por Perilo Borba

Se você tiver vinagre em sua casa e decidir colocá-lo na boca, com certeza, irá perceber que não é muito bom e concordará com o que Rick Renner fala em seu livro “O teste do amor”, na página 41, no capítulo 4, que tem o título “O amor não se irrita”.

No tópico “O amor não provoca ira”, ele fala que palavras sarcásticas, duras e ácidas são como algo afiado que fura a outra pessoa, provocando ira e causando situações negativas que podem gerar conflitos. Não podemos deixar que palavras assim, saiam de nossas bocas, mas temos que aprender com a Palavra de Deus a tratar bem as pessoas, assim como Paulo fala em I Timóteo 3.3“Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento”, ou seja, pessoas gentis e que tratam as outras da melhor forma. 

Precisamos nos vigiar cada vez mais, todos os dias, para sermos mais gentis com as pessoas, começando em casa. Como dizia minha avó: “Costume de casa vai à praça”.

Em I Pedro 2.17 diz: Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei.” A honra precisa ser esse ingrediente essencial. A honra é totalmente diferente do vinagre, pois ela vai dar um sabor agradável para nós. Honra significa apreciação, referenciação e fixação de um alto valor ou uma máxima consideração. Gostaria que você refletisse em como se pode tratar melhor as pessoas. Precisamos tratar todos com honra, não importa o que aquela pessoa fez ou tem sido, eu e você precisamos tratar todos com honra, observando o que há de melhor nela. Muitas vezes, nós ouvimos mais os de fora do que os de casa, mas temos que entender que família é prioridade. Há situações que não poderemos contar com os de fora. 

Dê um peso maior às palavras dos seus familiares, pois isso significa honrar. Prioridade também é honra.

Em I Pedro 3.1-7 diz: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; Considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; Como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e não temendo nenhum espanto. Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações”.

Pedro fala de algumas prioridades, como priorizar mais o coração do que a aparência, pois aquilo que é de grande valor diante de Deus é um coração manso. A boca fala o que o coração está cheio. Interessante também é como ele se refere às mulheres. No verso 6, nós vemos que Sara chamava Abraão de “senhor”. Lembro de um dia estar ministrando em uma aula no Rhema e uma aluna me perguntar: “Pastor, então isso significa que eu terei que chamar meu esposo de ‘senhor’?” . Eu logo respondi: “Não, isso mostra o tratamento dado pelo coração da mulher para com o seu marido”. Ou seja, a maneira com a qual a esposa trata o marido, reflete aquilo que está no seu coração como, carinho e respeito.

Certa vez, eu e minha esposa fomos aconselhar um casal que tinha muitos conflitos. Chegamos para conversar, mas, primeiramente, paramos para ouvi-los e logo me deparei com a raiz do problema. O marido sempre se referia à esposa como “essa daí”, então, perguntei: “Como você chamava a sua esposa no início do namoro?”, e ele respondeu: “Por apelidos mais carinhosos como ‘docinho’”. Foi aí que falei: “De ‘docinho’ para ‘essa dai’, mudou muita coisa”. 

Devemos estar atentos para com o modo como tratamos a nossa companheira, pois uma mudança qualquer pode significar muita coisa.

Em I Pedro 3.8-12, está escrito: “E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção”.

Podemos identificar algumas orientações importantes através desse ensinamento, como: compaixão, desenvolvimento e mantimento de amizades, além de sermos misericordiosos. Precisamos ser rápidos em perdoar e devemos deixar de impor dificuldades. Às vezes passamos por períodos de tempo sem falar com uma pessoa e isso acaba não ajudando em nada. Há uma necessidade de se libertar desse sentimento e liberar perdão, pois quando erramos também gostamos de ser perdoados.

Pedro continua nos orientando e afirma que não devemos pagar o mal com o mal e não devemos falar injúrias, mas sim, bem dizer. É sempre bom termos palavras de motivação, pois foi pra isso que fomos chamados. No verso 10, Pedro diz: “Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano”.

Quanto mais falamos bem, menos falamos mal

Em Colossenses 3.18 encontramos o conceito de “pais e filhos”: “Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas. Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo”.

Outro versículo, com o mesmo tema, é Efésios 6.1, que diz “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”. Temos que respeitar os mais velhos. Filho, não levante a voz para com seus pais, pelo contrário, respeite-os, dê honra, pois esse é o seu dever. Enquanto pais, também temos que nos atentar para não irritar os nossos filhos, como está escrito. Lembre-se de que se você quer conquistar o respeito dos seus filhos, comece respeitando eles.

Um bom resumo dessa ministração está em Mateus 7.12“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas”. A forma que queremos ser tratados, deve ser utilizada, primeiramente, para tratarmos as outras pessoas. Não iremos colher aquilo que não plantamos. Outra coisa que minha avó dizia: “Gentileza gera gentileza”. 

Não podemos exigir do outro aquilo que não estamos oferecendo. Primeiro plantamos e depois colhemos.

Hebreus 13.3 trata sobre empatia: “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo”. Ou seja, se você se colocar no lugar do outro, isso, com certeza, irá ajudá-lo a tratá-lo da melhor forma. Quando o marido se coloca no lugar da esposa ou a esposa se coloca no lugar do marido, as coisas mudam muito. Isso vale para os pais com os filhos e vice-versa, pois nada justifica maus tratos.

Outra dica está em Romanos 12.9“O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”. Não haja com falsidade, mas esteja sempre agindo de forma cordial com os outros. Essa é uma característica do cristão. No verso 14, Paulo fala: “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis”. Se você está sendo perseguido, deve abençoar ao invés de amaldiçoar, pois isso é empatia. No verso 19, fala: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor”. Às vezes eu refletia sobre esse versículo, mas só depois entendi que não devemos nos vingar um do outro, mas dar lugar à ira, que é na verdade, a ira de Deus, isto é, a justiça de Deus. Assim como diz em Provérbios 20.22: “Não diga: ‘Eu o farei pagar pelo mal que me fez!’ Espere pelo Senhor, e ele dará a vitória a você”.

Devemos ser prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para se irar (Tiago 1.19). 

A forma com que devemos tratar os outros e, principalmente, as pessoas de nossa família, é da melhor forma possível. A palavra que proferimos em direção aos outros também deve ser ao seu tempo. Os frutos virão!

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