por Perilo Borba
Antes de mais nada… Feliz Ano Novo! Desejo um 2019 de muita saúde, paz e crescimento espiritual para todos nós.
É verão! Neste mês de Janeiro, temporada de férias para muitos, é também a época de desfrutar do que alguns conhecem como “veraneio”.
Particularmente, eu amo ir para a praia, um lugar que sempre me faz meditar bastante na grandeza do Senhor. Mas, como um bom praticante de atividade física, eu aproveito para jogar um dos esportes que mais gosto: frescobol.
Meditação esta que se estendeu durante alguns jogos de tênis em Dezembro, e também há alguns dias, quando tive a oportunidade de voltar à praia e jogar frescobol com o meu pai, o qual, por sinal, é um fera nestes assuntos: tanto o natural (frescobol), quanto o espiritual (casamento).
A principal diferença do tênis para o frescobol é que no primeiro os atletas estão competindo, são adversários, mas no segundo, não, eles são um time. No tênis, o seu objetivo é jogar a bola para que o outro não a pegue. No frescobol, é o contrário. Quanto mais ambos conseguem manter o controle da bola, melhor e mais divertido o jogo fica. Assim deve ser o nosso casamento.
Muitos casais se deixam, em algumas áreas, a rivalidade entrar. A competição muitas vezes é despertada pela comparação. Principalmente, quando você olha mais para a vida do cônjuge, as responsabilidades e as falhas dele, e esquece-se das suas.
Adão e Eva eram parceiros, estavam “jogando frescobol” naquele lindo cenário do Éden, até pecarem. Depois, o relacionamento deles teve alguns momentos de “jogo de tênis”. Cada um correu para esconder a si próprio. O egoísmo ganhou espaço. Eles esqueceram que eram “uma só carne”, um só time e, agora, pareciam dois bem distintos. “Foi a mulher que tu me destes”, foi a raquetada, ou o “saque”, inicial de Adão.
“Eu fiz isso”, “você fez aquilo”, “você sempre erra nisto”, etc. são forehands e backhands bem potentes que, muitas vezes, colocam os casais em um terrível e competitivo jogo de tênis. Sem falar dos “voleios”, aquelas respostas que são dadas sem nem terminar de ouvir o que o outro estava dizendo, ou querendo dizer. Cuidado!
Que, como casais, possamos nos vigiar para preservarmos o time. Egoísmo não pode ter vez. A “bola” não é só sua. Você não está jogando sozinho e nem competindo com o outro. Vamos manter o nosso casamento como um bom e divertido jogo de frescobol. Facilite para o outro, em vez de dificultar. Só jogue a “bola” para o cônjuge, na direção e na velocidade em que o mesmo poderá lhe devolver e não precisará se sacrificar tanto.
“Faça primeiro com o outro o que deseja que seja feito com você” (Mateus 7.12)
Jesus nos ensinou este princípio. Que tipo de “bola” você quer receber do seu cônjuge? Seja esta a que você joga pra ele!
Outra dica para se dar bem no frescobol, e no casamento, é manter sempre os olhos atentos (admiração) para o seu parceiro. Tire o seu foco de você, dos seus interesses, da sua vontade, do seu jeito de querer que as coisas sejam… É onde e como o seu parceiro está que deve determinar como a bola sairá da sua raquete.
Bom jogo a todos!
3 Comentários
Oh pastor parabéns pelo precioso texto. Muito instrutivo e que nos faz pensar sobre comportamentos inadequados nos relacionamentos. A metáfora do tênis X frescobol foi originalmente escrita por Rubem Alves. É tbem um texto admirável. Fica a dica. ABS.
Muito bom, Perilo!
Artigo maravilhoso..como sempre!
Parabéns Pastor Perilo!