Verbo FM

Linguagem verbal e não-verbal nas organizações

Ao se observar as crianças, percebe-se que a comunicação não parte de conexões linguísticas, e sim sensoriais. Muitas vezes, com o choro ela quer expressar fome, dor, algo que pode estar incomodando; com um sorriso ela retrata a alegria, ou interesse por algo que está chamando a atenção.

Com o tempo ela vai associando as emoções às palavras e forma a linguagem verbal. Isso aconteceu historicamente com os homens. Quando o ser humano cresce é, em muitos casos, levado a pensar que o que lhe é dito verbalmente é mais confiável e verdadeiro do que qualquer outra coisa. A observação comportamental da expressão não verbal é muito valiosa e, muitas vezes, o gestor, por estar pura e simplesmente preocupado com a informação tecnicista, mecânica, através, por exemplo, de um relatório, deixa passar uma oportunidade de se aprofundar mais em relação ao que, de fato, está acontecendo.

Às vezes um olhar, um gesto, uma entonação na fala pode expressar muito mais coisas do que se imagina. A escritora Janete Knapik em sua publicação: “Gestão de pessoas e talentos”, afirma: “A atitude e linguagem corporal devem, sim, ser levadas em consideração pelo gestor em todas as etapas do processo.

Alguns exemplos comunicam sentimentos positivos. Vejamos:

1. Inclinar o corpo para frente – interesse pelo outro;

2. contato visual permanente – interesse e respeito;

3. braços e mãos abertas – aceitação e confiança;

4. mover a cabeça para cima e para baixo – concordância e aceitação;

5. pés bem sustentados no chão – segurança. Observam-se ações corporais que demonstram algo.

Alguns exemplos que podem comunicar sentimentos negativos e que o gestor deve estar atento:

1. olhar distante – falta de atenção;

2. braços cruzados – falta de interesse, raiva;

3. bater os dedos na mesa – impaciência e pressa;

4. girar a cabeça lateralmente – discordância;

5. morder os lábios – indecisão;

6. jogar o corpo para trás da cadeira – desinteresse.

” E quando se tem diante de si o silêncio? O líder deve estar atento até mesmo no silêncio? O silêncio pode dizer alguma coisa? O silêncio de alguém ou de alguma equipe pode ser indicativo de insatisfação ou de mero cumprimento de tarefa.

Uma frase que percorre o universo da inteligência popular retrata alguma coisa sobre o calar, porém não o todo: “quem cala consente”. Algum dia em sua vida já ouviu esta frase e até usou, mas será que se pode dizer: quem cala concorda? Isto já muda todo o sentido da questão.

Estar calado não significa que tudo está a mil maravilhas, existem pessoas que utilizam este recurso como fuga ou até mesmo na intenção de machucar pessoas mesmo. Daí saber o tempo certo de provocar a expressão. Infelizmente muitos não possuem inteligência emocional para lidar com estes desafios.

É preciso sabedoria até mesmo para provocar alguém que está isolado. Quando se fala provocar, não no termo pejorativo, mas no fato de se conseguir identificar um canal de comunicação que incentive a expressão das ideias daquele indivíduo. Sabe-se que 100% de concordância é um grande desafio para as organizações.

Muitas vezes o silêncio é utilizado para garantir um emprego ou uma situação. O gestor deve estar sensível, a saber, instigar, incentivar a transparência. Uma empresa ou uma pessoa está continuamente mandando mensagens.

Por exemplo, as cores da empresa, a cor da roupa, o sorriso, a imagem que ela passa seu movimento, o ambiente, as instalações, isso pode ajudar muito o profissional. A comunicação é um feixe de canais, sendo ele verbal ou não.

Trecho Extraído do livro: Grandes Gestores, excelentes comunicadores. Autor: Cristiano Arcoverde

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