
Graduado da Escola de Ministros Rhema
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.10)
Todos nós possuímos dons e talentos que nos foram dados por Deus. Tenho plena convicção de que não há uma pessoa sequer, uma vez nascida de novo, que não tenha ferramentas e dons concedidos gratuitamente pelo Pai. Embora você discorde de mim, por não enxergar em si mesmo algum dom ou habilidade, sou insistente em dizer que não existem membros do corpo de Cristo sem função. Portanto, cabe a nós, por intermédio do Espírito Santo, descobrir aquilo que nos foi confiado.
Na passagem bíblica acima citada, gostaria de destacar a palavra “despenseiros”, cujo significado pode ser entendido como “administradores de recursos”. O apóstolo Pedro está, portanto, nos instigando a administrar de uma boa maneira os dons que o Senhor nos confiou, servindo uns aos outros com essas ferramentas ou habilidades. Sendo assim, o dom que recebemos pertence a Deus, e foi confiado a nós para nossa administração. Portanto, eu e você não temos o direito de fazer “o que bem entendermos” com aquilo que pertence ao Pai.
A figura que me vem à mente é a de um pai de família que vai sair em viagem, mas antes, confia a chave do carro a seu filho mais velho. Ele lhe deixa instruções de como se conduzir com aquele veículo, e o pede que use o carro para servir aos demais de sua família no que precisarem. Ele lhe diz o que fazer e o que não fazer com aquele carro, pede que ele zele pelo bem, pois, quando ele voltar, irá tomar nota de como o filho usou aquele veículo na sua ausência.
Pois bem, o dom que recebemos não foi dado exclusivamente PARA nós, mas foi confiado A nós para o benefício de outros. É por isso que faz todo sentido estar escrito na Bíblia, em I Coríntios 3.10-15, e em outras passagens, que haverá uma prestação de contas de toda obra que fizemos aqui na Terra. Prestaremos contas acerca dos dons e talentos que foram confiados aos nossos cuidados.
Não temos o direito de esconder aquilo que não é nosso, muito menos de usar o dom da forma que quisermos. Não podemos dar um sentido ao dom que não faça parte do projeto original de Deus. Não é humildade esconder o que se tem, por timidez ou qualquer outro motivo, pelo contrário, grave coisa é. Pois, se o dom não é nosso, e nos foi dado para servir às outras pessoas, quando o enterramos, estamos privando pessoas de serem abençoadas.
O apóstolo Paulo dá um conselho magnífico ao jovem Timóteo, ele diz: “não te faças negligente para com o dom que há em ti” (1 Timóteo 4.14). Um pouco mais a frente, no versículo 16, ele fala algo mais: “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”.
Precisamos entender que o nosso chamado, propósito e o dom que Deus nos confiou; tudo isso é maior do que nós mesmos. Tudo isso existe por um projeto maior de Deus, que não apenas diz respeito ao nosso próprio “eu”, mas beneficia todo o Corpo de Cristo. O nosso chamado não existe apenas por nossa causa, mas para abençoar muitos outros.
Será que pessoas estão sendo tocadas, ou esses dons estão escondidos? Eles têm funcionado conforme Deus os projetou para funcionar?
Por fim, se a nossa prestação de contas fosse hoje, estaríamos seguros de que até este momento administramos bem tudo aquilo que nos foi confiado?
8 Comentários
Há uma grande necessidade de entender com rapidez qual é o teu chamado, até pq enquanto estamos na indecisão tem pessoas precisando de cuidados, umas vez que meu chamada é servir a outro! Louvado seja Deus
Muito edificante mesmo
Ótimo estudo!
Muito edificante esse texto, que o Senhor continue lhe abençoando!
Gostei muito de assunto, pois é algo que diz respeito a minha vida, no momento eu estou tentando descobrir o meu chamado, meu don
Deus o abencoe por reconhecer e usar seu dons e abencoar pessoas.
Muito bom. Parabéns
Muito edificante esse texto!
Exelente estudo.