
“De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8.12-16)
Hoje vou escrever um pouco sobre maturidade. Quero dar um exemplo simples: Se você tem um filho de 15 anos, e tens um carro, obviamente seu filho ainda não tem idade para dirigi-lo (já que a idade mínima para ser habilitado é de 18 anos). Então, por mais que você ame seu filho e ele seja herdeiro de tudo aquilo que é seu, ele não pode dirigir seu veículo.
Seu filho poderia inclusive dizer para você: “Pai o seu carro é o nosso carro” (afinal, filho tem essa liberdade). E você responde: “Claro filho, o que é meu é seu, mas você ainda não tem idade para dirigir” e sabemos que se eu permitisse isso seria uma irresponsabilidade da minha parte. Ou seja, esse é um beneficio que ele ainda não tem maturidade para usufruir.
Na vida com Deus nós podemos ter a idade cronológica que nos permita usar alguns benefícios de Deus, mas podemos não ter a habilidade ou a maturidade para usufruir delas. Às vezes, pessoas podem achar que pelo fato de ter algum conhecimento na sua mente, alguma informação intelectual dá a ela habilidade para entrar em atuação em áreas, mas apenas a informação não sustenta.
Informação na sua mente a respeito de qualquer assunto não significa que você tem revelação no seu coração sobre aquilo. A segurança de fé para a sua vida ou o que a palavra chama de convicção plena só vai chegar quando as informações saem da nossa mente e vão para o nosso coração e lá estabelecem um fundamento.
Por exemplo, uma pessoa diz, eu confio em Deus e ela está cheia de medo. Ela confia em Deus? Não, ela pensa que confia nEle. Mas a confiança dela não está estabelecida no seu coração como um fundamento. Então, muitas vezes, ela prefere se enganar com relação a algumas coisas do que admitir que a sua fé não chegou a esse nível ainda. Por isso, ela prefere ficar “tapeando” a situação.
De fato, seria melhor dizer: “Eu não tenho convicção plena desse assunto, portanto, eu não estou seguro, mas eu vou trabalhar isso em minha vida, porque a fé vem pelo ouvir. Eu vou confessar a palavra até que eu esteja completamente convicto”. Essa convicção plena levará confiança. E quando a fé chega o medo vai embora.
Medo não convive com fé. Ou seja, precisamos trabalhar os fundamentos da fé. Se temos um filho de cinco anos não vamos dar a ele responsabilidades, porque ele ainda não tem maturidade.
Então, não é apenas dizer: eu quero ser guiado por Deus. É desenvolver sua fé e isso exige tempo, afinal, é um processo. Se eu digo que quero ser guiado por Deus estou dizendo que estou pronto para desenvolver um processo de maturidade, porque Deus não vai dar responsabilidade para criança. Ele não vai dar instrução para uma criança que não está preparada para executar.
O que nos qualifica para ser guiado? É entendermos que se quisermos ser guiados vamos ter que deixar algumas coisas de criança para trás. Por exemplo, um dia eu estou crente em Deus outro dia estou no fundo do poço. Um dia estou muito animado e no outro estou prostrado, estou firme em Deus, mas qualquer coisa que me acontece me tira do sério, me deixa emburrado, não quero mais saber da igreja, não quero mais orar. Isso se chama infantilidade. Ninguém vai ser guiado assim.
Desenvolva maturidade e Deus poderá confiar coisas grandes a você.
1 Comentário
Muito bom o texto, Deus está nos chamando para crescermos.