Jesus diz lá em Mateus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Já Marcos achou por bem dizer: “Ide e fazei discípulos de todas as nações”. Isso é o o que a gente conhece como a Grande Comissão, mas quando fingimos que isso não é conosco, é quando a Grande Comissão se torna a Grande Omissão. Essa é a ordem de Jesus para nós, não tem cláusula de exceção, ninguém está isento dessa responsabilidade.
Como sabemos, missões ou nos “empurra” para o outro lado do mundo ou nos “empurra” para o outro lado da rua. Não importa a geografia, onde houver um coração não amante do Cristo ressurreto, aí há um campo missionário em potencial; e se você está perto desse coração, você está capacitado para alcançá-lo. Nós somos frutos de missões e não vamos deixar essa chama se apagar.
O alvo é Jesus
Quando tiramos o elemento missional, tornamos a igreja deficiente. Começamos a nos reunir no templo só para consumir, consumir e consumir, dessa forma, sobrecarregando os pastores, sobrecarregando a liderança. A vida do cristão não se resume a assistir cultos.
Quando o coração do perdido não é mais nossa ambição, quando alcançar o pecador que está em direção ao inferno não é mais nossa prioridade, a futilidade e o vazio batem à nossa porta e tentamos preencher isso com atividades; tarefas e mais tarefas. Estamos sempre muito ocupados com muitas tarefas e, às vezes, essas tarefas pouco ou nada tocam na eternidade.
São muitas atividades e pouco foco. Deus não nos chamou para sermos tarefeiros. Ele nos chamou para darmos frutos, e frutos que permaneçam. A receita para isso é antiga, mas também é atual: não perca Jesus de vista!
Como um quartel-general
Esses dias, estávamos assistindo futebol das Olimpíadas de Paris, e eu vi que há um primeiro tempo, com 45 minutos, um intervalo de 15, mais 45 do segundo tempo. O que os jogadores fazem no intervalo? Tomam água, descansam um pouco, recarregam as baterias, as energias, recebem as instruções do treinador, conversam com o técnico para receber as estratégias e táticas do jogo, veem o que precisa melhorar. Os cultos, o Rhema, as Escolas de Missões e Ministros, as conferências que promovemos, tudo isso é intervalo. Esse não é o objetivo da igreja. A gente é treinado para ir ao campo.
O alvo do jogador é o campo, não é o intervalo. Esse intervalo é uma bênção, nos enchemos do Espírito, da Palavra, mas precisamos voltar ao campo. Somos treinados para voltar. Ou seja, não faça do intervalo o seu objetivo. Nós não somos uma igreja movida a calendário. Nós não somos uma máquina de fazer eventos! Como um quartel-general, somos treinados para irmos para o campo.
A partir do momento que saímos da igreja, que passamos pelas portas, estamos entrando em um campo missionário.