
Graduados na Escola de Ministros Rhema
Todos nós estamos vendo, ouvindo e percebendo como os valores cristãos estão sendo atacados. Temos sido criticados e ridicularizados.
Isso não acontece porque os nossos princípios são ridículos, mas pelo fato de que a luz contida na Palavra revela as trevas existentes lá fora.
Ainda assim, gostaria de dizer: não pare. Não há treva que possa ser maior do que Aquele que habita em nós. Não podemos deixar de viver os nossos princípios porque eles não têm valor para a sociedade. Já me peguei desejando a volta de Jesus, orando para que, enfim, fôssemos retirados deste ambiente e do que ele está se tornando para nós. Mas, então, pude ver algo:
“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim” (João 17.14-20).
Interessante perceber que Jesus não pediu para ser retirado daqui. O mundo está imerso em uma atmosfera tangível de pecado. Entretanto, a Palavra foi entregue à humanidade e nós ficamos aqui com a missão de sermos luz. Precisamos desejar a vinda de Jesus, mas também precisamos influenciar as pessoas à nossa volta para que todos O conheçam.
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.14-16).
Nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Precisamos compreender isso porque estamos aqui para dar uma direção para a vida das pessoas através da luz que brilha em nós. O mundo está insípido, insosso. Mas nós podemos influenciar essa realidade. Não estamos aqui apenas para vivermos uma vida divertida e confortável enquanto Jesus não retorna. Estamos aqui para influenciar e trazer pessoas para fora do reino das trevas.
Ser luz tem um aspecto interessante. Você já parou para observar qual é a primeira coisa que um candeeiro ilumina? É ele mesmo. Isso nos ensina a sermos luz para os de fora, mas brilharmos primeiramente em nossos lares. Em nossas casas, há pequenos homens e mulheres. Hoje, eles têm apenas 5 ou 6 anos de idade, mas serão os adultos que vão perpetuar os valores nos quais cremos. Somos pais em tempos de valores distorcidos e pervertidos. Precisamos estar atentos sobre isso.
Não vamos pregar a Palavra em todos os momentos. Às vezes, diante de uma pessoa muito fechada, falar as Escrituras vai afastá-la ainda mais. Porém, a semente será implantada nessa pessoa de uma outra forma: por um bom testemunho, pelo retrato que verão de nossa família.
Nós temos, sim, que ter o compromisso de iluminar o mundo. O nosso chefe, o motorista de uber, o frentista…Precisamos pregar e falar sobre Deus. Mas, antes, precisamos ter autoridade para isso, cultivando uma boa vida no lar. Como estamos nos relacionando com os nossos familiares? Dos princípios da Palavra de Deus, quais são observados e conhecidos em nossas casas?
Quantas pessoas entram em nossas casas e são alcançadas pelo poder da Palavra ao simplesmente entrarem em contato com a forma como tratamos os nossos? Temos deveres a observar.
DEVERES DOS MARIDOS
Gênesis 2.24 é um versículo muito bonito. Ele diz que, ao casar, o homem deixa o conforto da casa dos pais e assume a responsabilidade de prover um lar. Temos que ser o tipo de homem para quem a esposa olha e se percebe amparada, de quem ela diz “Este é um provedor na minha casa”.
O homem precisa ter uma postura como a de Jesus. Tudo para proteger a esposa, tudo para zelar pela família. Cuidando da sua casa como Cristo cuida da Igreja. Você, homem, se percebe assim?
Quando vim morar em Campina Grande com a minha esposa, me considerava muito maduro e pronto nesse aspecto. Porém, eu sou químico industrial de formação e não encontrei o mercado de trabalho em um bom momento. Me perguntava o que fazer para achar uma vaga na minha profissão. Para a minha surpresa, a resposta de Deus era sempre “Vá trabalhar!”. Até que eu percebi que a minha missão, naquela estação específica, era trabalhar no que surgisse como oportunidade, fazendo questão de amar a minha esposa, me mantendo na minha responsabilidade.
Sabe, vivemos dentre homens que não pensam assim. Arrumam desculpas e se acomodam. Não há nada de bom, lícito e digno que um homem não possa fazer por sua família. Não podemos nos deixar levar pela preguiça enquanto a nossa família padece.
É difícil encontrar uma pessoa com uma personalidade igual à sua. Eu, por exemplo, sou muito meticuloso enquanto a minha esposa é bem prática. Se não tomarmos cuidado, vamos terminar em uma batalha. Mas Colossenses 3.19 ensina que eu tenho a responsabilidade de não me irritar. Antes, amá-la de todo o coração.
DEVERES DAS MULHERES
“Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor” (Colossenses 3.18).
Pode parecer que esse versículo é uma brecha para o homem mandar e desmandar dentro de casa. Isso é interessante porque quem é casado sabe perfeitamente que é o contrário (risos). Nós somos cabeça dentro do lar, porém esse papel não deve ser exercido de qualquer forma. O homem é chamado a ser cabeça na casa, assim como Cristo é cabeça para a Igreja. Em termos práticos, precisamos dar a vida por nossa esposa e filhos, protegendo e preservando.
A mulher é ajudadora idônea, e não escrava. Não podemos permitir que a mulher seja abusada em casa, assim como não podemos permitir que ela se recuse a viver em submissão bíblica enquanto, lá fora, é abusada por chefes e todo um sistema errôneo de trabalho.
Deuteronômio também nos mostra os deveres que temos como pais, ensinando, treinando, provendo e não deixando de falar da Palavra para eles. Existe uma graça para ensinar, treinar, prover e criar cada um deles sob o conselho do Senhor. É função do pai amar os seus filhos. Alguns de nós fomos criados em um modelo de criação que não é o bíblico. Isso é ruim porque levamos esse modelo para as famílias que criamos. Não é esse o tipo de relacionamento idealizado por Deus. Nós precisamos amar a nossa família como o Senhor ama cada um de nós. Precisamos ter contato, carinho e afeto com os nossos filhos.
Se não colocarmos esses princípios em prática, não teremos autoridade para sermos testemunho para os que estão lá fora. Uma coisa sobre a qual temos que ter cuidado em ministrações sobre família, é que esses momentos não foram criados para serem um peso. Não deve ser algo impossível para nós. Afinal, temos o perfeito Pai como referência.
Para muitas pessoas, construir um lar conforme a Palavra em uma época tão complicada pode ser difícil. É uma lógica que faz sentido porque crescemos nesse mundo sendo guiados pela nossa natureza carnal. Porém, o Novo Nascimento muda isso. Nós nos reconectamos à natureza santa de Deus.
Como Deus amou o mundo a tal ponto que enviou Jesus, nós também devemos amar os nossos filhos. Mesmo quando ele for irritante ou desobedecer. Há uma graça sobre as nossas vidas. Não transmitimos o amor do Pai à base da força do nosso braço. É uma capacitação divina que produz os resultados.
Não é uma receita, não há uma fórmula. Quando me tornei mãe, planejava comprar muitos livros e adotar muitos métodos. Até o dia em que vi um Pastor com filhos tão bem criados e alguém perguntar como ele conseguiu aquilo. O Pastor respondeu simplesmente “Vivi a Palavra’. Se basearmos a educação dos nossos filhos no Amor de Deus, vai dar certo e vamos conseguir gerar adultos que levam adiante esse amor.