A educação infantil como instituição escolar no Brasil teve seus primórdios no inicio do século 20 quando as mulheres começaram a sair do seu lar deixando de exercer a sua função de dona de casa para assumir mais um papel, o de operária. Com isso, os meninos e meninas começaram a ficar sozinhos em casa aos cuidados de seus irmãos mais velhos que ainda eram crianças.
Essa situação desencadeou muitos problemas relacionados à criança começando pela falta de cuidados maternos, falta de respeito das crianças para com os seus cuidadores (irmãos) e, por fim, gerou o inicio do abandono destas crianças ao seu bel prazer. Muito embora essa questão de crianças de rua não seja uma coisa tão recente, pois, a Bíblia já falava sobre isso em Lamentações 2.11 “pois desfalecem o menino e a criança de peito pelas ruas da cidade’ .
Por causa dessas situações houve um aumento da criminalidade o que fez com que as autoridades buscassem por soluções que atendessem essa classe que ficava a margem socialmente em todos os sentidos, começou o conceito de creches para atender as crianças das mães trabalhadoras, durante o dia, porém com o objetivo exclusivamente de cuidar sem unir esse cuidado a nenhum tipo de instrução educacional, o que veio a acontecer alguns anos depois.
Agora trazendo essa situação para o nosso contexto cristão, quando por situações diversas somos obrigados a entregar nossos filhos nas mãos de cuidadores sem preparo espiritual, sem o ensino de boas práticas como as boas maneiras, bons comportamentos, respeito aos outros e limites, a nossa criança também irá se sentir meio que “largada” a sua própria sorte e entregue aos conhecimentos que chegaram até ela, sejam bons ou maus.
Não quero dizer com isso que não possamos sair de casa para trabalhar. Afinal, no nosso tempo a mulher precisa de uma profissão seja para sua realização profissional ou para ajudar no sustento do lar. O que eu quero dizer é que além do papel que nós já desempenhamos como mulher, o de mãe, é o mais importante, porque foi a mim e a você que Deus confiou uma criança para cuidar, ensinar e guardar até que ela possa com seus próprios pés iniciar sua caminhada e que bom quando esse caminhar vai junto com a Palavra de Deus. É uma responsabilidade primeiro nossa e depois da Igreja de Cristo.
Nos exemplos que se seguem podemos ver que a Palavra veio de ensinamentos caseiros e familiares e com a ajuda da igreja.
Quando os filhos de Adão se propuseram a dar suas ofertas com certeza elas vieram do ensino dos seus pais. Genesis 4.3-4 .
Isaque sabia o ritual dos sacrifícios que eram feitos em favor dos pecados porque, segundo a Bíblia, ele perguntou a seu pai pelo cordeiro para ser imolado quando foi com ele para o Monte Moriá, (Gênesis 22.7) se ele não tivesse conhecimento, não sentiria falta do mesmo concorda? E o que dizer de Timóteo cujos ensinamentos da mãe e avô fundamentaram a sua fé (II Timóteo 1.5 e 3. 14-15.)
Moisés cresceu e foi educado como um legítimo egípcio, porém nos seus primeiros anos foi sua mãe Joquebede que o instruiu (Exodo 2.8-9) que lhes passou os princípios de acordo com a sua crença isso fez com que Moisés nunca esquecesse sua raízes e quando ficou adulto isso se tornou muito forte nele podendo assim rejeitar tudo que não viesse de Deus e a guardar o temor e a Fé em um único Deus.
E Jesus nosso mestre por excelência quando criança era ensinado por seus pais a respeitar as leis de Deus e era levado a participar de todas as celebrações nas congregações sabia a Bíblia e até falava dela para os doutores da lei. Ele viveu e cresceu como uma criança comum que precisou de ensinamentos como qualquer outra e precisava desse ensino para que pudesse guardá-lo no seu coração.
Por isso, quando pensar em uma criança, pensa nela como um ser completo que tem necessidades em todas as áreas da sua vida, espiritual, física e material e que quando houver deficiência em qualquer uma delas ficará incompleta. Pensa em uma árvore que tem em cada uma de suas partes funções especificas e, por isso, ela precisa de todas para produzir bons frutos. Assim é a criança ela vai precisar sim ser atendida por completo e como alguém que precisa de respeito e atenção para crescer forte e produtiva. Pense nisso!!
Por isso essa criança que é filha, neta, aluna na igreja ou na escola tem de cada um de nós adultos, a sua cota de participação na vida dela para que ela seja essa pessoa completa.
