Por que eu?

Frequentemente, antes de receber algo de Deus, é preciso que você encontre as respostas para as perguntas que estão causando impedimentos.

Frequentemente, antes de receber algo de Deus, é preciso que você encontre as respostas para as perguntas que estão causando impedimentos. À medida que os questionamentos reprimirem sua mente, surgirão dúvidas, e, se você alimentá-las, sua fé estará impedida. Sei, pela minha experiência no leito de morte, que existiam indagações em minha mente, as quais tinham de ser respondidas antes que minha fé pudesse entrar em ação. Precisava encontrar soluções por mim mesmo. Esse é o motivo pelo qual fiquei confinado à uma cama durante 16 meses, entre os 15 e 17 anos.

Algumas vezes, levo semanas e meses para descobrir a resposta de uma pergunta, e, assim que a encontro, o diabo traz à baila mais algum outro questionamento. Durante um longo período, o adversário tentou dizer-me que o Senhor havia me afligido e estava me punindo por algum erro que eu poderia ter cometido em minha vida. Escutava isso por um momento, mas, finalmente, dizia: “Satanás, nasci assim, com um coração deformado e um sério problema interno.

De que serve o Altíssimo me castigar por alguma coisa da qual nem tenho conhecimento? Isso não deve ser verdade”. Às vezes, o inimigo me dizia: “Você está doente por causa de algo que seus pais fizeram”. Isso é o que os discípulos pensaram a respeito do homem cego de nascença.

Eles perguntaram a Jesus: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (João 9:2). Algumas pessoas, incorretamente, citam da seguinte forma a resposta do Mestre no terceiro versículo: “Nem aquele homem pecou, nem seus pais. Ele estava enfermo apenas para que Deus pudesse curá-lo”. Não é isso o que diz a Escritura. A Bíblia declara: “Mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou (João 9: 3-5).

Se uma pessoa parasse de ler nesse ponto, ela poderia dizer: “Ele está enfermo para que o Senhor possa curá-lo”. Esta não seria uma acusação terrível contra o Altíssimo? Eis um homem adulto, cego de nascença, e o Todo-Poderoso fez com que ele nascesse cego só para que pudesse curá-lo? Se isso fosse verdade, o Onipotente não seria um grande Deus, seria? Além disso, eu não estaria interessado n’Ele Mas agradeço ao Pai por não ser verdade! Note o que declarou Jesus: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou”.

Eu não conseguia aceitar tal explicação. Outros comentavam: ”Talvez, o Onipotente não tenha feito isso, mas Ele o permitiu por um certo propósito”. Eis uma outra explicação sobre a mesma coisa. Nunca fui feliz quando criança. Além da tristeza que senti por meu pai ter deixado a família quando eu tinha seis anos de idade, a doença me afetava emocionalmente. Eu era tão fraco, que não conseguia me defender das outras crianças na escola. Todos podiam bater em mim, até mesmo as garotas. Quando tentava brigar, o esforço extra que fazia me levava a desmaiar, pois meu coração não batia direito.

Muitas vezes, ficava inconsciente por 45 minutos; uma vez, cheguei a ficar nesse estado durante uma hora e meia. A enfermeira do colégio e a professora me falavam que, em algumas ocasiões, eu ficava nervoso e, outras vezes, o mais deprimido possível. Elas tinham de trabalhar com afinco para me manter por perto. Por causa da minha condição física e por ser tão empurrado por meus colegas, quando passei para o Ensino Médio, estava bravo com todos. Estava zangado com o mundo inteiro, o que confundiu meus pensamentos.

Um dia, na hora do almoço, decidi cuidar dos problemas por conta própria. Saí do pátio da escola, fui em direção a alguns edifícios que tinham acabado de ser construídos e voltei com um porrete de aproximadamente 50 cm. Passei por trás do valentão do playground e o acertei logo atrás do ouvido com toda a minha força. Ele ficou desmaiado por 45 minutos. Fiz o melhor que pude para matá-lo. Aos oito anos de idade, quis claramente matá-lo e fiquei decepcionado por não tê-lo feito.

Esse foi um dos vários incidentes. Eu não brigava abertamente com quem quer que fosse, mas, tão logo a pessoa se virava, eu a atingia na cabeça com um martelo ou com qualquer outro objeto que conseguisse pegar. Eu a teria matado no mesmo instante em que a visse. Você acaba ficando cansado de ser tratado com desdém depois de um tempo. E claro que eu ainda não era salvo; faz uma grande diferença quando o amor do Senhor entra em seu coração.

*Trechos do livro: Não culpe Deus!

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