Meu nome é Diego Levi Azevedo de Barros. Tenho 33 anos e sou de Caruaru. Sou o terceiro de quatro irmãos. Perdi meu pai com 7 anos. Porém, desde pequeno, tive muito forte a influência do serviço, do trabalho na igreja, do envolvimento com o departamento infantil e toda a vivência. Minha vida toda, desde criancinha, foi dentro da igreja. As lembranças mais fortes que eu tenho são dentro da igreja mesmo, no departamento infantil, nos eventos e tudo mais. A perda do meu pai foi um período bem marcante que nós passamos.
Quando criança, não entendemos tanto essa fase. A ficha vai caindo mais na adolescência. Porém, foi algo bem forte. Minha mãe sempre foi muito forte; cuidou dos quatro filhos, sempre tendo muito cuidado para que todo mundo estivesse dentro do caminho da Palavra e dentro do caminho do Senhor. Graças a Deus, isso nos guardou de muitos problemas. Nós não enfrentamos muitas dificuldades, por estarmos sempre envolvidos com essa influência da Palavra. Mesmo antes de conhecermos a Palavra da Fé, tínhamos os princípios bíblicos; eles sempre estiveram presentes dentro da família, dentro de casa.
Minha mãe, a Dona Marília, é uma guerreira. Foi ela, na verdade, quem conduziu os quatro filhos. Quando meu pai faleceu, o meu irmão mais velho tinha 13. O mais novo tinha 5. Então, todos eram crianças ainda, e ela conduziu tudo muito bem. Ela sempre foi aquela mãe zelosa; aquela que toma conta de tudo, que abraça todo mundo e que quer resolver tudo por todo mundo. Eu dou graças a Deus por ela, por ter sido esse ponto tão importante, não só não infância, mas em toda a minha vida. Quando eu conheci o Verbo da Vida e a Palavra da Fé, foi através dela também. Ela veio primeiro.
Somos quatro homens. Há essa diferença média de dois anos de um para outro; então, era uma folia a infância dentro de casa. Tinha aquela festa todo dia, briga todo dia! (risos) Casa que tem muito homem sempre tem muita briga também! Porém, sempre nos demos muito bem. Sempre foi uma festa, porque, todo dia, havia algo para brincarmos. Até hoje, temos uma vivência maravilhosa, mesmo cada um tendo seguido seu caminho diferente né, cada um vivendo um estágio da vida e uma etapa. A infância e a vivência que tivemos fizeram com que permanecêssemos ligados um com o outro até na fase adulta.
Eu conheci a Leila quando eu cheguei no Verbo, com 18 anos. Foi quando eu conheci o livro “O nome de Jesus”. Quando eu li esse livro, minha vida mudou. Eu estava no início de uma depressão, mesmo tendo a vivência dentro da igreja; por falta de conhecimento da palavra revelada, eu comecei a entrar nisso até que tive contato com esse livro. Minha mãe tinha ele em casa. Foi ela que me apresentou. Quando eu li, eu disse: “Rapaz, eu quero estar num lugar onde eu possa receber dessa influência”. Em seguida, eu fui para o Verbo. Chegando no Verbo, me deparei com a princesa! (risos)
No primeiro ano que eu tinha chegado na igreja, um pouco antes de completar um ano que eu estava congregando no Verbo, começamos a nos olharmos de longe. Na verdade, não havia nada declarado; eu tinha minhas observações, e ela nem sabia. Depois, eu descobri que era recíproco, mas só nos olhávamos de longe, nos analisando de longe. Leila é minha primeira namorada; então, por conta dessa influência, dessa vivência com a Palavra, eu pude me guardar até esse período. Eu me encantei por ela, e foi quando tivemos nosso primeiro contato dentro da igreja mesmo. Ela no louvor e no departamento infantil e eu no louvor também. Nos conhecemos nossa movimentação, nesse trabalho na igreja.
O que mais me chamou atenção nela foi o seu compromisso com o Senhor. Claro que, à primeira vista, também nos atraímos pela visão, pela beleza e tudo mais, mas o compromisso dela com o Senhor, o quanto ela sempre, em tudo o que fazia, era dedicada e prezava, acima de qualquer coisa, por honrar a Palavra e a Deus na vida dela, me chamou a atenção de forma muito forte. Essa era a influência que estava na minha vida; então, eu queria isso também para quem estivesse junto comigo.
Namoramos e noivamos durante 7 anos. Foram 7 anos entre o noivado e o namoro, mas, desde o início, da primeira conversa que tivemos no início do namoro, já falamos a respeito do casamento e daquilo que era desejo nosso na frente. Então, da primeira conversa que tivemos, já eram planos para vermos se encaixávamos. Na primeira conversa, já havíamos exposto muita coisa – “Olha, eu sou assim… eu sou assim e assim”. 7 anos depois, tomamos a decisão. Eu dou graças a Deus pela influência tivemos, através das vidas do Pr. Isaac e da Sayonara, e da importância que os cultos da família tiveram para nós, porque isso tudo fez com que fôssemos preparados para o casamento. Fez com que entrássemos no casamento sem muitos pesos, por conta dos ensinamentos que recebemos. Nós nos casamos em 2010.
Quando completamos um ano de casado, fazia 3 dias que Letícia tinha nascido. Com 3 meses de casamento, Leia engravidou. Foi um ano de muita mudança mesmo. Para o casamento, mesmo sem condições financeiras e reservas, o Senhor nos surpreendeu. Ganhamos uma casa do jeito que queríamos. Eu lembro que, quando fomos escolher e procurar a casa, tivemos a convicção de que era aquela, mas tudo que eu tinha no bolso era R$ 2,00 e uma moto que eu tinha acabado de comprar. Isso foi tudo o que eu paguei naquela casa. A casa, a cerimônia de casamento, tudo isso veio num pacote só. Eu lembro que, no final do ano que antecedeu o nosso casamento, Elia esteva em Caruaru. Nesse culto, ela me deu um abraço e falou algo que, na hora, eu recebi, mas não entendia tanto a mensagem. Ela disse: “Está vindo um presente embrulhado”. A mensagem veio naquele contexto de que seria um pacote bem grande, e, assim, foi o ano seguinte. No nosso casamento, veio tudo que precisávamos para o inicio do casamento: casa, moto, carro e tudo o que precisávamos para equipar a casa. Letícia veio no mesmo ano também. Nos casamos em março de 2010, e, em julho, Leila engravidou. Na metade do ano mais ou menos, recebi o convite para o pastoreio de uma igreja. Então, foi um ano de muita mudança. Veio casamento, filha, igreja, muita coisa ao mesmo tempo. Foi uma avalanche muito grande de mudanças em um curto período.
Sair de Caruaru, na verdade, era algo que o Senhor já vinha trazendo como direção dois anos antes. Durante dois anos, ficamos segurando, e orando, esperando exatamente o momento certo. Até que a confirmação veio com mais precisão e com mais força dentro de nós. Foi leve por conta, justamente, dessa graça de nós entendermos que era o momento certo mesmo. Passamos 6 anos e meio no pastoreio dessa igreja. Uma igreja que amamos; uma igreja que é um sucesso e que sempre nos trouxe muita alegria. Na verdade, nós sempre estivemos no contexto da igreja, desde que ela nasceu. A igreja tem 14 anos, e estamos lá desde o comecinho, principalmente Leila. Eu cheguei um pouquinho depois, mas estava sempre nas idas e vindas congregando na sede. Então, foi tranquilo!
Vir para Campina Grande teve todas aquelas coisas da mudança e da adaptação, mas tivemos um acolhimento maravilhoso, que fez com que não sentíssemos tanto a mudança. Eu não imaginei que fosse tão tranquilo, pois amávamos aquela igreja, aquele lugar e toda a estrutura que sempre tivemos lá. Isso poderia ter trazido um certo sentimento de perda, mas isso nunca aconteceu conosco. Pelo contrário, sempre em todos os períodos, foi festa.
Campina Grande é a base da influência das nossas vidas. É a base da influência que me afetou e que mudou minha vida por completo, desde o primeiro contato que eu tive com a Palavra da Fé. Para mim, esse lugar é incomparável, pelo que veio através daqui, do que acontece aqui e do que flui daqui. Nunca vou querer estar distante de Campina Grande. Mesmo que eu esteja longe, eu vou voltar sempre aqui. Essa influência eu não perco mais!
Desde o momento que eu soube que Leticia estava vindo, eu penso em tudo que vamos fazer e qual vai ser o impacto disso na vida dela. Qual é o resultado que isso vai produzir para vida de Letícia? Qual é a consequência que isso vai trazer para vida dela? Até as nossas mudanças como família, eu nunca tomei um passo sem que antes eu soubesse que ela estaria bem enquadrada e bem encaixada nisso, que isso não traria dano para vida dela. Então, eu me considero bem cuidadoso, e até zeloso em muitas coisas mesmo, no que diz respeito a ela. Muitas vezes, parece que eu puxo além do que ela poderia dar, mas é um pouquinho em torno disso aí.
2018 a gente está chegando nesse novo estágio em Portugal. Em Lisboa, vamos nos estabilizar, montando todas as estruturas para a nossa vivência familiar e para o serviço no Senhor. A principal meta é estabelecer todas as coisas para que a família esteja confortável, para fluir bem naquilo que Deus tem para esse tempo. Acho que a principal meta é essa mesmo – trazer estabelecimento para família lá, em Portugal.
O meu desejo é estar sempre na vontade de Deus. O meu sonho foi estar sempre assim, caminhando pelas nações e propagando a Palavra de Deus. Eu decidi fazer disso a minha vida. Então, o meu desejo é permanecer nisso, nessa vida e nesse propósito. Missões é algo que sempre ardeu no meu coração, desde a adolescência. Quando eu comecei a pastorear, eu não imaginava que isso fosse acontecer tão cedo em Caruaru; eu pensei que isso fosse acontecer em outra fase, em outro estágio da vida, mas o senhor trouxe isso como uma preparação, para que, em outras etapas, eu estivesse vivendo de uma forma mais profunda. Então, missões arde no meu coração desde novinho, desde adolescente. Na verdade, quando eu conheci Leila, estávamos nesse contexto: ela envolvida com missões dentro da igreja, e eu também. Eu considero que isso é minha vida, mesmo tendo passado um tempo pastoreando em Caruaru. Meu foco foi sempre nas nações.
Eu tenho, como influência muito forte na minha vida – e agora muito mais ainda, considerando esses meses que temos passado aqui – o Ap. Guto e Suellen. Admiro a simplicidade deles, a vivência na Palavra da Fé e aquilo que eles fazem sempre para levantar as outras pessoas, fazendo com que as outras pessoas estejam supridas naquilo que Deus tem para suas vidas. Eles são uma referência muito forte para mim – já eram antes e são muito mais agora.
Há outro casal que é muito importante para mim. Na verdade, uma influência grandiosa sobre a minha vida! Eu posso dizer que, se eu cheguei até aqui, também foi por influência da parte de Pastor Isaac e Sayonara. Eles me influenciaram no meu casamento, na minha família, mas também no meu contexto de vida. Como um despertamento para muitas coisas que Deus tinha na minha vida. O Pastor Cid e a Fabiana também foram meus pais ministeriais. Através da vida do Pastor Cid, muitas coisas e muitos estágios novos se abriram. Eu sou muito grato.
Diego é um camarada que não tem besteira com nada. Para mim, eu consigo me resolver com o que eu tenho na mão. Eu consigo dar um jeito com as coisas que eu tenho disponível, com aquilo que eu tenho na mão. Não tem tempo nenhum, para mim, que seja ruim. Tudo sempre vai funcionar; sempre tem um jeito! Eu não sou daqueles que ficam tristes pelos cantos, abatidos pelas coisas. Difícil que isso possa acontecer!