Verônica Sapucay
Professora da Escola de Missões Rhema

“Por que vocês me chamam de Senhor, Senhor, se não fazem o que mando?” (Lucas 6.46).

Nós já estamos cansados de saber o que precisamos fazer, mas parece que perdemos a noção do que a palavra “senhor”, de fato, significa. Não é mais um pronome de tratamento para nos referirmos a Deus. Todos nós aceitamos Jesus não apenas como nosso Salvador, mas como Senhor. O Senhor manda e o servo obedece! Nós não estamos na democracia de Deus. Estamos no Reino de Deus. O Reino de Deus só tem um Rei, e é Ele quem manda. Assim, se estivermos dispostos a dizer não para o Senhor, podemos chamá-lO de qualquer coisa, menos de Senhor.

Eu sei que não é fácil cumprir a vontade de Deus. Normalmente, isso vai de encontro às nossas emoções, vai de encontro ao nosso corpo, à nossa alma. Não é à toa que Jesus disse: “Pai, se possível for, afasta de mim esse cálice”. Também não é à toa que Jonas fugiu do chamado divino.

A paz é o árbitro

No livro de Rick Renner, Ladrões de Sonhos, o autor fala que, quando foi chamado por Deus para viver na União Soviética, aquilo não foi confortável para a sua alma. Ele chegou a afirmar que passou 24 horas com a cabeça dentro do vaso sanitário, esperando o próximo ataque de vômito. Quando li isso, me deu tranquilidade (risos). Ele disse que a ansiedade corria nas suas veias: “A preocupação enchia a minha mente e nada que fizesse me ajudava a relaxar”.

Fazer a vontade de Deus nem sempre vai ser confortável. Mas não podemos confundir essas emoções com a vontade d’Ele. Falta de conforto não é falta de paz! Essa paz emocional não pode nos mover. Imagina se Rick Renner tivesse olhado para o quanto estava ansioso e interpretado isso como não sendo a vontade de Deus… imagina se ele tivesse parado por falta da paz emocional. A paz emocional é diferente da paz que nos guia, da paz que o Senhor nos dá. Interpretar paz emocional como sinal da vontade de Deus é coisa de gente espiritualmente imatura. Ser guiado por paz não envolve emoções!

Geralmente, aqueles que dizem não estar sentindo paz no coração não estão se referindo à paz de Deus, mas a uma tranquilidade emocional.

Uma comida, por vezes, amarga

Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (João 4.34).

Se tem uma folha que não gosto de comer de jeito nenhum é a couve. Mas eu sei que faz muito bem para a saúde, principalmente para quem tem anemia, pois ela é rica em ferro. A vontade de Deus, às vezes, não é doce ao nosso paladar, mas precisamos fazê-la. Jesus disse: “A minha comida é fazer a vontade do meu Pai”. Essa comida, às vezes, não é docinha para a nossa “boca”, mas é o que nosso “estômago” precisa.

Meu desejo é que possamos dominar nossas emoções e descansar na paz de Deus que nos manterá firmes mesmo com o estômago embrulhando.

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