Graduado da Escola de Ministros Rhema
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8)
Esta passagem é bem conhecida em nosso meio, diz respeito à maravilhosa promessa do batismo com o Espírito Santo, dita por Cristo aos seus discípulos, pouco antes de ser elevado aos céus. Posteriormente eles seriam capacitados com poder do Espírito para o fim de testemunhar Cristo por toda parte, e até aos confins da terra.
É interessante observar como nunca foi ideia de Jesus que seus discípulos detivessem a verdade do evangelho apenas para si mesmos, ou que a eficácia do poder de Deus fosse demonstrada apenas dentro de “quatro paredes” a um grupo restrito de pessoas.
Vejamos algumas passagens sobre o assunto:
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28:18-19).
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15).
O grande desejo de Deus é que sua Palavra se espalhe, e que seu poder seja manifesto por todo o mundo. Uma vez iluminados, temos agora o dever de cooperar com Deus para iluminar e revelar a verdade a outros, que, por sua vez, encontram-se em grande maioria fora de nossas igrejas.
Na continuidade, os discípulos não compreenderam bem a ideia de Cristo, pois o tempo de ficar em Jerusalém era até que fossem revestidos do poder do Espírito.
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:49).
“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes” (Atos 1:4).
Os cristãos acabaram ficando tempo demais na cidade, e apenas com a morte de Estevão, por causa da grande perseguição que se levantou contra a igreja (Atos 8), é que eles foram obrigados a se dispersarem pelas terras da Judéia e Samaria, sendo assim apregoado o evangelho por toda parte (Atos 8:4).
Devemos evitar cometer o mesmo erro que os discípulos cometeram na igreja primitiva, onda a nossa Jerusalém seja a igreja local. Não esqueçamos que o poder do Espírito tem um propósito –testemunhar Cristo. Por maiores que sejam nossas igrejas, a maior parte dos pecadores sempre estará “lá fora”. Deus não os ordenou a vir para nossas igrejas, mas nos ordenou a ir buscar eles no mundo. Não podemos fazer de nossas igrejas “parques de diversões” e esquecer do mundo lá fora.
O verdadeiro avivamento ganha pessoas para Cristo. Avivamento não é avivamento quando a operação dos dons do Espírito é restrita apenas aos nossos cultos. Ora, o espirito só se move na igreja? Não, ele se move sempre que exista uma oportunidade que resultará em um fim proveitoso. Enquanto as manifestações do Espírito estiverem presentes apenas dentro de nossas igrejas, não estaremos vivendo o verdadeiro avivamento.
Sim, são bíblicas as manifestações em nossos cultos, devemos edificar uns aos outros, e quando nos reunimos isso deve acontecer mesmo (1 Coríntios 14:26), mas que venha o dia em que nosso batismo testemunhe Cristo ao nosso vizinho, à atendente do caixa, ao motorista do ônibus, à professora da universidade, ao açougueiro, etc. Então sim, neste dia, estaremos falando de avivamento.
1 Comentário
Bom d+++