Verbo FM

Filhos e líderes

por Manassés Guerra 

Em nenhum momento da trajetória da humanidade, Deus nos apresenta o decaído diabo como o chefe da raça humana e do mundo. Essa sim foi uma atribuição concedida por Deus ao ser humano – seu filho –, quando o criou à sua imagem e semelhança (Gênesis 1.26). O Criador compartilhou com o ser humano do seu domínio e autoridade – expressão da sua própria natureza em nós.

Adorar a Deus, administrar e empreender, e servir uns aos outros, isso resume bem a nossa essência e missão, compartilhadas por Deus Pai. O inimigo de Deus e dos homens roubou da humanidade a autoridade e liderança, quando precipitou o homem no rompimento com o relacionamento com Deus e na morte espiritual. Jesus o chama de homicida e mentiroso, e o apóstolo Paulo o chama de “o deus deste século” (2 Coríntios 4.4). 

Jesus vem à terra e toma de volta para nós o que é nosso por direito. Jesus nos reconecta com a nossa origem e com o nosso propósito. A Escritura assim afirma: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Efésios 2.10).

Tem sido pregado por aí um tipo de evangelho passivo, que é bem diferente do evangelho proativo do qual Jesus é o porta-voz exemplar. À medida que as pessoas ouvem esse “evangelho” se sentem frágeis, dependentes e desprotegidas.

Líderes têm ensinado ao povo de Deus um tipo de vida cristã, na qual Deus pode tudo e não podemos nada, a não ser aguardar à sua vontade e submeter-se ao seu controle. Sem falar no medo das trevas e do mundo, que permeia a mente de muitos filhos de Deus.

Esta mensagem que muitos têm pregado nada tem a ver com a ordem que Deus deu ao homem no princípio, com o que Jesus ensinou aos seus discípulos e com o que ele nos restabelece por meio do seu precioso sangue. O evangelho de Cristo tanto restaura a nossa origem espiritual, em Deus, como a responsabilidade de domínio e governo sobre o mundo. E é esse o evangelho que devemos pregar: filhos e líderes recriados.

Jesus restaura o nosso relacionamento com o Pai – filhos amados – o nosso posicionamento correto como governantes e servos, e autoridade sobre as trevas. Enquanto ensinamos às pessoas para o amadurecimento como seres espirituais, precisamos também ensiná-las, de maneira tal, que sejam amadurecidas na vocação de líderes de suas próprias vidas e de seu destino – “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (1 Timóteo 1.7).

Jesus veio para a terra como o modelo inédito do homem original. E até a sua morte e ressurreição, ele foi o único representante vivo de uma raça que havia morrido. Na sua ressurreição ele traz consigo a raça humana original, recriando o homem à sua imagem. Ele nos restaura a natureza do Pai, a adoração, o serviço e a vocação de domínio.

 

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