Em 2023, o pastor auxiliar da Igreja Verbo da Vida no Gama (DF), Jason Diamantino, foi promovido a General de Brigada Intendente do Exército. Além disso, ele foi nomeado como Diretor de Contabilidade da Secretaria de Economia e Finanças do Exército Brasileiro.
Neste ano, ele é um dos ministros da Conferência de Ministros Nordeste e também participou da cerimônia de homenagem ao Pr. Kenneth W. Hagin. Na ocasião, ele entregou a comanda do Estado em nome do serviço prestado à nação brasileira.
Durante o momento, o Pr. Jason contou que serviu dois anos e meio nos Estados Unidos, representando à nação brasileira. “Achei interessante quando um civil e um militar se encontram. O civil diz: ‘Obrigado pelo serviço’, e o militar diz: ‘Obrigado pelo seu suporte’, em seguida, ele agradeceu ao Pr. Hagin e disse: “O senhor está representando o exército do Deus Altíssimo. Você é um General de Deus. Obrigada pelo seu serviço”, completou.
Confira a seguir a entrevista concedida por ele, durante sua vinda para a Conferência de Ministros Nordeste 2024:
Como é ministrar pela primeira vez na Conferência?
Na verdade estar aqui é muito mais do que honra, é o cumprimento de uma palavra que foi lançada na minha vida. Eu tive uma experiência em 2008, no ano que eu fui licenciado para o ministério. O meu pai espiritual, pastor Janduí Araújo, da Igreja Verbo da Vida em Vila Leopoldina, São Paulo (SP), disse isso pra mim naquele dia: ‘Jason, vai chegar o dia em que você vai estar naquela plataforma, lá em Campina, falando para o Brasil inteiro, ensinando às pessoas o que está dentro de você’. Quando você entende o propósito pelo qual você vive e o caminho que está traçando, quando você sabe de onde veio e para onde vai é muito fácil receber as coisas. Então, eu estou cumprindo um projeto que Deus tinha na minha vida.
O que representa estar em Campina Grande em um momento como este, com a vinda do pastor Hagin?
Isso sem dúvida é um capítulo à parte. É algo muito especial, isso me traz muito mais honra por ele ser um general de Deus. Um dos homens que Deus levantou sobre a terra para influenciar o povo cristão. Por ser uma autoridade e entender o que significa a autoridade é para mim um motivo de muita alegria estar ministrando junto com ele. É interessante porque ele também serviu ao Exército, o pastor Hagin entende exatamente o que é uma autoridade militar. Então, para mim, poder tocar essa unção de um general de Deus, sendo um general natural, com certeza, foi uma experiência muito gratificante.
O senhor comentou que a base do MVV é semelhante à estrutura e a organização de um quartel-general militar, quais os principais aspectos enxergados que poderia compartilhar?
É interessante que o quartel-general reúne o mais alto nível decisório. Se você entende que mais de 500 igrejas espalhadas pelo Brasil são unidades, no quartel seria unidade militar. Porque não obstante ela estar espalhada por todo o Brasil, mas ela é uma unidade. Somos uma unidade. Estando aqui no Centro de Operações do MVV, no QG do Exército são decididas as operações militares. Como o Exército vai ser empregado, as estratégias são traçadas no quartel-general, os generais do Exército estão lá. Então, as decisões são tomadas lá. Da mesma forma o Centro de Operações do Ministério Verbo da Vida é o quartel-general de todas as decisões estratégicas, de todas as decisões que vão pontuar o caminhar das nossas unidades, que são as igrejas. Essa unidade é garantida por haver um centro com uma cabeça, com uma decisão, de onde emana todas as decisões e isso na verdade é uma grande característica do Ministério Verbo da Vida. Como numa unidade militar, nós costumamos dizer que não importa onde eu estou servindo, todo quartel é a mesma coisa. É exatamente assim no Ministério. Não importa a igreja que eu esteja, todas são a mesma coisa. Isso é resultado da unidade de comando que sai daqui, do quartel-general, que é o Centro de Operações.
O senhor é o único general pastor do Exército Brasileiro. Como seu ministério e a visão Verbo da Vida que carrega é vista dentro do exército?
É interessante que o apóstolo Paulo sempre remete essa imagem do militar. Não sem razão, porque ele estava vivendo uma situação em que via a guarda pretoriana, via os militares ao redor dele e essa imagem do militar traz muito da essência do serviço cristão. Na Academia Militar das Agulhas Negras, onde fui instrutor, tem uma frase muito interessante, que diz: ‘Soldado não é profissão, é missão de grandeza’. Militar entende o que é autoridade, o que é missão, entende o que é compromisso, o que é dar a vida. São princípios que nós cultuamos como cristãos. Para o militar vir a receber essa Palavra é algo quase que natural, mas existe um problema, o militar é muito racional. Então, trabalhar com coisas espirituais é um desafio, mas é interessante que pelo fato de ser general, ser uma autoridade dentro do Exército eles param para me ouvir. Tem sido muito útil pra mim para levar o Evangelho às pessoas.
Como o senhor vê o papel da fé e da espiritualidade no contexto das Forças Armadas? Pode compartilhar alguma experiência pessoal onde sua fé desempenhou um papel crucial durante sua carreira militar?
Pelo fato de ser militar e ser do Exército pode parecer algo antagônico, controverso. Se você prega a paz, mas você é um homem da guerra, não é? Mas do que ser um homem da guerra, eu sou homem de autoridade. Certa vez, estava fazendo um curso de operações em Petrolina (PE). Estávamos lá no curso com aquela roupa de combate na caatinga. A roupa era com um couro muito pesado, estava muito quente, em torno de trinta e oito graus e um colega de turma para me testar falou assim: ‘Jason, você não é crente, cara?! Você não fala que Deus te ouve? Rapaz, faz uma oração aí pra aparecer uma nuvem, tapar o sol aqui’. Eu fui desafiado naquele momento. E eu orei e falei: ‘Pai, para que o Teu nome seja honrado, não é para mim não, mas para que o Teu nome seja honrado e para que ele veja que isso funciona. Manda uma nuvem’. Não tinha nenhuma nuvem no céu, mas não deu 10 minutos e o céu cobriu de nuvens. Aquele cara olhou pra mim e disse: ‘É, Jason. Esse negócio de ser crente funciona’. São pequenas demonstrações de um Deus poderoso. Se a gente entender que a gente pode usar nos pequenos momentos, nas pequenas coisas, nas coisas mais simples, esse poder que está conosco tanto para evangelizar, quanto para mostrar como Deus nos ama é sempre útil. Teve inúmeras já. Deus me deu a oportunidade de orar por pessoas, por enfermos, por doentes, orar por autoridades, orar por presidente, pessoas grandes, mas, assim, na verdade, a beleza está justamente usar isso, não só para as grandes oportunidades, mas para as pequenas.
Como sua experiência militar influencia sua abordagem ao ministrar?
Tenho a a honra de ensinar no Rhema, como professor. Uma das matérias que eu mais amo ministrar é Submissão e Autoridade, que tem tudo a ver com a minha carreira. A gente entende quando Jesus se admira com as palavras do centurião: ‘Eu sou um homem sobre autoridade, eu digo a um vai, outro vai, a um outro a um vem ele, ele vem’. O senhor não precisa ir na minha casa não. O senhor só apenas manda uma palavra. Então, essa imagem da autoridade por palavras é algo muito presente. É muito bom usar esse natural para trazer para o espiritual. Há trinta e seis anos que eu treino homens, eu pego um menino de dezoito anos, inseguro, com medo, com fragilidades, inseguro e transformo ele ao final do ano num soldado, um homem que sabe quem é, sabe o que pode fazer. Esse processo de construção da varonilidade, da hombridade é algo que a gente trabalha no Exército e que eu tenho trazido para o meio cristão. Eu percebo uma unção que existe na minha vida para atrair homens. Homens que se conectam de coração comigo. Essa experiência do natural, do treinamento de líderes, de forjar pessoas, ainda mais na sociedade de hoje, que infelizmente a varonilidade foi desconstruída. Você vê homens fracos, homens que não sabem se posicionar, acuados. E esse resgate da varonilidade não significa ser agressivo, não significa ser incontestável, porque o verdadeiro homem chora. Um homem forte não tem vergonha de mostrar vulnerabilidade, mas essa força tem que ser forjada, tem que ser ensinada. Esse conhecimento natural ajuda muito a forjar homens valentes de Deus.
Como pastor e ministro, qual conselho o senhor daria para um tempo como este, em que novos ministros serão levantados durante a Conferência?
Se você foi chamado é porque você estava pronto e preparado no momento em que a oportunidade passou pela sua frente. O chamado, mais do que isso, é uma oportunidade dada não somente por Deus, mas por homens, guiados por Ele. Aproveite a oportunidade. Seja guiado, ouça o seu chamado, se existe dentro de você ainda alguma insegurança. Fique tranquilo, porque Deus usa homens para identificar o chamado. Isso aconteceu comigo. Quando o meu pastor identificou o chamado dentro de mim, tinha uma visão de mim que eu ainda não tinha. Mas é exatamente isso, por isso que Deus levanta homens mais experientes, pais espirituais que possam guiar os seus filhos e ensiná-los a caminhar sobre o chamado. Não tenha pressa. Ande passo a passo. Aproveite a paisagem. Não tenha pressa de se tornar alguém. Tem uma frase que ensino em Submissão e Autoridade: “Quer ser alguém? Sirva alguém”. Então, se você pode fazer algo nesse tempo em que você está sendo levantado: sirva a alguém.
1 Comentário
Tive o privilégio de trabalhar um pouco, no Exército, com o General Jason. Homem de Deus. Honra o Senhor e é um exemplo de fidelidade a Ele.
Excelente matéria. Parabéns ao MVV!