeavam a suposta conduta espiritual. Roupas e cabelos, falta de tinturas e pinturas definiam através da aparência o quão crente o cidadão poderia ser.

Regra clara, me parece ser, que o espírito religioso com o passar do tempo atua com as mesmas regras, contudo, muda sua forma, desde que continue efetuando um estrago na igreja quando consegue, através de um performance sorrateira e sutil, impregnar seu veneno da formalidade extrema, do protocolo, da voz imposta, da liturgia intocável. Verdade irrefutável é que, se somos alguém no circuito “eclesiástico”, que a nossa própria família desconhece, trocamos apenas os “usos e costumes” por trejeitos cristãos.

Na outra ponta desse cabo de guerra está um extremo perigoso e destrutivo. A ideia com aparência inocente de que tudo é religiosidade, de maneira que qualquer atitude que demonstre temor e reverência é facilmente atacada, combatida, execrada, etc.

Em alguns circuitos evangélicos a palavra CONSAGRAÇÃO soa como algo antiquado, fora de moda, ato religioso e ultrapassado. Muita coisa com o passar do tempo e sobre a égide da espiritualidade moderna, foi remetida para o campo do “ultrapassado”, de maneira que hoje, pode nos causar estranheza  alguém em público orando de joelhos, não é mesmo?

Quando passamos a achar normal pregações e ensinos que privilegiam o descrédito à valores fundamentais e à essência do próprio evangelho sobre a suposta ideia de que o contrário disso é religiosidade, podemos estar dando um inconsciente testemunho de que, possivelmente, nossas mentes possam estar já cauterizadas. Estarmos atentos e prontos para manter a essência, pode ser nossa única alternativa.

Creio que podemos vencer a religiosidade sem abrir mão dos valores essenciais da vida cristã, verdades que nos trouxeram até aqui como respeito e honra às unções do ministério.

Nunca conseguirei olhar para valores, como congregar, como algo relativo. Devemos ter um pastor, congregar em uma igreja e estar envolvidos nos trabalhos por lá. Devemos ter alguém para darmos satisfação e prestarmos conta, isso é espiritualmente saudável!

Precisamos nos submeter à uma autoridade, ser fiel nos dízimos e ofertas, participar dos cultos ordinários da igreja, manter comunhão com os irmãos, viver a cooperação mútua e oração. Estar atentos, não só a visão doutrinária, mas também a visão que Deus colocou no coração do pastor local. Isso não é religiosidade, é vida cristã, isto é o que mantém o corpo de Cristo funcionando!

Creio que o Senhor tem cuidado da sua igreja e através da sua graça abundante vamos viver nesses últimos dias de maneira sóbria, sem enganos nem exageros, podendo dar testemunho de Jesus através de uma vida sem religiosidade, contudo, cheia de frutos de uma vida cristã que não abre mão da essência. A simplicidade que nos trouxe até aqui, nos levará até o fim!

Um beijo grande!

4 Comentários

  • Perfeito! o que falta no corpo de Cristo (Igreja) nos dias de hoje é humildade, submissão. O verdadeiro temor a Deus, infelizmente está faltando na Igreja de um modo geral. O amor genuíno então! nem se fala, esse é que está difícil mesmo de se identificar nos crentes de um modo geral.

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  • valeu pastor um grande abraço, estou com muitas saudades te amo muito fique com o nosso grandioso JESUS. pastor apareça na GÁVEA eu faço um BOBÓ caprichado no camarão um beijo

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