Nem deis lugar ao diabo

“O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge PROCURANDO alguém para devorar” (1 Pedro 5.8). “Nem DEIS LUGAR ao diabo” (Efésios 4.27)

Nossos irmãos Pedro e Paulo dirigiram a palavra para cristãos e deixaram algo muito claro: o Senhorio de Jesus sobre as nossas vidas torna a influência de Satanás e das trevas algo condicional sobre nós. Ou seja, uma vez que você está em Cristo e compreende isto, o Diabo não pode simplesmente “pintar e bordar” na sua vida, sem que você consinta.

Fazendo uso das palavras de Pedro, ele “anda procurando quem possa devorar”. Ou, anda procurando um “lugar” que é oferecido quando “baixamos a guarda”. E quando ele encontra esse lugar traz consigo a opressão e toda espécie de imundícia que é próprio da sua natureza decaída e má.

Em Cristo desfrutamos da segurança e refúgio que somente a presença do Pai dispõe para nós. Nele também estamos cercados por uma atmosfera de autoridade e governo. O próprio Pedro continua dizendo: “resisti-lhe firmes na fé”(1 Pedro 5.9). Não somos inferiores e nem temos que estar com medo! Paulo declarou certa vez: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados” (Romanos 8.15). João, em sua primeira carta, faz sobre este assunto a seguinte afirmação: “Filhinhos, vós sois de Deus… porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” (1 João 4.4). E Jesus orou por nós “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (João 17.15). Estamos no mundo, respaldados pelo Reino, e não temos interesse algum em cedermos espaço para aquilo que já foi exposto ao desprezo, na cruz.

No contexto do capítulo 4 de Efésios, onde Paulo diz “não deis lugar ao Diabo”, fica evidente que não mentir, não roubar, ou não falar palavras torpes vai além de apenas um bom comportamento moral. Uma vez que estamos em Cristo e o novo homem imagem de Cristo emerge do nosso ser, praticar tal conduta torna-se uma questão de manifestar a nova natureza, enquanto viver o contrario é uma aberração à natureza santa de Cristo.

A nova vida dominante em nós é poderosa para nos erguer acima da malignidade diabólica. Paulo diz ainda “não se ponha o sol sobre a vossa ira”, ou seja, você tem controle sobre acontecimentos que, ao invés de fazê-lo governar sobre as trevas, torna-o escravos delas. Enfim, você não tem parte com Satanás! Não dê lugar a ele senão a sua vida será invadida por aquilo que a natureza do Pai, em você, abomina.

A moralidade sem a submissão ao senhorio de Jesus facilmente cede lugar a libertinagem, pois não tem os parâmetros da verdade para respaldar o comportamento correto que é promovido somente pela natureza divina. Não há como venerar um auto padrão moral sem que o nome do Senhor seja reverenciado e a nossa vida submetida aos méritos de Cristo. Senão, seremos sutilmente engodados por um falso conceito de vida politicamente correta.

Certa vez, enquanto Jesus falava sobre os passos seguintes que daria em direção à nossa redenção, Pedro, com um discurso aparente de preocupação com a preservação de Jesus, “chamando-o à parte, começou a reprová-lo” (Marcos 8.32). Mas, Jesus respondeu: “Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus” (v.33).

Nosso cônjuges, filhos, amigos e as pessoas à nossa volta estão ou sob a mira da luz, do amor e da justiça, ou das trevas, miséria e mediocridade. E nós não daremos lugar ao diabo e sua influência destruidora sobre a vida das pessoas. Seremos sim, a manifestação da vontade de Deus aqui na terra, como no céu (Mateus 6.10).

Portanto, veja que precisamos estar vigilantes para não fazermos uso de chaves que trarão para a nossa vida, nossa casa, nossos relacionamentos e nossas ações,  a influência do inferno e das trevas. Pensamentos e palavras concebidos e pronunciados sob a influência de Satanás e seus demônios podem fazer desmoronar sonhos, arruinar emoções e aniquilar pessoas sob a opressão das trevas.