O nome de origem indígena Ananindeua pertence a uma cidade colada à Belém do Pará. Foi de lá que veio um grupo de seis jovens para Campina Grande (PB). Elas foram verdadeiras guerreiras, pois viajaram quase dois mil quilômetros para participar do JPN 2023, isso depois de batalhar por meses para conseguir os valores necessários para a inscrição, o transporte, a hospedagem e a alimentação para esses dias. Três representantes desse grupo contaram suas experiências nessa incrível jornada.
Uma longa mas doce jornada
Emily Agurto, de 17 anos, mostrou-se extremamente grata a Deus, a quem credita tudo o que vivenciou nos dias de JPN em Campina Grande; e também a tudo o que aconteceu antes, na sua preparação para vir. Desde que se mudou com a família para o Pará, a jovem não tinha mais voltado à Paraíba, pois seus pais, Tomas Agurto e Fabiana Lira, assumiram a liderança do Verbo da Vida em Ananindeua. “A gente queria vir desde 2021, mas não fazia nada. Só que este ano a gente resolveu fazer alguma coisa”, comentou.
Emily contou que tudo começou quando ela se juntou com um grupo de amigos e montaram uma cantina. Lá, eles vendiam vários tipos de lanches, mas o valor que arrecadavam, depois de dividir entre eles, era muito pouco. “A gente então decidiu separar o que tinha arrecadado, e cada uma seguiu seu rumo para conseguir os valores que faltavam. Foi quando eu comecei a fazer mousse de maracujá e tortinha de limão dentro de potinhos para vender. No começo, eu estava com muita vergonha. Era a primeira vez que eu saía para vender na rua. E o resultado foi muito bom!”, disse a jovem.
Ela saía todos os dias de casa com um recipiente que cabia apenas nove potinhos. Como ela fazia 24 por dia, tinha que voltar e sair três vezes para vender todos eles. Emily contou mais: “Eu vendia na praça. Levava uma hora para vender as nove mousses. Eu falava que era para conseguir ir para participar do JPN, uma conferência de jovens na Paraíba. Fiz isso durante um mês e meio. Só não ia no domingo e quando tinha alguma programação na igreja. Diversas pessoas também me deram ofertas”.
Emily falou que nunca se sentiu sozinha desde que começou sua jornada para o JPN. Nesse momento, ela falou emocionada: “No começo, meu irmão me acompanhava. Mas depois eu passei a ir sozinha mesmo. Mas eu sempre senti que Deus estava lá comigo, me dando força para sair e para vender”. Em um desses dias, um rapaz de uma loja onde ela vendia as mousses a abençoou com uma caixa de som e um fone bluetooth, para ela poder fazer rifas. Ela ficou tão grata que sentiu de agradecer todos os que a ajudaram de alguma forma. “O mínimo que eu podia fazer era dar um brinde. Aí eu fiz uma mousse para as pessoas que sempre estavam comprando, me ajudando. Fiz também uma grande para a minha família por todo o apoio e porque permitiram que eu fizesse isso”, comentou.
Ela, por fim, falou da sua experiência com tudo isso. “Nossa, eu aprendi muito durante essas saídas. Aprendi a confiar mais no Senhor. Eu me senti muito amada porque eu sentia Deus comigo. É muito gratificante chegar em Campina Grande e lembrar de tanto trabalho que deu para estar aqui. Eu aproveitei cada segundo, cada momento. Estou muito feliz que a gente veio com a caravana de Ananindeua”, finalizou com uma expressão de muita alegria.
Companheiras de missão
Emily veio acompanhada de duas grandes amigas, Yasmin, de 18 anos, e Nicole, de apenas 12 anos. “A minha experiência foi bem desafiadora, principalmente pela minha idade e por toda essa novidade para mim. Quando eu vi as meninas ‘pegando junto’ para vir, eu senti que tinha que fazer parte disso também. Eu sabia que, com o Senhor do nosso lado e a nossa fé, a gente ia conseguir mesmo. Teve pessoas que nos ajudaram, comprando mesmo sem gostar do que a gente estava vendendo”.
Nicole disse ainda que aprendeu bastante com tudo isso. “Me sinto realizada por estar aqui, vivendo tudo isso; e por saber que não foram só planos. A partir do momento que a gente teve atitude, a gente conseguiu chegar. É a minha primeira vez em Campina Grande. Na verdade, é a primeira vez que eu saio do Pará. Isso vai ser um marco na nossa vida. Todo esforço valeu a pena, graças a Deus. Eu já me vejo no futuro contando como é que essa experiência mudou a minha vida. É um momento único”, festejou a mocinha com muita emoção.
Yasmin, por sua vez, disse que pode também ver o Senhor agindo nesses meses que antecederam o evento. “As pessoas nos abençoaram de todo o coração e diziam que viam na gente a vontade de vir e sermos abençoadas. A gente sentia Deus ao nosso favor. Foi uma experiência diferenciada para mim. Eu nunca tinha feito nada assim, em relação a vendas. Tinha momentos que a gente desanimava quando não via respostas de algumas pessoas. Mas a gente não desistia. Sabíamos que ia dar certo independentemente de qualquer circunstância”, afirmou a jovem.
Ela também afirmou saber que em Campina Grande iria desfrutar de experiências e aprender mais de Deus. E finalizou dizendo: “Quando a gente pisou aqui, percebeu o tanto que em cada lugar tem um pouco da visão. Realmente, eu estou apaixonada por tudo isso que estamos vivendo. Estou com as forças renovadas depois de todo esse tempo de investimento. Posso dizer que o nosso objetivo foi atingido com sucesso”.
Para saber mais sobre como foi o JPN 2023, é só conferir as matérias anteriores aqui do site do Verbo da Vida Sede, em Campina Grande (PB).
1 Comentário
A minha neta Emily é uma benção purinha do Senhor nosso Deus e Pai. Realmente ela era muito vergonhosa, mas como ela mesma disse, Deus estava com ela em todo o tempo, ajudando-a em todo empreedimento.Fiquei muito feliz com o testemunho dela.