Onde está o seu olhar?

Poderíamos observar um girassol, que além de ser uma bela flor pode nos levar a algumas valiosas reflexões. Sei que nos parece uma simples flor, mas suas raízes estão bem “alicerçadas”, chegando a uma profundidade de até 1,5 metros, demonstrando que, apesar de, por vezes, e dependendo do olhar, aparentar certa fragilidade, é forte em suas raízes, seu principal componente.

Vejamos então seu tronco, elas crescem e ficam bem mais altas que as flores comuns, a partir daí sua beleza e singularidade começam a aparecer, principalmente quando vemos uma grande plantação dessa espécie. E então chegam ao ponto que as tornam tão conhecidas, a flor em si. É de comum conhecimento que esta flor carrega em si uma particularidade, de movimentar-se de acordo com a “posição do sol”. Não entraremos nas questões científicas que explicam esse fenômeno, mas pensaremos a partir disso.

Diante dessas informações, como temos olhado o mundo ao nosso redor? O que tem chamado mais a nossa atenção e atraído o nosso olhar: as fascinações desse mundo, circunstâncias adversas, os noticiários negativos, a atual situação econômica ou as coisas do alto?

“E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.” Gênesis 12:2

Abraão, diante da promessa poderia desanimar olhando para sua condição, para as circunstâncias que o cercavam, mas ele decidiu ouvir a voz de Deus que o chamou para fora, para ver como Ele estava vendo:

“E disse o Senhor a Abraão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se puder ser contado o pó da terra, então também poderá ser contada a tua descendência.” (Gênesis 13.14-16)

A palavra de Deus a Abraão lhe trouxe esperança e a certeza de que aquilo que o Senhor havia lhe prometido, isto se cumpriria, independente de e ainda que!

Às vezes, Deus está nos falando como Ele vê, e então uma esperança ressurge dentro de nós a respeito do cumprimento de Suas promessas em nossas vidas, nos alegramos e ficamos confiantes.

“Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.” (Gênesis 15:5)

Em contrapartida, em algumas pessoas esse “ânimo” dura apenas algum tempo, e alguns chegam até a duvidar e questionar as promessas. Passado algum tempo, Abraão foi achado nessa situação, mas graças a Deus pelas suas misericórdias sem fim, Ele, o Deus que é o próprio amor, o chamou novamente para fora, mostrando as estrelas no céu, demonstrando mais uma vez que Ele gostaria que Abraão tirasse o seu olhar das circunstâncias, daquilo que era negativo e se agarrasse às Suas palavras.

Deus nos tem falado de diversas formas, por várias vezes, querendo nos lembrar sobre termos ânimo, é importante sim, lembrar daquelas promessas que hão de se concretizar ainda nessa terra, mas também nos lembra que muito melhor do que as realizações das promessas que estamos aguardando aqui, muito mais valiosa é a principal promessa de que Ele voltará, e em um breve dia, estaremos com Ele! Aleluia!

Mas, para onde insistimos em olhar? Temos sido como o girassol que independente do céu nublado, procura o sol e tenta fixar o seu “olhar” nele? Mantendo sempre suas raízes profundas e bem firmes? Ou quando o céu se fecha, simplesmente decidimos não procurar onde o sol está, e até esquecemos-nos de onde devemos firmar nossas raízes?

Sejamos aqueles que sempre escolherão olhar para o alto de onde vem o nosso socorro, assim como o salmista já dizia, e procurarão sempre saber Dele: Pai, como você quer que eu veja?