Por: Manassés Guerra
O primeiro Adão foi criado para alcançar o padrão de excelência e perfeição que a Palavra lhe propunha. O último Adão é o próprio padrão de excelência e perfeição encarnado, personificado – é Cristo, a visível vontade de Deus para os homens. Jesus incorpora a estatura proposta para cada indivíduo que nasce de novo para a originalidade da vontade de Deus.
A Palavra que tomou sobre si o destino da raça humana decadente venceu a própria morte, e ressuscitou como o primeiro ser da nova raça que gerou em si mesmo, restaurando os filhos de Deus à vida eterna e à excelência.
A morte espiritual e física, a miséria que a humanidade contraiu quando se desligou da Palavra, Jesus Cristo tomou sobre si. A sua obra de substituição o fez semelhante aos pecadores e malditos. Porém, ele transferiu para os pecadores a sua natureza divina, a ponto de transformar os pecadores em justos e dignos (Gálatas 3.13 / 2 Coríntios 5.21). O Unigênito tornou-se o primogênito dos muitos irmãos que se tornaram semelhantes a Ele.
A Palavra elegeu o homem, antes mesmo que fosse criado, para ser santo e irrepreensível diante de Deus (Efésios 1.4). Jesus Cristo reivindicou esta eleição, na ressurreição. E por causa disso pode recriar, pela Palavra e o Espírito, o espírito humano, o íntimo do nosso ser, o nosso homem interior.
A compreensão do que somos interiormente nos ajuda a entendermos melhor o propósito da nossa vida. Ou seja, produzir resultados visíveis do poder invisível que opera dentro de nós.
A Palavra de Deus ensina ao nosso espírito e mente a sabedoria do próprio Deus, desvendando assim, nós, a nós mesmos. E a Palavra nos ensina a obtermos revelação a partir do coração. Deus, por meio do conhecimento da sua palavra, nos ensina e nos inspira a vivermos no ambiente de Deus, ao invés de nos distanciarmos da sua presença.
A existência humana que se traduz como adoração é resultado da parceria entre Deus, o Pai, e o ser humano, seu filho, na revelação do Filho Jesus. É a nossa vida começando de dentro – não como um turbilhão de sujeiras emergindo de um espírito doentio – mas a beleza de uma vida que se origina na influência e vigor da própria vida de Deus no espírito humano.
Este estilo de vida é, de fato, saúde para a alma e corpo. Isso porque a adoração é consolidada pela nossa parceria com a presença do Espírito Santo. Isto representa a prática do discipulado que o nosso homem interior desenvolve com o mestre Jesus.
Em sua carta aos irmãos em Éfeso o apóstolo Paulo declara: Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, Deus nos vivificou juntamente com Cristo e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus. (Efésios 2.5,6). Deus mesmo nos enche da sua própria vida para que vivamos conscientes da sua presença e do seu amor por nós.