
Aluna do Rhema Brasil em Garanhuns-PE
Quero começar o texto fazendo uma pergunta, que penso eu, poder nos nortear o texto: o que faz uma orquestra? Compreendamos, que com tal indagação não quero saber o que faz uma orquestra literalmente, porque bem sabemos que uma orquestra toca, não é verdade? (Risos) Mas quero que pensemos no sentido de identidade, logo, poderemos perguntar-nos: “O que faz de uma orquestra, orquestra?” Como resposta, poderíamos dizer que o que faz de uma orquestra, orquestra, é justamente o conjunto.
Se não há o grupo de músicos/ instrumentistas no mesmo lugar e com o mesmo objetivo (emitir uma canção), não podemos identificar como orquestra. Se alguém toca sozinho, identificamos como um solista. E um solista tocando seu instrumento pode até nos “tocar” com sua canção, mas quando ouvimos uma orquestra, aí é bem diferente, pois aquele conjunto harmônico, com cada instrumento perfeitamente sendo utilizado para emitir a canção, arrebata-nos os sentidos, nos envolvendo e prendendo nossa atenção.
Assim o SENHOR me levou a olhar e refletir sobre a orquestra, levando-me a pensar nela e na igreja. O Apóstolo Paulo faz uma comparação da igreja com o corpo, onde chega a dizer que o corpo biológico é composto por diversos membros, mas que todos os membros formam um só corpo. Onde cada membro tem sua função para eficácia de todo o metabolismo do corpo. Em que cada parte deste corpo é co-dependente e singularmente importante, mesmo exercendo funções diferentes. Diz Paulo ainda: “ Ora, vocês são corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres, depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que falam diversas línguas.” (I Coríntios 12. 27-28)
“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o SENHOR é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.” (I Coríntios 12. 4- 6)
“DELE, todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios 4. 15-16)
Posso dizer também que somos uma orquestra, onde Deus é O regente, o administrador de toda ela. Onde cada instrumentista tem o seu papel fundamental na composição e emissão da canção. Uma orquestra não é formada apenas de trompetistas ou de violonistas. Pelo contrário, toda ela é composta de uma diversidade de instrumentos, e, penso eu, que é isto que faz dela algo tão bom de se ouvir e ver. A melodia tem um toque diferencial, bem como a harmonia perfeita de cada instrumento aos comandos do regente, nos impressiona e nos atrai o olhar.
Assim deve ser nossa vida, igreja, precisamos entender a nossa função individual nessa orquestra, e acima de tudo, estar em harmonia com O regente e com os demais instrumentistas. Deus é o regente da orquestra que somos nós. Quando compreendemos nosso papel individual neste todo, conseguimos exercer com eficiência nossa função, bem como podemos viver harmonicamente. E Deus, nosso regente, pode operar em nós a eficácia. Por fim, quando vivermos e “tocarmos” harmonicamente, conseguiremos com mais facilidade arrebatar outros tantos, atraindo-os também a compor esta orquestra divina! Viver e “tocar” harmonicamente é buscar a santidade todos os dias. É viver de forma coerente ao que diz, sem dissonância. Esta é a harmonia perfeita da orquestra de Deus!