Edgley Lacerda
Pastor Auxiliar da Igreja Verbo da Vida Zona Norte em Recife-PE

O irmão Kenneth Hagin diz algo muito importante a respeito da nossa vida espiritual: nós vivemos em dois mundos, o natural e o sobrenatural.

Quando nós obedecemos à Palavra da Fé, estamos, condicionalmente, a um passo natural abrindo portas sobrenaturais. A oferta, por exemplo, é algo natural, mas em obediência à Palavra destrava o sobrenatural. Nós fomos criados para entender o sobrenatural.

Deus fez o nosso ser celestial, formou da terra o nosso corpo e, então, soprou o espírito nos fazendo almas viventes. Somos na realidade um ser trino: somos um espírito, habitamos em um corpo e possuímos uma alma. Criados com a habilidade para interagir; tanto ao natural, quanto ao sobrenatural.

Você foi criado para estar se movendo nesses dois reinos! Deus o criou para ser representante dos céus e da terra e você precisa saber como se mover neles.

Adão foi criado assim, e a perspectiva de Adão no jardim foi partindo do ponto celestial na terra. Ele começou a liderar os céus na terra dando funções aos animais. Logo, ele se tornou um coparticipante da obra divina, liderando pela instrução divina. Adão teve a capacidade de moldar a criação pelas suas palavras, ele fez isso sendo inspirado pelos céus.

Adão escolheu se afastar de Deus e pecou, perdendo a sua perspectiva celestial e voltando a sua atenção à perspectiva terrena. Dessa forma, ele passou de geração em geração com essa capacidade de viver o natural como se fosse tudo em sua vida.

Então do ponto de vista de Adão aquilo era estranho, mas de geração em geração a estranheza acaba e o que era estranho se torna natural.

Perdemos a perspectiva divina e passamos a olhar a perspectiva natural. A perspectiva celestial se perdeu tanto ao ponto Caim matar Abel.

Nós precisamos de uma atuação superior na nossa situação atual para resolver os problemas. Então Jesus veio para nos reconectar com o celestial e, agora, que uma vez Ele nos reconectou, Ele sopra em nós o espírito vivificante a ponto de que agora nós somos novas criaturas tornando o nosso espírito recriado e com a capacidade de reconhecer que os céus estão em nós. Precisamos desconstruir muitas coisas que aprendemos no natural, mas não partimos mais do ponto de vista natural, e sim no celestial. E agora liberamos céus na terra, o natural não molda mais você, o natural não pode dizer mais quem você é.

Deus não mudou a opinião que tem ao nosso respeito, Ele não se arrepende dos Seus planos.

“Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial” (I Coríntios 15.48-49).

Uma vez andamos na vida terrena, uma vez aprendemos como reagimos ao terreno, existia um padrão que fazíamos, mas agora andamos em um padrão superior, um padrão celestial. Você não reage mais de acordo com as suas experiências, mas sim ao padrão celestial que existe para aplicarmos. E quando aplicamos o padrão celestial, liberamos o sobrenatural. Uma vez que nos moldamos ao padrão celestial, os céus nos acompanham na jornada.

Não existe Palavra e poder separados. A Palavra, às vezes, será entregue na forma de uma dinamite, cabe a você riscar e acender o pavio. A Palavra às vezes será entregue a você explodindo na sua vida. Algumas vezes, vamos receber um comando celestial para fazer algo natural e você vai apenas dançar, mas os dois são sobrenaturais.

É na arena do sobrenatural que podemos alcançar o que Deus tem preparado para nós. Na arena do natural nós somos eficientes, existirá muitas pessoas sofrendo, cansadas, magoadas, mas essa jornada foi feita para chegarmos aos primeiros, e vamos nos unir sem deixar ninguém para trás. 

O mundo quer que paremos, quer que sejamos um clube social, mas não somos, estamos onde o mundo não quer que estejamos, e esse lugar é o lugar onde o Espírito Santo quer que estejamos, para que sejamos uma bênção para que possamos liberar do sobrenatural não só na nossa vida individualmente, mas na vida das pessoas que nos cercam. Kenneth Hagin diz que quando o natural trabalha com o sobrenatural, produz uma força explosiva.

Às vezes, existem palavras que recebemos que nos desafiam, nos confrontam em face daquilo que estamos experimentando. Pois é nessa Palavra que devemos nos agarrar, porque nela é que estão as soluções para o nosso problema. O convite da fé em Deus não é um punitivo para ver se estamos merecendo ou não a Deus.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6).

Essa jornada de fé em fé em Deus é um convite d’Ele para que tenhamos um relacionamento e de alguma maneira o conheçamos mais e sejamos nós conhecidos da maneira que Ele nos vê. O convite da jornada da fé não é algo penoso para ficar crendo e só crendo, mas para abraçar a verdade divina, quem Ele é, e agora não é mais porque alguém falou, mas sim porque Ele, o Pai, está conosco.

O sobrenatural faz parte do processo e apesar de estarmos obedecendo ao natural, fomos chamados para andar no sobrenatural. O que Deus deseja é que sejamos firmes na Palavra, que cresçamos com as experiências sobrenaturais. Deve haver algo que vai além da nossa capacidade, o sobrenatural do Senhor, é isso que Ele deseja para a nossa vida e assim teremos oportunidades de impactar outros com o sobrenatural.

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