Quando a gente pensa em Ministério, não é status, dinheiro, glamour. É uma grande responsabilidade levar as pessoas à maturidade, demanda esforço, sacrifício, leva tempo, é como um pai faz com um filho mesmo, de forma intencional. Nós temos recebido uma incumbência da parte de Deus: não podemos nos desligar dos que estão lá fora, sem os que nós já temos, mas também que possamos fazer um trabalho com os que estão aqui dentro. A porta da Igreja não pode ser muito larga, onde muitos entram, mas também muitos saem.
Eu acredito que a gente pode atrair as multidões sim, mas trabalhar de forma que elas permaneçam. Trabalhar de forma que o perdido seja achado, encontre a Jesus e que ele amadureça. Eu tenho muitas expectativas do trabalho do Senhor na sua vida de forma que Ele te habilite para algo que vai acontecer na vida de outros irmãos. Não se sirva do Ministério, mas sirva ao Ministério, faça a sua parte. Quando penso em Ministério, se trata do Senhor. É assim que vamos manter a obra.
Certa vez, um pastor da África que veio aqui ficou impressionado com a nossa estrutura em Campina Grande, vocês sabem que prezamos por excelência, mas isso não compromete o nosso coração. Nós estamos livres de coisas que vão roubar o nosso coração de Deus e vamos nos manter assim. Mas esse pastor viu tudo o que tínhamos conquistado e me perguntou: “Qual é o carro do bispo?”, quando mostrei a ele um Fiesta semelhante ao meu, ele respondeu: “Aquele!? Não, aquilo não é carro de bispo. Carro de bispo é tubarão.”
Às vezes nós pensamos que o temos vai dignificar o Ministério, mas o que dignifica um ministério é um coração voltado para Deus. Que você sirva ao Senhor no ministério que Ele te deu, que você possa usufruir de toda bondade e abundância, não há nada de errado nisso, mas não comprometa seu coração.
Como foi falado, não temos uma estrela, somos uma constelação, a estrela é Jesus! Não podemos brilhar mais que Jesus e não podemos apagar a luz de ninguém. Pessoas vão chegar na sua igreja e vão pregar melhor do que você e está tudo bem. Não há competição. Estamos aqui para servir uns aos outros e essa é a marca do nosso Ministério. Conserve o seu coração em humildade e simplicidade e você verá o mover de Deus na sua vida!
“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9.35-38)
Nós vamos trabalhar de forma que pessoas possam ser ajudadas, socorridas. É muito trabalho, irmãos, sozinhos não podemos fazer tudo. A igreja é lugar de paz, não de contenda, briga ou divisão. A igreja é um lugar de avanço. Uma vez eu cheguei em um posto de gasolina e não tinha gasolina, eu me indignei por dentro e pensei: “Se não tem o produto, por que não fecham?”
Se a igreja não transmite paz, é melhor que ela se feche. Este é o lugar onde vamos receber os irmãos, ajudar as pessoas e ajudá-las a amadurecer.
Deus conta contigo e precisamos zelar por um lugar de paz no nosso Ministério. Proteja o ambiente da sua igreja, os seus pastores, os diáconos. Deus está te comandando uma unção para libertar e conduzir o povo de Deus de forma que eles se tornem maduros. Não deixe ninguém dependente de você, somos dependentes somente de Deus. Você não é dono do rebanho, nós não somos donos de ninguém, nem de Ministério. Nós só servimos ao Senhor, e que seu coração seja assim.
* Trechos da mensagem de 20 de julho de 2024, na Conferência de Ministros Centro-Oeste.
