Edimilson Nunes: uma história repleta de honra e gratidão

São 61 anos bem vividos, sendo 26 deles dedicados ao ministério.

São 61 anos bem vividos, sendo 26 deles dedicados ao ministério. Carinhosamente chamado de “paistor” (uma junção de pastor e pai), Edimilson Nunes é supervisor do Ministério Verbo da Vida no Rio de Janeiro. Ele carrega a responsabilidade de supervisionar 25 igrejas, 9 escolas Rhema e 4 unidades desta escola no sistema prisional, além de acompanhar o trabalho de cerca de 100 ministros, entre pastores e líderes. Além disso, pastoreia mais de 2.000 membros na Igreja Verbo da Vida em Pedra de Guaratiba (RJ). “É uma grande missão, mas eu amo o que faço”, enfatiza.

Casado com Áurea Valéria, mais conhecida como Aurinha Chianca, disse “sim” ao matrimônio em 1º de junho de 1991. São quase 34 anos de união e dois filhos: Raquel, de 32 anos, e Matheus, de 29. “Fui abençoado com essa família linda que Deus me deu”, compartilha.

Ele conheceu Aurinha em Campo Grande, na igreja Verbo da Vida liderada pelo pastor Marcos Honório. Na época, o pai dela enfrentava uma grave enfermidade e, ao buscar apoio na igreja, ela acabou conhecendo Edimilson. “A partir dali, Deus foi nos unindo, e já são mais de três décadas juntos, para a glória d’Ele!”, relembra com gratidão.

CONVERSÃO

Seu contato com o Verbo da Vida aconteceu há bastante tempo, numa época em que a única igreja da denominação ficava em Guarulhos, São Paulo. Conheceu o apóstolo Bud Wright através do pastor Marconde Ernesto, em uma viagem ao Rio de Janeiro. “O pastor Marcos Honório e a igreja que ele liderava tinham interesse na Palavra da Fé, e o pastor Marconde intermediou esse encontro. Foi um divisor de águas”, recorda. “Antes mesmo de o apóstolo Bud seguir para o Nordeste, já tínhamos uma amizade firmada. Sua influência na minha vida foi gigantesca, e só posso agradecer a Deus por isso!”, declara.

Ele lembra como a Palavra da Fé transformou sua vida: “Acredito que eu não estaria nem vivo hoje se não tivesse sido alcançado por essa mensagem. Conheci a Palavra da Fé mais intimamente através do livro ‘O Nome de Jesus’. Achei esse livro largado na casa de um conhecido, e aquilo despertou algo em mim. Depois disso, fui conhecendo mais sobre os ensinamentos do irmão Hagin e mergulhei nesse aprendizado”.

Ao se converter, enfrentava muitas enfermidades físicas e emocionais, incluindo uma depressão profunda. “Já tinha nascido de novo, mas não conhecia a Palavra. E foi esse conhecimento que me resgatou daquela vida sem perspectivas. Hoje, os desafios são reais, as circunstâncias são reais, mas posso viver em paz, alegria e  com saúde, seguindo o plano de Deus para minha vida. Isso é maravilhoso!”, enfatiza.

CHAMADO MINISTERIAL

Sobre seu chamado, admite que não lembra exatamente como o descobriu, pois sempre se preocupou mais com as pessoas do que com cargos ou posições. “Sempre priorizei os relacionamentos, sempre me interessei pela dor do outro. Nunca passou despercebido para mim o sofrimento alheio. Esse cuidado sempre esteve dentro de mim”, reflete.

Com o tempo, ao conhecer a Palavra da Fé e os dons ministeriais, percebeu que seu coração ardia pelo pastoreio. “Cuidar de pessoas nunca foi um peso para mim. Pelo contrário, isso faz parte da minha construção como pessoa”, diz. “Eu amo o que faço! Não faço esse trabalho gemendo ou chorando. Tenho plena consciência do que Jesus fez por mim e sigo com esse desejo de fazer pelos outros. Amo gente, amo estar junto. Então, acredito que eu não descobri o chamado pastoral, ele me descobriu”, afirma emocionado.

PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS

Diversas pessoas e ensinamentos marcaram sua caminhada ministerial. “Minha primeira grande influência veio através da literatura, especialmente os livros de TL Osborn e do Irmão Hagin”, conta. Mas, sem dúvida, a maior delas foi o apóstolo Bud Wright. “A maneira como ele nos inspirava a ter um relacionamento pessoal com Deus marcou minha vida para sempre. Ele me ensinou que Deus não é distante, Ele é real e acessível”.

Quando Bud partiu para o Senhor, ele sentiu profundamente a sua perda. “Mesmo sem estarmos juntos fisicamente o tempo todo, eu sabia que podia contar com ele. Sempre que vinha ao Rio de Janeiro, Bud não ficava em hotel; ficava na minha casa, e isso me permitia absorver ainda mais sua influência”.

Bud não apenas impactou seu ministério, mas também preencheu um vazio pessoal. “Eu não tive um pai presente na minha vida. De certa forma, Bud foi essa figura paterna para mim. Conversávamos muito, e ele me ensinou a não desistir, a ser fiel à visão que Deus me deu”, emociona-se. “Até hoje, sinto saudades. Mas sou grato pelo privilégio de ter sido influenciado por um homem como ele”.

Outro nome de grande impacto é Guto Emery, presidente do Ministério Verbo da Vida. “Guto me influencia muito pelo seu caráter, integridade e simplicidade. É impressionante como um líder do tamanho dele consegue manter a humildade. Lembro dele no meu dia a dia, porque acredito que essa simplicidade é a base para qualquer triunfo”.

Além disso, ele mencionou o pastor Thomas Dawson, que foi fundamental no início de sua caminhada cristã: “Ele deixou marcas inesquecíveis em mim. Sou um privilegiado por ter tido influências tão extraordinárias na minha vida”.

CONSELHO PASTORAL

Com 26 anos de ministério, o Pr. Edmilson compartilhou um conselho essencial para novos pastores e ministros: “Não se entusiasmem com o ministério pastoral sem antes terem convicção plena de que são chamados. Só um louco entraria nisso sem ter certeza. Porque, quando você tem o chamado, aconteça o que acontecer, haverá graça para respaldá-lo”.

Para ele, outro ponto fundamental é evitar competição e comparação. “O que Deus tem para cada um é único. Comparar-se com outros só traz frustração. Eu sempre digo: ‘O sucesso do outro não é uma ameaça para a minha vida’. Isso me protege e faz meu ministério ser leve e prazeroso. Não há alegria maior do que ver outros pastores cumprindo seu propósito e as igrejas crescendo. O Reino de Deus não é um lugar de rivalidade, e quando entendemos isso, tudo flui melhor”.

EXPERIÊNCIA NA SUPERVISÃO

Sobre seu papel na supervisão do Verbo da Vida no Rio de Janeiro, leva para essa função o mesmo espírito de parceria e cuidado que sempre teve no pastoreio. “Nós temos uma amizade grande, uma parceria verdadeira. A supervisão aqui é baseada em humildade e cooperação. Não se trata apenas de orientar ou administrar, mas de caminhar junto, de servir uns aos outros, de construir um ambiente onde os pastores saibam que não estão sozinhos”.

Para ele, a supervisão vai além da organização: é um espaço de encorajamento e crescimento. “Os pastores vêm aqui à nossa igreja, trazem suas diretorias, se abrem para ouvir conselhos e compartilhar desafios. Isso se tornou uma rotina, e é algo que valorizamos muito. Eu amo o trabalho que faço porque sei que, se a supervisão for bem feita, ela se torna um refrigério para o ministério pastoral. Esse é o nosso papel”.

Ele conta com uma equipe de 12 pessoas, que fazem um trabalho essencial nos bastidores. “Nós trabalhamos com desafios imensos: restauramos igrejas, treinamos líderes, fortalecemos departamentos. É um trabalho que, muitas vezes, ninguém vê, mas que faz toda a diferença no dia a dia das igrejas e na vida dos pastores”.

Edimilson reforçou que a união da equipe é fundamental. “Nosso time é muito coeso, e isso faz toda a diferença. Louvo a Deus por cada um deles! O privilégio de ser um suporte para igrejas, escolas e pastores é algo maravilhoso. Seguiremos fazendo o nosso melhor, sempre com um coração disposto a servir o Reino de Deus”, conclui com entusiasmo.

Com tantas histórias e experiências vividas, o pastor Edmilson é um bom exemplo de paternidade e equilíbrio pastoral. Seus conselhos firmes e sábios aos novos ministros —  acerca da convicção e da não comparação — é fruto de uma caminhada sólida, enraizada no amor a Deus e às pessoas.

Ao se debruçar em sua trajetória, é possível perceber que Edimilson Nunes não apenas cumpre um chamado, mas exerce uma vocação. É essa disposição constante, de servir com alegria e responsabilidade, que faz de seu ministério um exemplo inspirador, tanto para esta geração de líderes, quanto para as próximas.

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